Espelhos da Alma: As Duas Vidas de Marlene romance Capítulo 610

Janaína corou após meu comentário irônico. "Ahem, aquilo foi só para irritar meu pai irresponsável. Tudo bem, da próxima vez eu mudo de estilo."

"Sim, o vestido com estampa de cavalo que você está usando hoje está lindo, tenho certeza que você ficaria maravilhosa em um vestido longo."

"Sério? Vamos experimentar."

Falando nisso, ela é apenas uma jovem de vinte anos, talvez até mais jovem em termos de maturidade emocional.

Peguei sua mão e entramos no quarto principal, onde Nilton já havia preparado todas as minhas roupas com antecedência.

Quando chegamos, ele já tinha trocado para o pijama e estava em uma reunião online, felizmente com sua câmera e microfone desligados, permitindo ouvir vozes em outro idioma.

Nilton olhou para mim brevemente, seus olhos brilhando: "Marlene, você voltou..."

Janaína respondeu friamente: "Esqueça, ela é minha hoje à noite. Vamos pegar alguns vestidos e ir embora."

A luz em seus olhos se apagou.

Apesar da decepção, ele respondeu com elegância: "Fiquem à vontade."

Olhei para a tela do computador, mostrando várias lideranças: "Nilton, vou te atrapalhar?"

"De forma alguma."

Ele se levantou, pegou o notebook e saiu: "Vou para o escritório trabalhar, assim não atrapalho vocês. Se ficarem cansadas, podem descansar no quarto principal, as roupas de cama estão trocadas."

Ele até teve a gentileza de fechar a porta para nós.

Janaína estava atordoada, apontando para a direção em que ele saiu.

"Marlene, me belisque, estou tendo alucinações? As pernas dele..."

Respondi calmamente: "É fingimento, as pernas dele não estão incapacitadas."

"Caraca, eu já estava imaginando um roteiro de um magnata deficiente superprotetor com sua doce esposa, e agora você me diz que ele não é deficiente? Devolva meu protagonista deficiente."

"Não me lembro, por quê?"

"É interessante, esse sinal na sua verdadeira forma tem uma pureza quase sagrada, mas em Karina, parece uma diaba tentadora, cativando corações."

Ela brincou: "Não é tão exagerado assim. Marlene, por que eu tenho esse sinal em qualquer corpo? Será que é alguma doença grave?"

Toquei sua cabeça, brincando: "Que bobagem, não existe doença que siga o corpo assim. Talvez seja seu destino, seu desafio, quem pode dizer?"

Arrumei seu cabelo e a coloquei em frente ao espelho: "Olhe como você é linda."

"Já faz um mês, e ainda não me acostumei com este corpo." - Ela girou.

"Mas sou bonita e tenho um bom corpo. Será que Evaristo é cego? Até uma mulher como eu se sentiria atraída, e ele, durante três anos de casamento, nem tocou este corpo. Será que ele tem algum problema?"

Ri levemente: "Talvez você devesse chamar um médico para ele?"

Estávamos nos divertindo quando Ivan bateu na porta: "Senhora, o Sr. Torres veio buscar a Sra. Braga."