Espelhos da Alma: As Duas Vidas de Marlene romance Capítulo 379

Meu Deus!

Que homem incrível era o Sr. Teixeira!

Ele realmente amava a mamãe com uma intensidade tão grande.

Cheguei a sentir um calor nos olhos.

"Senhor, vou enviar meu contato do WhatsApp. Assim, se precisar de algo, pode me perguntar."

Os olhos escuros de Fernando brilharam: "Sério?"

Apesar de já estar quase na casa dos quarenta, seus olhos vivos me fizeram viajar no tempo, lembrando-me da época de estudante, quando ainda tinha um coração puro e sincero.

"Sim, claro." - Assenti, pegando meu celular para adicionar o Sr. Teixeira.

"Janaína, ver você assim me deixa muito feliz. Eu pensei que esse casamento só touxesse sofrimento para você, mas vejo que você renasceu. Sua doença melhorou, e a angústia de sua mãe também diminuiu bastante."

Tive que me defender: "No dia em que tentei me cortar e quase morri, refleti sobre muitas coisas. Depois disso, Nilton foi muito bom comigo, me deu um amor que eu nunca tinha experimentado antes, e foi quando comecei a ver a vida de uma forma diferente."

"Que bom..."

Enquanto conversávamos, uma melodia encantadora começou a tocar.

Era a banda "Sorriso Maroto", convidada especialmente por Otávio. Conseguir ingressos para seus shows era quase impossível.

Mas, para minha surpresa, quem estava tocando pandeiro era a Renata.

Pois é, ela nunca foi muito boa em pintura. Mas, no final das contas, ela continuava sendo a filha de Otávio, que havia gasto uma fortuna com ela desde pequena.

O pandeiro era o seu ponto forte.

Quando ela apareceu, pude perceber claramente a insatisfação de Otávio, com uma ruga de preocupação entre as sobrancelhas.

Como era um dia importante, ele me escolheu para vir com minha mãe, o que significava que ele não iria mais se perder em confusões como antes.

Cidade Nova era o novo campo de batalha que ele queria conquistar, e ele estava ansioso para causar uma boa impressão.

Renata, sendo uma filha ilegítima, não deveria estar presente em um evento como esse!

A verdadeira Janaína também aprendeu pandeiro, mas foi forçada a desistir por causa dela.

Ela perdeu a dignidade na pintura, agora queria usar seu ponto forte contra mim.

Mas, para mim, suas habilidades eram apenas técnicas, sem nenhum sentimento.

Esse nível qualquer aluno que tenha praticado mais de cinco anos alcançaria.

Haviam tantos que estudavam arte, mas poucos se tornavam artistas.

Essa era a diferença entre o gênio e o comum.

Ela tentou me impressionar com sua técnica, mas era como fazer malabarismos diante de uma artista de renome.

Renata me desafiou: "Janaína, que tal você tocar uma música também?"

Parecia que ela queria me envergonhar, mas veríamos quem realmente sentiria dor no final.