Espelhos da Alma: As Duas Vidas de Marlene romance Capítulo 516

"Papai, a sua saude não está bem. Está com hipoglicemia. Deveria tomar café da manhã primeiro."

Afinal, desde que parti, ele sempre se preocupou profundamente com o meu paradeiro, por isso, sinceramente, também desejava o melhor para ele.

Dario, com os olhos avermelhados, olhou para mim: "Janaína, você chegou na hora certa. Venha oferecer flores aos nossos ancestrais para que eles abençoem Mirella e garantam a segurança de seu bebê!"

"Sim."

Peguei as flores e imediatamente vi meu próprio nome.

Para minha surpresa, a família Lopes havia colocado minha placa como esposa de Nelson no altar ancestral.

Ver minha própria placa me deu uma sensação estranha.

Coloquei as flores e estava ajoelhada quando, de repente, um vento forte soprou do lado de fora.

As velas do local balançavam com o vento e as placas dos ancestrais fizeram um som de "zumbido" com o vento.

Rapidamente me ajoelhei e me prostrei, quando ouvi um som de "bang" e uma placa caiu bem na frente de onde eu estava.

Levantei a cabeça para olhar, e o nome na placa era Diogo.

Olhando para o seu nome, sob a tempestade e o vento gelado, até mesmo eu, que havia retornado dos mortos, senti arrepios na espinha e uma tremedeira nos braços.

Era como se um par de olhos estivesse nos observando no vazio invisível.

"Cuidado, senhora!"

Um guarda-costas me puxou para cima e, no exato ponto em que eu estava ajoelhada, a mesa de oferendas rachou, fazendo com que as velas caíssem.

Ao mesmo tempo, as velas de ambos os lados se apagaram instantaneamente, algumas se apagaram, outras se partiram ao meio.

Dario ficou imediatamente atônito: "As velas se quebraram! Ancestrais, vocês querem que a família Lopes fique completamente sem descendentes?

Eu queria persuadi-lo a comer alguma coisa, mas ele balançou a cabeça: "Não estou com fome. Vamos dar uma olhada na Mirella."

Ele estava preocupado com o bebê no ventre de Mirella, então eu o ajudei a subir as escadas.

Assim que chegamos à porta, vimos o médico saindo.

Dario perguntou ansiosamente: "E então? O bebê foi salvo?"

O médico balançou a cabeça: "Sr. Dario, sinto muito, o bebê foi perdido. Vamos ter que fazer uma curetagem na Sra. Barbosa imediatamente."

Dario ficou pálido: "Não... ele não foi salvo...."

"Papai, vai ficar tudo bem." - Eu queria consolá-lo, mas, assim como eu também já havia perdido um filho, não consegui pronunciar uma palavra.

Dario murmurou, palavra por palavra: "Punição! Esta é sefinitivamente a punição pelo mal que fizemos ao Diogo! Se deseja se vingar, descarregue sobre mim. Vitor era inocente! E seu neto era ainda mais inocente!"