Eu não sou fraco, Alfa romance Capítulo 274

P.O.V. de Aziza

Ainda estou tentando entender o que aconteceu entre mim e Ragnar, mas paro assim que percebo que não preciso entender.

Levanto-me e digo a ele que precisamos terminar as coisas no Arquivo, porque quero sair deste Bando o mais rápido possível. -O que você quer dizer?- Ele pergunta e por um momento não tenho certeza do que ele quer dizer.

-Ragnar, assim que terminarmos aqui, precisamos voltar para a Academia. O Conselho terá muitas perguntas sobre nossa investigação e com a Lua Cheia se aproximando, todos estarão no Palácio.

Então, ou terminamos tudo até o final de amanhã, ou teremos que esperar até depois da Lua Cheia. Não tenho intenção de passar mais cinco dias aqui.- Digo e ouço ele suspirar aliviado.

Ele coloca o braço em volta dos meus ombros enquanto saímos do escritório. Avisei a todos que estamos indo para o Arquivo e que espero que todos estejam presentes em quinze minutos.

Um por um, os outros entram no Arquivo e não fico surpresa ao ver que Hunter e Chase são os primeiros a chegar. Chase divide os últimos papéis enquanto Ragnar me puxa para o colo e logo estou novamente absorta na leitura.

Hunter rosnando -Maldito idiota- me tira da leitura e todos estão olhando para ele enquanto ele mostra o papel em sua mão para Chase, que começa a xingar e praguejar. Eles levam alguns minutos para se acalmarem.

Hunter está encarando o papel enquanto começa a falar -Depois que nosso treinamento terminou, fomos enviados para cumprir um mandado contra um lobisomem. Havia apenas uma foto dele no arquivo, ninguém sabia seu nome, apenas uma foto.

Um esquadrão foi enviado conosco para uma missão de resgate, se chegássemos a tempo, é claro, e Chase e eu deveríamos cumprir o mandado. Ele estava ligado a vários assassinatos brutais de jovens lobas.

Duas lobas de dezesseis anos haviam desaparecido e se encaixavam em seu perfil de vítima. Então o esquadrão esperava encontrá-las a tempo, para resgatá-las das mãos de um louco.

Com tudo o que tinham, o Conselho decidiu que era hora de acabar com o reinado de terror deste lobisomem. Quando chegamos ao esconderijo dele, encontramos uma pequena cabana não muito longe e uma jovem loba saiu, então explicamos por que estávamos ali.

Ela nos apontou na direção certa e me olhou nos olhos enquanto dizia -Faça-o sofrer- antes de se afastar. Infelizmente chegamos tarde demais, ele havia matado uma das garotas no dia anterior e a outra pouco antes de chegarmos lá.

Chase e eu o fizemos sofrer severamente antes de encerrarmos sua vida patética, a garota da cabana havia desaparecido quando voltamos e nunca descobrimos sua identidade. Até agora, porque Benton é o homem que matamos naquela época.

Minha mente está a mil e vejo todas as informações sobre a Família passando, até que as peças do quebra-cabeça se encaixam. -Ela testemunhou o assassinato de sua mãe.- Murmuro e não consigo conter as lágrimas.

Ragnar me segura, me balançando para frente e para trás enquanto finalmente coloco a última peça do quebra-cabeça no lugar. Pego meu telefone, procurando uma foto que tirei durante meu treinamento na Academia e quando a encontro, viro para Hunter.

Chase também olha para a foto e ambos abrem os olhos ao olhar para o meu telefone, Hunter finalmente sussurra -Essa é a garota- Apenas assinto com a cabeça enquanto algo mais finalmente se encaixa em minha mente.

Ouvimos a outra mulher rosnar e Aziza abre a porta enquanto rosna para a mulher. -Aziza, está tudo bem. É apenas minha irmã superprotetora e autoritária. Ela está chateada, porque ainda está presa neste lugar e não tem mais ninguém para culpar além dela mesma.

Ela rejeitou seu Par Destinado, porque ele era um membro da matilha e ela tinha medo de que ele fosse igual a todos os outros. Ele partiu depois disso para se juntar ao Exército do Rei, ele nunca aceitou sua rejeição e nem sabemos se ele ainda está vivo.

Todos nós encaramos a mulher ao lado de Anna, Aziza rapidamente entra na sala e fecha a porta atrás dela. Eu digo aos homens para encontrar a Rosa para que possamos ajudá-la primeiro e uma vez que Aziza terminar, ajudaremos Anna.

Enquanto caminhamos para o quarto de Rosa, a encontramos parada na entrada, apenas olhando para frente em direção ao seu quarto, e Gunnar pergunta o que está acontecendo. Ela olha para ele com lágrimas nos olhos e ele a puxa para seu peito.

Então ela diz suavemente -Eu estava tentando descobrir o que precisava empacotar, mas não há nada aqui que eu queira levar comigo. Eu não tenho muitas roupas e não há nada pessoal neste quarto.- Meu coração se parte por Rosa e eu pego meu telefone para procurar a loja mais próxima.

-Rosa, não se preocupe com nada. Se não há nada aqui que você queira levar consigo, então tudo bem. Se são roupas que te preocupam, então não se preocupe. Iremos às compras assim que Aziza terminar com Anna e sua irmã.- eu digo.

Rosa me encara com um pequeno sorriso no rosto, mas então é como se ela percebesse algo e meu coração se parte ainda mais quando ela sussurra -Obrigada, mas eu não tenho dinheiro. Mulheres nunca foram autorizadas a trabalhar.

Gunnar levanta sua cabeça e diz -Eu pagarei e não quero ouvir argumentos, está claro.- Ela assente com a cabeça e Gunnar a beija. Ele a abraça enquanto voltamos em direção ao quarto de Anna.