Espelhos da Alma: As Duas Vidas de Marlene romance Capítulo 804

No momento em que ouvi o som do tiro, meu coração deu um salto, e minhas pernas cederam por instinto.

Uma bala atravessou o braço direito do homem que segurava a arma. Eu estava bastante perto, então inevitavelmente meu rosto foi salpicado de sangue.

O homem provavelmente não esperava que o senhor agisse com tanta rapidez e decisão ao disparar.

A mão dele perdeu o controle, deixando a arma cair. Seu alvo era o senhor, não se importando em lutar comigo.

Em combate corpo a corpo, eu não era páreo para ele, especialmente ao ver aquele punho, quase do tamanho do meu rosto, vindo em minha direção.

Eu seria espancado até ficar com a cara parecida com a do Garfield?

Quando alguém que emergiu de uma pilha de mortos vem em sua direção, você percebe que os poucos dias de aulas de defesa pessoal que teve são tão úteis quanto um pedaço de papel frágil.

No entanto, naquele momento, uma figura alta e ágil surgiu como uma tempestade, agarrando o braço do homem e aplicando um belo golpe de judô, lançando-o violentamente ao chão, socando-o com força.

Meus olhos brilharam: "Ivan, você nunca decepciona."

Ivan pressionou o joelho no peito do homem, socando-o vigorosamente, golpe após golpe.

Era como bater em um saco de pancadas, com um ritmo impressionante.

Nilton me envolveu em seus braços, limpando gentilmente meu rosto com o polegar: "Você ficou assustada?"

Eu assenti: "Um pouco."

Para ser precisa, estava um pouco irritada, claramente ele armou uma cilada e não me contou nada sobre essa cena importante.

O senhor não acertou o coração dele porque queria deixar um vivo.

Ivan e Nilton apareceram no momento certo, enquanto eu, ingenuamente, quis enfrentar uma situação impossível.

Nilton limpou o sangue de seus dedos com um lenço umedecido, e ao ver a frieza em meu olhar, explicou: "Desculpe, não imaginei que você viria para a família Lopes. Pensei que ficaria mais tempo com a vovó."

Ao ouvir sua explicação, fiquei irritada por um momento, mas logo me acalmei.

"Deixa pra lá, eu te perdôo."