Espelhos da Alma: As Duas Vidas de Marlene romance Capítulo 626

Ele estava cheio de boas intenções, não querendo que sua filha fosse ferida pelo amor novamente, então desta vez ele mesmo escolheu um parceiro adequado para ela.

Quanto ao ex-marido original, se a filha não gostasse dele, trocaria sem problemas, afinal a família Rocha era uma família proeminente, e esse era o campo de atuação de Otávio, razão pela qual Renata havia sido tão arrogante antes.

Agora, ele planejava compensar sua ex-esposa e sua filha, mesmo que Janaína quisesse um príncipe de qualquer país, ele teria que mandar buscá-lo durante a noite.

Contanto que Janaína estivesse feliz, não importava o homem, ele poderia dar qualquer coisa a ela.

Janaína também ficou atônita, provavelmente pensando se seu pai tinha enlouquecido por causa do divórcio? Como ele parecia tão diferente de antes?

Otávio já havia colocado a canja na frente dela: "Não se preocupe com homens agora, beba a canja primeiro."

"Ok... Obrigada, senhor." - Janaína sentiu como se estivesse sonhando.

Retirei meu olhar e sussurrei no ouvido de Nilton: "Escolha algumas fotos bonitas da Janaína e poste no Facebook, visível apenas para Evaristo."

Nilton também entendeu minha intenção, estendeu a mão e beliscou meu nariz: "Safadinha."

"Aprendi com você, a propósito, Nilton, o que mais você tem guardado de bom?"

Assim que Nilton ouviu isso, seu rosto mudou: "Não tem nada de interessante."

"Além da escola de virtudes masculinas, o que mais eu não posso ver?"

"Marlene, mesmo entre marido e mulher deve haver certa distância, certo?"

"É a distância da escola de virtudes masculinas?"

Ele me afastou e foi direto comer a canja. E agora, o que faço se meu marido estiver bravo?

No entanto, aquele homem duro que não pestanejava ao cortar um dedo estudando secretamente a escola de virtudes masculinas sob as cobertas, era realmente uma cena adorável.

Eu me lembraria disso por toda a vida.

"Nilton, espera por mim!"

Apesar da irritação, ele ainda postou no Facebook, visível apenas para mim e Evaristo.

No grid de nove fotos, uma era da Janaína e as outras oito eram minhas.

Sem nenhuma legenda, mas eu entendia seu amor profundo.

Em seus olhos, em seu coração, até em seu celular e no Facebook, só havia espaço para mim.

Janaína foi para a fazenda, enquanto Nilton e eu dirigimos um SUV, parando de vez em quando.

Até que vimos um grande campo de lírios d'água, a geografia daqui era realmente rica, cheia de verde nesta época do ano.

Nilton estacionou mais à frente, e eu caminhei em direção à beira do lago de lírios, onde uma senhora idosa estava colhendo sementes de lótus.

Preocupada com seus cabelos prateados, perguntei: "Vovó, a senhora precisa de ajuda? Cuidado aí."

Ela olhou para mim e disse: "Moça, você é de fora, não é?"

"Sim, está muito quente agora, venha, deixe-me ajudá-la."

Tirei meus sapatos, arregacei as calças e me preparei para ajudá-la a subir enquanto eu descia.

Ela sorriu gentilmente, e ao ver a pedra pendurada no meu peito, ela congelou: "Moça, quem te deu isso?"

"Vovó, a senhora reconhece esta pedra?"

Ela mudou de cor: "Isto, isto é..."