Espelhos da Alma: As Duas Vidas de Marlene romance Capítulo 921

Olhei para o homem que surgiu diante de mim de repente, ele estava vestido formalmente, de terno e gravata.

Não era o Nilton, era o Nelson.

Ele vestia o traje de noivo do nosso casamento em uma vida passada.

Nelson usou a mão para bloquear a faca de Lucinda, a lâmina afiada cortou sua pele, e o sangue escorreu pelo pulso, tornando a cena um tanto assustadora.

Nunca imaginei que a situação chegaria a esse ponto hoje!

Nos meus olhos arregalados, Nelson sorriu gentilmente para mim: "Marlene, desta vez, eu cheguei a tempo."

Ele não a chamou de Tia Janaína, mas pelo antigo apelido.

Lucinda também parecia não acreditar em sua aparição. "Nelson, é você!"

Ela rapidamente tomou a faca, e outro jorro de sangue se espalhou.

Nelson se posicionou na minha frente. "Marlene, não tenha medo."

"Como você veio parar aqui? Avisou o Nilton?"

"Temi que alguém tentasse atrapalhar, então fiquei de olho em você. Quando vi que você entrou no carro com ela, eu a segui. Tio Nilton e os outros vêm do hotel, o caminho é um pouco mais longo, mas chegarão em cinco a dez minutos."

Senti um alívio.

Com Adelina secretamente desviando as pessoas de Nilton, Lucinda estava confiante, mas ela não contava com a aparição inesperada de Nelson.

Ele não obedeceria às ordens de Adelina.

No local, além de Lucinda, havia apenas aquele empregado, que tinha muita força; eu já havia experimentado isso antes.

Com a aparição inesperada de Nelson, ela apontou uma arma para ele.

"Senhorita, afaste-se."

Meu coração estava quase saindo pela boca. "Saia daí, Nelson!"

Nelson não apenas não me ouviu, mas agarrou o pulso de Lucinda, tirando a faca de sua mão.

Ele a puxou para perto do peito, e o empregado não ousou fazer nenhum movimento brusco.

Lucinda, vendo a situação, tentou repetir suas manobras. "Nelson, está doendo..."

Essa voz era como um pesadelo, o maior da minha vida passada!

Naquela época, ela sempre conseguia o que queria, mas agora, Nelson segurava firmemente seu pulso com uma mão e a sua garganta com a outra.

"Lucinda, você acha que ainda me enganaria? Esperei tantos dias para você finalmente aparecer!"

"Solte a senhorita!" o empregado estava aflito.

Nelson riu friamente: "Então largue a arma, ou eu a matarei!"

O empregado não teve escolha a não ser abaixar a arma. "Eu a guardei."

"Coloque-a no chão e chute para cá, rápido, sem truques!"

Senti um aperto no peito, um gosto metálico na garganta e, de repente, vomitei sangue.

"Marlene!"

Nelson amparou meu corpo que estava caindo, e as lágrimas turvaram minha visão.

Meu corpo já não estava em boas condições, e ao ouvir essa notícia horrível, fiquei completamente atordoada.

Toda a minha vitalidade parecia ter desaparecido.

Eram os filhos que eu tinha dado à luz arriscando a minha própria vida, e as lágrimas escorriam pelo meu rosto.

Com a voz rouca, eu disse: "Por que machucar crianças inocentes? Se quer vingança, venha atrás de mim! Lucinda!"

Meus olhos estavam cada vez mais vermelhos, e minha voz subiu de tom, incontrolável.

Mas o sangue continuava a escorrer dos cantos da minha boca, e Nelson ficou extremamente aflito ao ver isso.

"Marlene, não se exalte, seu corpo..."

Nesse momento, Lucinda pegou a faca ao lado de seus pés e, aproveitando a distração de Nelson, atacou-me violentamente.

"Morra, Marlene!"

Nelson me abraçou com força, e a adaga perfurou seu corpo.

Gritei com toda a força dos meus pulmões: "Nelson!"