Espelhos da Alma: As Duas Vidas de Marlene romance Capítulo 722

César tentou resistir, mas não era páreo para seu adversário.

Após ser nocauteado pelo homem, este último não demonstrou a menor compaixão, arrastando César pelos cabelos como se fosse um cachorro morto.

Será que realmente existem mães que não amam seus próprios filhos?

Ao presenciar essa cena, finalmente compreendi como a personalidade terrível de César se formou.

Antonio e Cátia se encaravam, nenhum dos dois disposto a ceder um milímetro.

Simone acenou com a mão: "Muito bem, leve-a daqui, essa mulher é comigo."

"Sim, mãe."

Antonio colocou a faca sobre a mesa e se aproximou de Cátia: "Cátia, venha comigo para o andar de cima."

Cátia, com os olhos vermelhos, apertou minha mão com força: "Não vou deixar minha irmã, Antonio, por favor, libere minha irmã."

Antonio segurou a mão dela, mas Cátia imediatamente deu-lhe um tapa no rosto: "Não me toque!"

"Cátia, obedeça." - Ele não se irritou, nem foi violento, tentando persuadi-la a sair.

Subitamente, Cátia, como se estivesse enlouquecida, empurrou Antonio e agarrou a faca da mesa, avançando em direção a Simone.

Esse movimento nos pegou de surpresa, pois eu sempre a considerei uma mulher frágil e desarmada.

Com os olhos ardendo de raiva, Cátia tentou esfaquear Simone: "Você é o demônio, quem deveria morrer é você."

Eu tinha uma sensação ruim, Simone definitivamente não era uma pessoa fácil de lidar.

Antes que Cátia pudesse atacar, Antonio segurou a lâmina afiada, e o sangue escorreu lentamente de seu punho.

Cátia não esperava que ele fosse tão longe: "Você..."

Antonio manteve uma expressão tranquila, como se a mão ferida não fosse a dele.

"Mãe, vou levá-la para o andar de cima, lamento o susto."

Ele então tomou a faca das mãos de Cátia, desta vez sem gentileza, aproximando-se dela com frieza.

"Você vai comigo de bom grado ou terei que nocauteá-la?"

Para provar que não estava brincando, ela se aproximou de mim com a faca suja de sangue.

Ela levantou meu queixo com a ponta da faca.

"Já decidiu como quer morrer, Marlene?"

Fui forçada a levantar o queixo, encarando-a diretamente: "Tente."

Talvez minha tranquilidade a tenha deixado confusa.

Para recuperar a compostura, ela deslizou a ponta da faca do meu queixo até o pescoço.

"Se eu cortar sua pele, quanto tempo acha que levará para você sangrar..."

Seus olhos caíram sobre o colar de prata em meu pescoço, e sua expressão mudou de repente. Com a ponta da faca, ela levantou o colar, claramente perturbada: "Onde está a Pedra Yin Yang?"

Finalmente percebeu, não é?

Dei a ela um sorriso radiante: "Adivinhe."