Espelhos da Alma: As Duas Vidas de Marlene romance Capítulo 601

Apenas olhei e senti náuseas, apressadamente joguei a foto para longe.

Nilton olhou todas as fotos com expressão inalterada, a última não era de Renata, mas sim do túmulo de Leonardo.

A foto tinha sido editada.

Diante do túmulo de Leonardo, havia uma cabeça humana com sangue saindo dos sete orifícios e uma pinta vermelha na testa, o que era extremamente chocante.

A pessoa na foto era eu.

Os dedos de Nilton se fecharam lentamente, as veias das costas das mãos saltadas.

"Ela está me dizendo que quer usar a minha cabeça para homenagear Leonardo."

Lucas ajustou os óculos no nariz: "Sra. Rocha, daqui para frente, vou fazer com que todas as encomendas sejam verificadas antecipadamente, para que isso não aconteça novamente."

"A equipe de secretariado é toda da equipe Pai? Há algum estranho?"

"Não, Sr. Lopes, pode ficar tranquilo, todos são de confiança, acompanhando a Sra. Rocha há pelo menos dez anos."

"Então, estranhos não devem ter contato com a Sra. Rocha." - Nilton lembrou.

"Certo."

Depois de resolver o trabalho, fui ao funerário e o corpo de Renata já havia sido cremado.

Pâmela, por sua vez, estava irreconhecível.

Dois meses haviam se passado desde a última vez que nos vimos, e seu rosto, antes repleto de tecnologia, sem os devidos cuidados, e talvez até vítima de violência doméstica, estava agora irregular e marcado.

Já de idade e sem dinheiro para continuar com os tratamentos, ela parecia muito estranha.

"Minha pobre filha!" - Foi o que ouvi ela gritar assim que cheguei.

Roberto, ao lado dela, também havia mudado muito, perdeu bastante peso, a barriga não era mais tão grande, e seu rosto agora mostrava algum contorno.

Mas seus olhos estavam cheios de veneno, sem um pingo de piedade.

Era de se esperar, afinal, essa filha havia chamado outro homem de pai por vinte anos, e mesmo depois da verdade vir à tona, nunca o chamou de pai sequer uma vez.

Não só não o respeitou, como Renata o insultava cada vez que o via, então ele realmente não tinha afeto por ela.

De fato, mesmo que ele não dissesse nada, ela já havia perdido completamente.

Tudo por um homem fênix, ela quase matou Otávio.

Se ela não tivesse causado problemas, mesmo sem o amor de Otávio, ele teria dado a ela um dinheiro para se estabelecer e viver sem preocupações.

A ganância humana é como uma serpente que engole um elefante, ela já tinha tudo, luxo e status por ser mãe.

Ela ansiava pelo amor de Otávio, sem ver esperança nele, foi então que quis destruí-lo.

Olhando agora, ela e Roberto eram um par perfeito!

Naquele momento, ela deveria estar envergonhada, até querendo esconder o rosto.

A urna com as cinzas de Renata foi trazida: "Quem aqui é um parente de Renata?"

Antes que Pâmela pudesse falar, Otávio disse calmamente: "Me dê, por favor."

Quando ele pegou a urna das cinzas de Renata, Pâmela começou a chorar.