Espelhos da Alma: As Duas Vidas de Marlene romance Capítulo 890

Eu me lembrava de algumas pessoas que morreram enforcadas, com a língua pendurada de forma assustadora.

Eu deveria ter um destino tão trágico assim?

"Marlene, eu sabia que você ainda estava aqui."

Esforcei-me para dar-lhe um sorriso: "Nilton, eu vi o nosso bebê."

Ao dizer isso, senti que não estava sendo completamente sincera. Naquele momento, Janaína estava segurando o bebê, e eu estava focada em procurar Nilton, apenas lancei um olhar rápido antes de sair.

Falei aquilo de propósito, para tentar reacender o amor paternal dele.

Nilton parou por um momento, "Está bonito?"

"Com os genes bons do meu marido, nosso bebê certamente é lindo. Nilton, por que você não vai vê-los?"

"Eu não quero." Nilton respondeu de forma direta.

"Basta ver eles para lembrar de você coberta de sangue, Marlene, eu não consigo aceitar o fato de que você me deixou, tenho medo de que ao vê-los eu faça algo impensado."

Seu olhar estava cheio de obsessão, "Eu preferia que esses dois filhos nunca tivessem existido, só quero que você volte para mim."

Diante de um Nilton assim, meu coração doía.

Ainda me lembrava de quando ele me disse que não era mais jovem e esperava que eu lhe desse um herdeiro.

Mas agora que as crianças estavam aqui, ele não estava nem um pouco feliz.

"Nilton, da última vez que minha alma deixou meu corpo, que método você usou? Não pode usar o mesmo de novo?"

Ele balançou a cabeça, "Eu usei a pedra preta-branca para trocar nosso destino, mas você jogou fora a pedra preta-branca, nossas vidas não foram trocadas, se este for realmente seu destino final, quando o coração de Janaína parar de bater, seu tempo terá acabado completamente."

As palavras dele eram como um vento frio, me fazendo gelar de medo.

Este era o destino final que eu sempre temi?

Esforcei-me para sorrir, "Nilton, não se preocupe, mesmo que eu morra, sempre estarei com você e as crianças enquanto crescem. Se eu desaparecer, meu amor não desaparecerá, estarei sempre amando vocês."

"Me dê uma máscara."

Ah, ele era mesmo uma pessoa de coração mole, preocupado em não passar sua doença para os bebês.

Um dos seguranças lhe entregou uma máscara, e ele novamente segurou minha mão ao abrir a porta.

Janaína, sem saber da doença dele, estava segurando um dos bebês, enquanto César segurava o outro.

Janaína falou com um tom irônico: "Pequeno Guerreiro, veja quem está aqui? Seu Sr. Lopes veio te ver."

Eu: "..."

O clima de emoção e tristeza que estava no ar se desfez em um segundo.

Quem mandou vocês darem o nome de 'Pequeno Guerreiro' sem minha permissão?

Ao lado, César, sem perder a chance de se divertir, disse: "Linda, diga oi para o Sr. Lopes~"