Espelhos da Alma: As Duas Vidas de Marlene romance Capítulo 594

Carlos provavelmente estava se arrependendo amargamente naquele momento, deixando de lado a legítima herdeira para se misturar com uma filha ilegítima.

No final, se tornou desprezado pela família Martins e odiado pela família Rocha, e ele até gastou uma boa quantia de dinheiro nos últimos dias tentando ganhar o favor de Renata!

Agora, ao ser informado de que tudo não passava de um golpe, Carlos sentiu como se o céu estivesse desabando sobre ele.

Ele olhou para mim, seus lábios se movendo como se quisesse dizer algo.

Mas um olhar frio de Nilton passou por ele, e ele rapidamente fechou a boca.

Eu lhe dei um leve sorriso: "Carlos, quando tiver um tempo, faça um exame na cabeça, para não acabar sendo enganado e ainda por cima pagando por isso."

Carlos: "…"

Foi então que Renata tentou fugir, e Carlos, já enfurecido, agarrou-a pelo pescoço e lhe deu um tapa tão forte que a jogou no chão.

"Desgraçada, eu gastei tanto dinheiro com você, e você ainda quer fugir?"

"Carlos, você não disse que me amava, que faria qualquer coisa por mim?"

"Eu faria o quê pela sua mãe, se você não é filha do Otávio, quem vai se importar com você? Eu já estou farto do seu temperamento de princesa, Renata, eu te aviso, se você não me devolver o dinheiro com juros, eu vou te vender para um clube noturno para pagar as dívidas."

Renata foi atingida por seus tapas, seu cabelo estava desalinhado e sangue escorria.

Ela se arrastou até nós como se fosse um cachorro.

"Pai, eu te imploro, me ajude mais uma vez, eu realmente sei que errei."

"Não me chame de pai, eu não tenho uma filha repugnante como você, só de pensar no que você fez com Janaína no passado, eu desejo despedaçá-la!"

Ao ouvir meu nome, Renata rapidamente olhou para mim: "Janaína, Sra. Lopes, você é linda e bondosa, afinal, somos irmãs, eu sei que errei com você no passado, me ajude por favor."

"Ajudar você? Você estava me difamando na escola há pouco tempo, de onde você tira a cara para me pedir ajuda?"

Ela continuou se ajoelhando e batendo a cabeça no chão diante de mim, enquanto os colegas ao redor viam tudo claramente.

"Meu Deus, Renata é realmente esse tipo de mulher sem vergonha."

Elas não estavam sinceramente pedindo desculpas, mas sim com medo de que eu acertasse as contas depois.

Eu simplesmente disse: "Não tem problema, eu nunca levei isso a sério."

Seja elogiando ou insultando, eu não tinha intenção de ser amiga delas, então naturalmente não me importava com o que pensavam.

"Nilton, vamos embora."

"Sim."

Não olhei novamente para esses colegas, um bando de oportunistas que se viram conforme o vento sopra, pessoas que eu nunca mais veria após a formatura. Não me incomodava em gastar energia mantendo relações sociais tão superficiais.

A porta do carro se fechou lentamente, e eu vi os irmãos César parados não muito longe.

Um com um sorriso que escondia sua verdadeira intenção, e o outro com um sorriso radiante.

Ambos igualmente arrepiantes.