Espelhos da Alma: As Duas Vidas de Marlene romance Capítulo 452

Eu caminhei, passo a passo, em direção a Mirella e a encarei com firmeza: "Sra. Barbosa, o que a fez pensar que a pessoa no vídeo era eu? Será que era isso que você realmente acreditava? Ou... será que era tudo uma trama armada por você desde o início?"

Os olhares dos presentes se voltaram para ela, a tensão no ar aumentou: "Isso mesmo, desde o começo, foi a Sra. Barbosa quem nos guiou, foi ela quem preparou a projeção. Será que tudo isso foi uma conspiração desde o princípio?"

Mirella tentou se defender, mas seu golpe falhou e ela perdeu ainda mais do que esperava. Nervosa, tentou se justificar: "Como eu poderia fazer algo assim no meu próprio casamento? Isso é um mal-entendido, o vestido me fez acreditar em algo errado."

Roberta a encarou furiosamente. Todos ali tinham inteligência suficiente para saber que a Mirella estava envolvida no que aconteceu.

Naquele exato momento, a tela mostrou Rodrigo invadindo o local, fazendo com que vários homens se dispersassem, enquanto Fabiana era brutalmente agredida.

Alguém, de bom coração, desligou a câmera, mas no último segundo da tela preta, um grito agudo de Fabiana foi ouvido, deixando todos com arrepios.

Roberta, tentando acalmar a situação, pediu rapidamente ao mestre de cerimônias para ajustar o equipamento e dar seguimento à cerimônia de casamento, tentando abafar o escândalo que acabara de acontecer.

Mirella me lançou um olhar furioso.

Por minha causa, seus planos foram completamente arruinados!

Carlos, com o rosto impassível, se inclinou para sussurrar no ouvido de Mirella: "Não faça mais nenhuma besteira. Apenas siga com a cerimônia, e depois dela, acertaremos as contas."

Ele mal sabia que o verdadeiro confronto estava apenas começando.

Nilton e eu nos sentamos.

Ele segurou minha mão com carinho e perguntou: "Está assustada?"

"Não, tudo está sob controle." - Respondi a ele com um sorriso tranquilo.

A música começou a tocar na sala.

Mirella e Carlos fingiram um romance profundo e apaixonado.

E então a clássica pergunta do mestre de cerimônias ecoou: