Eu！Matei a Vilã Secundária! romance Capítulo 462

Era a primeira vez que Inês o confrontava tão diretamente com aquela pergunta.

Ele tinha fantasiado inúmeras vezes como seria se Inês o desafiasse cara a cara, e como ele poderia se defender.

— Mas ele não tinha outra escolha senão suportar.

A maçã de Adão de Noe subia e descia. "Sim..."

"Não me venha com desculpas, que coisa mais preciosa," disse Inês com um sorriso suave. "Que inútil, só agora descobriu que eu era inocente. Realmente não faz jus ao título de 'primeiro galã' da Cidade Maravilhosa."

Inês o humilhou dessa forma, e Noe não conseguia encontrar palavras para rebater.

Ela o odiava, então? Ele aceitaria tudo como era.

Inês segurava a mão de Amado, que percebendo que sua mãe tremia, disse baixinho, "Mãe..."

"Está tudo bem, mãe não tem medo," Inês afagou o rosto de Amado, continuando a encarar Noe. "Então, por que veio me procurar? É para insistir como da última vez? Você acha que sem você eu morreria, então está confiante de que eu voltaria para você?"

"Inês!" Noe não se conteve e elevou um pouco a voz. "Não precisa falar de maneira tão ofensiva!"

"Ah é?" Inês sorriu ironicamente. "Desculpe, mas já passei por coisas muito piores. Palavras ofensivas não são nada. A palavra é uma lâmina que não pode me ferir. Apenas você, com suas armas, balas e bombas."

Para ela, os outros não significavam nada, mas a presença de Noe era o que mais lhe causava dor.

A voz de Noe tremia, "Inês, agora eu sei tudo sobre o que aconteceu há cinco anos e vou limpar seu nome... Mas há novos problemas que precisamos resolver, eu queria conversar com você..."

"Conversar sobre o quê?"

Inês rejeitou Noe imediatamente, "Entre nós só existe a velha rixa de cinco anos atrás, não há mais nada sobre o que conversar!"

Como Noe teria percebido...?

Ela também sentia que havia uma força tentando empurrá-la de volta para o lamaçal, mas Inês, sozinha, não sabia por onde começar a investigar.

Como Noe descobriu?

O choque de Inês era visível para Noe, que sabia que suas palavras tinham causado um impacto. Ele falou mais baixo, "Inês... me dê um tempo, eu sei que você me odeia, mas o problema do passado foi resolvido. Agora há outras pessoas querendo te prejudicar, e eu sei que você sozinha não tem como reagir, eu... posso te ajudar. Vamos conversar sobre uma parceria, mesmo que seja apenas por conveniência."

Ele se humilhou, e Inês o encarou, "Posso acreditar em você?"

A contra-pergunta de Inês doeu no coração de Noe.

Ele sorriu ironicamente e abriu as mãos. "Inês, sem você, eu não tenho nada."