Eu não sou fraco, Alfa romance Capítulo 448

Sobrevivente da Alcateia da Lua Azul

Dagmar testemunhou o massacre de sua Alcateia há mais de 12 anos. Vivendo com seu tio, ela se vê se apaixonando pelo Alfa. Sabendo que ela não é sua segunda chance e sua falta de interesse por algo menos, ela esconde seus sentimentos.

O Alfa Maddox perdeu sua companheira e filhote não nascido no ataque que deixou Dagmar como a única sobrevivente. Ele se vê atraído por ela antes que ela atinja a idade adulta. Não querendo descobrir se ela poderia ser sua segunda chance, ele se esconde durante a lua cheia.

Eles vão se encontrar, vão arriscar ou vão perder tudo...

Dagmar

Ao acordar lentamente, sinto uma mão na minha. Abro os olhos e olho para a minha esquerda, olhando nos olhos castanhos de um dos membros do meu Esquadrão. Mesmo que ele não tenha ideia do que são meus pesadelos, ele sabe que eles me assombram.

Todos no meu Esquadrão sabem que eles me assombram, mas todos estão sem pistas sobre do que se tratam. Sentando-me direita, aperto sua mão em agradecimento.

Me viro para a minha direita e olho nos olhos do meu tio. Seus olhos refletem meus sentimentos e ambos sabemos que não será mais fácil para mim. Posso sentir os olhos do Alfa Maddox em mim, mesmo que ele pense que eu não percebo.

Sempre sei quando ele está me observando, sempre faz meu corpo arrepiar. Será que ele percebe o que está fazendo comigo e com minha sanidade?

Deixe-me me apresentar: Meu nome é Dagmar e tenho 28 anos. Sim, é isso mesmo. Sou uma lobisomem.

Há algumas coisas sobre mim que você precisa entender. Sou filha de um Alfa e sou uma lobisomem rara. Por que sou uma lobisomem rara, bem, sou uma Alfa fêmea, e meu Lobo é enorme. Ambos são muito incomuns para uma loba.

Ao longo da história, houve apenas dois registros de uma Alfa fêmea. E não, não estou registrada. Isso foi mantido em segredo toda a minha vida. Se outras Alcateias soubessem, minha vida estaria em risco.

Alfas fariam qualquer coisa para colocar as mãos em mim, para me marcar quando eu atingisse a idade adulta. Mesmo que provavelmente houvesse alguns Alfas que me marcassem, independentemente da minha idade.

Sabendo disso, você entende por que nunca foi revelado ao Conselho.

O piloto anuncia que estamos prestes a pousar. Só mais um pouco e eu estaria em casa. Já se passaram mais de 12 anos desde que estive aqui pela última vez.

Gostaria de ter ficado em casa, a única casa que conheci nos últimos doze anos. Mas tive que voltar, porque finalmente conseguimos rastrear os homens dos meus pesadelos.

Os rostos que me assombram, em meu sono e enquanto estou acordada. Meus pesadelos não têm nada a ver comigo ou com meu Lobo. As cenas que me assombram são terríveis e desoladoras. Eu perdi tudo naquele dia, assim como meu tio e o Alfa Maddox. Nunca falamos sobre aquele dia porque é muito doloroso para todos nós.

Maddox

Do canto dos meus olhos, vejo Dagmar se mexer enquanto dorme. À medida que os minutos passam, seus movimentos se tornam mais erráticos e todos sabemos que ela está tendo pesadelos.

Pesadelos que ela tem há anos. Fico feliz que Marcus esteja ao lado dela para segurar sua mão, sei que a acalmará. Sempre a acalmei quando segurava sua mão depois que ela acordava de um pesadelo.

Travo olhares com James, seu tio, e sei que ele está tão preocupado com ela quanto eu.

Ouvindo o piloto anunciando nossa descida, viro levemente a cabeça para ficar de olho nela. Certificando-me de que não é muito óbvio que estou fazendo isso.

Virando a cabeça para olhar pela janela, respondo: -Estou bem. Não se preocupe comigo. Vou ficar bem.- Mesmo sabendo que o pior ainda está por vir.

Pensamentos começam a passar pela minha mente: -Serei capaz de derrotá-los? Serei capaz de sobreviver? Vou congelar, enfrentando-os? O Esquadrão sobreviverá?- Tantas perguntas diferentes para as quais não tenho resposta agora.

Mas eu sei de uma coisa, farei tudo o que puder para me vingar. Pelos meus pais, minha irmã e os membros da minha Alcateia. Mas acima de tudo, eu quero vingança por Maddox. Ele perdeu tanto naquele dia, sua companheira e seu filhote não nascido.

Maddox

Depois de sairmos do avião, entro em um SUV com James, meu Gamma, e Rico, meu Beta. -Ela vai ficar bem?- Rico pergunta olhando para mim no espelho retrovisor. -Só o tempo dirá.- Eu respondo.

Eu faço uma ligação mental para os outros e aviso que estamos indo para a Alcateia da Lua Negra. E que mais dois Alfas, Alfas com quem eles formaram uma aliança, estarão lá.

Olhando para o carro à nossa frente, James e eu podemos ver que Dagmar está lutando contra seus demônios novamente. Mal posso esperar para pôr um fim aos seus pesadelos, para dar a ela a paz de espírito que ela precisa.

Às vezes me pergunto se os demônios contra os quais ela luta são os homens que tiraram tudo de nós dois. Ou seu medo do que acontecerá quando ela os enfrentar. Olhando ao redor, começo a reconhecer o ambiente; só estive aqui uma vez e a beleza da paisagem ficou comigo todos esses anos.

Lembro-me de como Gina estava animada para ver a Alcateia de onde James era. Quanto ela amava a paisagem que passávamos de carro. E a admiração em seu rosto quando viu as montanhas que nos mostravam onde era o território da Alcateia da Lua Azul.

Tive que interromper a visita, por causa de uma emergência em casa. Gina e eu decidimos que ela ficaria, arrumaríamos nossas malas e voaríamos para casa no dia seguinte. Uma decisão que lamento até hoje, porque ela não voltou para casa viva. Eu pensei que sentir ela morrer foi a pior sensação de todas, mas eu estava errado.

Descobrir que ela estava grávida e que eu nunca conheceria meu filhote foi uma dor ainda mais excruciante. Desde aquele dia, minha Alcateia e eu vivemos por uma coisa: vingança.