Eu, Você + Os Bebês. Me beija?

Ela acordou momentos depois, com o estranho homem apertando sua mão.
Ele estava sentado em um banco perto de sua cama, com a cabeça recostada na maca e a mão direita segurando a de Alyssa.
Retiraria sua mão de imediato de perto dele, se não fosse porque o maior parecia ter pesadelos.
- Lyss... Lyss... - Ele a chamava. - Por favor acorda... - Murmurava.
Ela o estranhou, mas ele parecia a conhecer e com certeza ela havia perdido algo do qual realmente não conseguia se lembrar.
Vendo-o daquele modo, Alyssa deixou que ele segurasse sua mão e passou a acariciar os cabelos do estranho.
- Eu estou aqui. - Ela o disse, vendo as expressões do homem relaxar.
Passou algumas horas até que o CEO despertasse de seu sono, ele não havia dormido bem desde o acidente de Alyssa e agora seguro de que ela estava bem, seu corpo se rendeu ao cansaço.
Abriu os olhos lentamente, e percebeu que sua esposa já não estava mais na cama.
- Alyssa! - Gritou, levantando-se bruscamente.
Olhou em todos os quatro cantos do quarto e só lhe sobrava o banheiro, não bateu na porta, simplesmente entrou.
- Ah! - Alyssa gritou depois de notar que o homem invadia seu espaço.
- Calma, eu...
Antes que ele terminasse de dizer qualquer coisa, ela lhe atirou um vidro de shampoo na cabeça. Christopher desviou e fez uma nota mental para se lembrar de nunca mais a assustar.
- Estou indo, só fiquei preocupado de você não estar na cama.
- Se já viu o suficiente, saia senhor. - Ela mandou, em um tom furioso.
Ele riu, imaginou o quão brava Alyssa poderia ter sido em seus tempos de menina. Queria a ter conhecido no colégio, se apaixonado e cultivado uma amor de infância, para que diante de um perda de memória ele estivesse enraizado em suas recordações.
Agora tudo o que tinha era uma adolescente no corpo de sua mulher.
Atrás dele, ouviu toques na porta do quarto e depois das batidas, duas enfermeiras entraram.
Haviam arranjados berços hospitalares para as pequenas Hemsworth's, e traziam neles, as gêmeas.
- Como as vão registrar? - A enfermeira perguntou com a caneta pronta para marcar nas pulseiras de ambas.
- Para ser sincero, ainda não chegamos a uma conclusão, o restante da família está vindo, gostaria de discutir isto com eles.
- Sem problemas, vou deixar a caneta e as pulseiras. O que precisa é só chamar, daqui a pouco vira uma enfermeira para ajudar a mãe a amamentá-las.
- Obrigada. - Chris agradeceu e deixou que a enfermeira se fosse.
Com medo de acordá-las, o CEO apenas observava cada traço das filhas de longe.
Alyssa se aproximou por trás e sorriu ao ver as pequenas, lembrou do quanto foi assustador tê-las, mas por suas carinhas valeu cada contração.
- E então... - Alyssa pronunciou perto demais.
O CEO saltou para o lado, e teve medo de se aproximar de Alyssa. Não queria que ela o entendesse mal, ou que a relação que tiveram, a forçasse a qualquer tipo de situação.
Pensou em tudo, ele lhe daria espaço se fosse isso que Alyssa quisesse.
- Está tudo bem? Como se sente?
- Como se tivesse sido atropelada. - Ela disse comparando, sem a menor ideia de que realmente havia sido.
- Os doutores já estão vindo, por favor deite-se. - Chris pediu, apontando para a maca.
- Por que me beijou? - Ela o questionou novamente apontando para os lábios. - Por que estou diferente? - Alyssa mexia no comprimento do cabelo.
- Não se preocupe, explicaram tudo. Espero apenas que os médicos cheguem.
Christopher temia lhe dizer algo que a fizesse mal, não sabia como dizer a uma mente adolescente que ela teve um acidente, mas antes está casada e com outras duas crianças dependentes dela.
