Eu！Matei a Vilã Secundária! romance Capítulo 425

Inês finalizou os procedimentos de alta uma semana depois, e Oziel não teve como impedi-la, pois ela conseguia simular todos os sinais de saúde até alcançar os índices exigidos. Eles ficaram ali, olhando para o prontuário médico, e parecia que a doença de Inês estava completamente curada.

Era isso que Oziel achava mais complicado: ela era como uma paciente perfeita, os médicos não encontravam falhas. Tomava os medicamentos na hora certa, e quando era para estar curada, ela se curava.

Mas era justamente essa situação que era a mais assustadora. Inês tinha reprimido todos os seus sentimentos e pensamentos, e depois se apresentava com um ar de saúde. Isso era ainda mais doloroso.

No dia em que Inês saiu, Oziel telefonou para Noe. Observando a silhueta de Inês saindo pelo portão do hospital, ele disse a Noe, "Noe, ela se foi."

Sentado no banco do motorista sob a sombra de uma árvore, Noe observava a figura de Inês na calçada, apertando os dedos sobre o volante.

"Eu sei", respondeu o homem, com uma voz tão rouca que mal parecia humana, desde aquela briga feia que tiveram no hospital, Noe não tinha ido vê-la nem uma vez.

As palavras dela tinham sido muito duras, e Noe tinha que admitir que haviam o ferido profundamente, sem que ele pudesse reagir.

Ele observava a silhueta de Inês, que parou um táxi e entrou com Amado. Ela se foi, talvez sabendo que Noe a observava escondido, mas sem sequer olhar para trás.

Noe assistiu ao táxi afastar-se, e um turbilhão de emoções começou a surgir em seus olhos.

Ele... não queria soltar. Ele queria compensar, queria lutar com todas as forças para salvá-la. Mas Inês, me diga, o que devo fazer para que você volte a me olhar?

Noe finalmente saiu do carro e entrou no saguão do hospital, onde viu Oziel em seu jaleco branco, claramente preocupado, "Você finalmente veio."

Ele não sabia que Noe tinha observado Inês ir embora à distância.

"São Francisco. O voo é no próximo final de semana, às quatro da tarde."

Noe olhou para Oziel, "Eu..."

"Eu sei o que você quer perguntar", interrompeu Oziel, com as mãos nos bolsos e uma expressão preocupada. "Mas Noe, se você for atrás dela, talvez ela te rejeite ainda mais."

Noe sabia que esse seria o resultado, mas o que mais ele poderia fazer se não seguir seus passos? Inês não se importava com nada, inclusive com ele próprio.

"Vai ficar tudo bem, ela está apenas doente agora, então está deprimida e indiferente a você. Noe, talvez quando Inês sair das sombras e começar uma nova vida, ela possa esquecer todo o ódio por você também. Talvez seja melhor você compensá-la naquela época. Afinal, tudo o que você fez para ela no passado é um dano irreparável, ela teria razão em te odiar até mesmo se te esfaqueasse até a morte, não seria excessivo."