Espelhos da Alma: As Duas Vidas de Marlene romance Capítulo 574

Mantive uma expressão calma em meu rosto enquanto o seguia para dentro.

A mansão da família Monteiro, construída na encosta de uma colina, era deslumbrante e elegante em todos os detalhes, deixando todos os meus colegas de classe absolutamente maravilhados, com suspiros audíveis de admiração.

Virei-me para uma pessoa ao meu lado e perguntei: "Este lugar é tão grande. Você mora aqui com o Sr. Monteiro?"

"Sim, eu moro aqui com o meu irmão."

"Então nossa presença não vai incomodar sua família?"

"Claro que não. Minha família ficaria mais do que feliz em saber que tantos colegas vieram comemorar meu aniversário."

Ele sorriu amplamente.

Continuei: "O seu irmão já é casado?"

"Ainda não, mas ele já tem alguém de quem gosta."

"Eu o vi uma vez com uma garota, acho que o nome dela era Cátia. Ela é a namorada do seu irmão?"

Ao dizer isso, olhei fixamente para os olhos de César.

"Sim, meu irmão gosta bastante da Cátia, mas ela tem problemas de saúde e não pode ficar resfriada, por isso é mais reservada em casa. Houve algumas ocasiões em que ela escapou, o que deixou meu irmão bastante preocupado."

Fiquei surpresa com sua resposta calma, o que me fez pensar se eu estava sendo muito desconfiada.

"Que tipo de doença a Cátia tem? Percebi que ela estava muito pálida quando a vi."

"Ela sofre de um problema cardíaco, então o meu irmão a mantém em casa para evitar que ela seja exposta a estímulos que possam prejudicá-la."

"Entendi."

Enquanto conversávamos, olhei para cima e avistei a figura de uma mulher na janela do andar de cima.

Eu estava cercada por várias pessoas, algumas curiosas sobre minha identidade, tentando descobrir mais sobre minha origem.

Vendo que eu não estava dando nenhuma informação, eles mudaram o foco para Renata, que obviamente não revelaria nada que pudesse prejudicá-la.

Fingi estar bebendo champanhe, mas não tomei nenhum gole.

Quando a dança estava prestes a começar, aproveitei a desculpa para ir ao banheiro e saí de fininho.

Cátia estava no quarto andar, então eu apertei o botão do elevador para aquele andar, indo direto para o local.

Com base na sombra que eu havia visto anteriormente, eu tinha uma boa ideia de qual era o quarto.

"Toc, toc." - bati de leve na porta.

Uma voz fria respondeu de dentro: "Eu já avisei que não quero comer."