Espelhos da Alma: As Duas Vidas de Marlene romance Capítulo 406

"Após o divórcio, eu revelaria essa grande verdade. Ele queria aproveitar o melhor dos dois lados, não é? Pois eu farei com que ele entenda o que significa ter desperdiçado todos os seus esforços!"

Ao dizer isso, eu apertei os dentes: "Esses homens e mulheres desprezíveis acham que podem cometer erros sem sofrer as consequências. Eles agem impunemente, pisoteando a consciência das pessoas decentes e dançando sobre ela como se fossem invencíveis. Mas eu farei com que experimentem a dor de cair do topo!"

Nilton me abraçou apertado e, com uma voz suave, disse: "De agora em diante, estarei sempre ao seu lado."

"Obrigada, Nilton."

O carro parou, e logo avistei Pâmela saindo de um uber.

Ela mancava levemente, com seus olhos ansiosos examinando a saída do aeroporto.

Cerca de dez minutos depois, um homem de meia-idade apareceu na saída.

Para ser sincera, eu esperava alguém como Otávio, Sr. Teixeira ou até mesmo Vítor - aquele tipo de homem mais velho, mas ainda charmoso e poderoso.

Afinal, aquele homem era o grande amor da vida de Pâmela.

Mas o sujeito tinha uma barriga proeminente e o físico típico de alguém que havia passado bem dos quarenta. Se não estivesse usando roupas caras, seria facilmente confundido com qualquer homem comum da rua.

Comparado a ele, Pâmela estava surpreendentemente bem preservada. Com a ajuda da medicina estética e roupas elegantes, ela parecia muito mais apresentável.

Assim que viu o homem, ela correu para cumprimentá-lo, mas ele olhou para ela com desprezo em seus olhos astutos.

Eu consegui capturar com o celular o momento exato em que ela o beijou, claramente tomando a iniciativa. Contudo, ele rapidamente a afastou e ambos entraram em um carro preto.

A porta do carro mal havia se fechado quando Pâmela já estava em cima dele, impaciente e desesperada.

Felizmente, a porta se fechou antes que a cena se tornasse ainda mais desconfortável. Romance de casal de meia-idade definitivamente não era algo fácil de assistir.

Satisfeita, olhei para as imagens que havia acabado de capturar: "Se Otávio soubesse que desperdiçou tantos anos com a mãe por causa dessa pessoa, quanto ele se arrependeria? Que pena que foi só um beijo. Não consegui gravar nada mais comprometedor… Não vai causar impacto o suficiente."

Nilton agiu rapidamente, levando-me para sua suíte exclusiva. Assim que ajustou o equipamento, eu corri para ligar a TV.

Para minha surpresa, ele não havia instalado apenas uma câmera, mas várias, estrategicamente posicionadas para cobrir todos os ângulos possíveis.

Uma cobertura de 360 graus, sem pontos cegos.

As cenas deles entrando no quarto e começando a tirar as roupas foram capturadas com clareza perturbadora.

Nilton comentou com calma: "Depois, contratarei um editor profissional para selecionar os melhores momentos e preparar um presente especial para o "querido pai"."

Eu o abracei pelo pescoço, dando-lhe um beijo nos lábios: "Nilton, como você pode ser tão perverso!"

"Marlene, eu..." - Ele começou, claramente um pouco confuso.

Antes que pudesse terminar, interrompi-o com outro beijo: "Mas sabe... Eu gosto tanto disso..."