Espelhos da Alma: As Duas Vidas de Marlene romance Capítulo 912

Após a partida do senhor Lopes, a família Lopes tornou-se ainda mais silenciosa. Durante mais de um ano, Nilton já havia feito com que o Refúgio dos Tucanos da família Lopes fosse completamente reformado, eliminando todos os perigos.

Mudamo-nos de volta para a casa da família Lopes, deixando a residência temporária para trás.

A casa, agora reformada, mantinha sua estrutura original, mas com um estilo de decoração completamente renovado.

Os locais onde Adriana e Lucinda viviam foram demolidos e reconstruídos.

Diogo, após a perda consecutiva de parentes, encontrava-se abalado e decidiu mudar-se para uma pequena casa independente nos fundos, onde passava os dias imerso em meditação e oração, afastando-se totalmente da vida mundana.

Nelson, por outro lado, mostrava-se bastante empenhado ultimamente. Com Nilton ocupado com os preparativos do casamento, Nelson assumiu a responsabilidade de gerir os negócios da família.

Depois de tantas provações, a família Lopes finalmente via Nelson amadurecer. No entanto, o preço desse amadurecimento parecia alto demais.

Inicialmente, parecia inapropriado para Nilton e eu realizarmos nosso casamento logo após o falecimento do senhor Lopes.

Contudo, Nilton estava decidido a não esperar mais três anos.

Logo após minha reencarnação no corpo de Janaína, devido ao falecimento de Marlene, apenas formalizamos nossa união sem realizar a cerimônia de casamento.

Essa situação se arrastou por mais de um ano, e quase me fez perder a esperança.

A notícia da morte do senhor Lopes não foi divulgada, e além dos parentes próximos, ninguém sabia do ocorrido.

Nilton, então, começou a preparar o casamento com grande entusiasmo.

Muitos dos preparativos já estavam em andamento desde o ano passado, por isso decidimos realizar a cerimônia no próximo mês.

Simone, cumprindo sua promessa, veio especialmente para ajudar a cuidar das crianças.

Quando ela chegou, eu estava colocando as crianças sob a sombra das árvores. A luz do sol, nesta época do ano, estava agradável e não muito intensa.

Nilton havia mandado plantar flores, e o ar estava perfumado com o aroma das flores da estação.

Enquanto eu estava ocupada fazendo pegadas com Odilon, ouvi a voz de Simone: "O que você está fazendo?"

"Fazendo convites."

Ela comentou: "Nunca vi convites como esses."

"São para amigos e familiares próximos. Em vez de usar convites formais e repetitivos, pensei em fazer algo diferente. Tia Simone, você chegou na hora certa. Não fique parada, estou planejando fazer algumas lembranças artesanais também."

Ela esboçou um sorriso irônico: "É assim que você pede ajuda aos mais velhos."

Sorri para ela: "Somos todos uma família, vamos ajudar. Você pode fazer algumas pegadas."

"Por que não imprimir logo?"

"Isso não seria a mesma coisa. Cada um deles é muito importante para mim, e não quero ser indiferente. Quando eles receberem as pegadas dos pequenos, tenho certeza de que ficarão felizes."