Haviam muitas coisas das quais ela precisava estar ciente, não eram tão fáceis de explicar e achava mais seguro perguntar a um psicólogo como o fazê-lo.
- Quando eles vêm?
- Logo, eu prometo. - Chris garantia.
gostava daquilo, não gostava de promessas. Se lembrou de que a alguns dias atrás, um cara a havia prometido encontrá-la para namorarem, nunca veio ao encontro e ela estava mal com isso.
Problemas de adolescente, que mal chegavam aos pés do problema que realmente estava a sua frente.
Três médicos e algumas enfermeiras adentraram o quarto, recolheram amostras de sangue e deram uma lista de cuidados a seguir para o
Se todos os exames não mostrarem nada, ela pode ser liberada amanhã.
- Mas e a memória?
- Bem, a radiografia e a tomografia precisam ser refeitas para confirmar, mas as anteriores não mostraram nada que fizesse com quê a perda de memória fosse definitiva. - O doutor explicava.
Enquanto o CEO lhe prestava toda a atenção, Alyssa simplesmente juntava os pauzinhos.
Em sua mente já havia conseguido respostas para algumas de suas perguntas e nem tudo parecia tão confuso. Também havia os flashbacks que teve durante o banho.
Havia muita água ao redor, parecia-se a uma grande piscina e o estranho estava muito perto de seu rosto, ela até pôde se lembrar da sensação de seus lábios debaixo d'água.
Antes que pudesse lembrar demais, o cara invadiu seu banheiro e a concentração de Alyssa foi ralo abaixo.
sua frente, os doutores direcionavam todos os detalhes ao estranho e irritada com a situação, ela os interrompeu.
- Eu posso saber o que há de errado comigo?
A pergunta fez com quê eles parassem e olhassem pela primeira vez nos olhos de Alyssa.
algo complicado Alyssa, estamos tentando entender pra te explicar. - O CEO respondeu.
- Se é complicado pra você senhor, imagine pra mim. Não há ninguém que eu conheça aqui... - A voz falhava já embargada pelo choro.
O CEO pediu aos doutores para discutirem os detalhes mais tarde, agora ele tinha três prioridades que cuidar e se não pudesse fazer com que Alyssa parasse de chorar, não conhecia outra pessoa que pudesse.
Me escuta. - Disse secando as lágrimas da esposa e segurando o rosto da mulher em suas mãos. - Você não precisa se preocupar com nada além de você, vamos te explicar com calma tudo que aconteceu e a única coisa que vou ter de te pedir é que cuide dessas pequenas. - Ele apontou para as filhas
Já entendi. - Alyssa engoliu as
as bebês, e mesmo com a pouca idade mental, já possuía um senso de responsabilidade e sempre foi
se ela havia dado a luz, era porque aquelas eram partes dela. Suas filhas.
Você sabe o que eu devo fazer? - Ela perguntou, sem a mais mínima memória de
uma das meninas e entregou no colo de Alyssa. Ela olhava para as filhas como uma criança segurando outra, dirigiu um olhar perdido ao estranho e chamou-o como os outros o
- Sr. Hemsworth, eu não...
Chris. Por favor. - Ele pediu, sentindo que se ela o tratasse formalmente, seria uma dor insuportável o
tudo bem. - Se esforçou para não soar estranha. - Chris, como
se aproximou, pediu permissão com o olhar para desabotoar a camisola hospitalar que Alyssa vestia, e quando ela assentiu, o CEO expôs seu seio direito para fora e ajustou a filha nos braços
Pronto, é só esperar ela sugar. - Ele sentou-se ao lado da maca, em
esperou e estranhou que a bebê não chegasse nem perto, com medo de matá-la de fome, Alyssa levou o bico do seio para mais perto da boca da filha e sorriu abertamente quando a pequena começou
viu? Ela mama mesmo...
frase de Alyssa causou risos
visto uma Alyssa tão animada e
levantou-se no banco e beijo a testa da
é única, sabia? - Disse fitando a
uma pequena dor de cabeça depois do gesto e quando abriu os olhos, recordou-se de cenas como aquela, levemente diferentes, mas definitivamente todas