Espelhos da Alma: As Duas Vidas de Marlene romance Capítulo 683

Eu ainda estava com a cabeça baixa, seguindo os dois.

Antes de entrar no carro, Antonio me lançou um olhar e disse: "Você fica em casa."

Muda respondeu: "Quero que ela me acompanhe."

Não sabia o que houve entre eles antes, mas Antonio parecia estar mais indulgente com ela e realmente aceitou o pedido dela.

"Certo, que ela vá em outro carro."

Finalmente, tive uma chance de sair, e César também se aproximou, talvez com receio de que eu fugisse.

Ele disse: "Venha no meu carro."

Antonio olhou para ele, obviamente achando estranho: "Estou tirando fotos de casamento, por que você está indo?"

"Claro que é para observar e aprender. Um dia também vou me casar." - Ele respondeu prontamente, e Antonio não conseguiu decifrar suas intenções, lançando olhares entre nós.

Eu mantive a cabeça baixa, sem dar a entender nada.

"Vamos, Muda." - César entrou no carro, e quando eu estava prestes a sentar atrás, ele sorriu e disse: "Eu não sou seu motorista."

Assim, sem escolha, eu sentei no banco do passageiro.

Prendi o cinto de segurança e, ao virar a cabeça, encontrei o olhar de Antonio sobre mim.

Para minha surpresa, ele não havia saído, estava me observando o tempo todo.

No instante em que nossos olhares se cruzaram, César subiu o vidro da janela: "Vamos."

Meu coração estava batendo forte, minhas palmas estavam suadas e minhas costas frias.

Atualmente, fora César, qualquer membro da família Monteiro que soubesse da minha identidade me mataria!

"Você está muito nervosa."

Ele não esperou minha resposta e, ao ver meu rosto emburrado, passou a mão na minha cabeça: "Desculpe, esqueci que você não pode falar."

Bati na janela e apontei para a pessoa atrás dele.

"Você suspeita que meu irmão já descobriu quem você é? Sim, é possível, meu irmão é naturalmente perspicaz, e eu não consigo ignorar você. Ele descobrirá mais cedo ou mais tarde."

Lá dentro não havia janelas ou saídas, então ele ficou tranquilo em me deixar entrar.

Quando peguei o celular, meu coração estava batendo forte, e minhas mãos estavam suadas de ansiedade.

Com grande emoção e nervosismo, liguei o aparelho.

Felizmente, Cátia não o havia usado, e a bateria estava bem carregada.

Os segundos passaram lentamente, cada um deles parecia uma eternidade.

Quando o celular finalmente ligou, contive meu tremor e digitei aquele número de telefone.

Felizmente, minha memória era boa; bastou olhar duas vezes para memorizar, caso contrário, com o hábito de depender de lembretes hoje em dia, mesmo com um celular novo, eu não conseguiria contatá-lo.

Nilton, atenda, por favor, atenda!

O universo deve ter escutado minha prece, pois a chamada foi completada, e logo foi atendida.

"Alô."