Eu, Você + Os Bebês. romance Capítulo 27

Ela acordou momentos depois, com o estranho homem apertando sua mão.

Ele estava sentado em um banco perto de sua cama, com a cabeça recostada na maca e a mão direita segurando a de Alyssa.

Retiraria sua mão de imediato de perto dele, se não fosse porque o maior parecia ter pesadelos.

- Lyss... Lyss... - Ele a chamava. - Por favor acorda... - Murmurava.

Ela o estranhou, mas ele parecia a conhecer e com certeza ela havia perdido algo do qual realmente não conseguia se lembrar.

Vendo-o daquele modo, Alyssa deixou que ele segurasse sua mão e passou a acariciar os cabelos do estranho.

- Eu estou aqui. - Ela o disse, vendo as expressões do homem relaxar.

Passou algumas horas até que o CEO despertasse de seu sono, ele não havia dormido bem desde o acidente de Alyssa e agora seguro de que ela estava bem, seu corpo se rendeu ao cansaço.

Abriu os olhos lentamente, e percebeu que sua esposa já não estava mais na cama.

- Alyssa! - Gritou, levantando-se bruscamente.

Olhou em todos os quatro cantos do quarto e só lhe sobrava o banheiro, não bateu na porta, simplesmente entrou.

- Ah! - Alyssa gritou depois de notar que o homem invadia seu espaço.

- Calma, eu...

Antes que ele terminasse de dizer qualquer coisa, ela lhe atirou um vidro de shampoo na cabeça. Christopher desviou e fez uma nota mental para se lembrar de nunca mais a assustar.

- Estou indo, só fiquei preocupado de você não estar na cama.

- Se já viu o suficiente, saia senhor. - Ela mandou, em um tom furioso.

Ele riu, imaginou o quão brava Alyssa poderia ter sido em seus tempos de menina. Queria a ter conhecido no colégio, se apaixonado e cultivado uma amor de infância, para que diante de um perda de memória ele estivesse enraizado em suas recordações.

Agora tudo o que tinha era uma adolescente no corpo de sua mulher.

Atrás dele, ouviu toques na porta do quarto e depois das batidas, duas enfermeiras entraram.

Haviam arranjados berços hospitalares para as pequenas Hemsworth's, e traziam neles, as gêmeas.

- Como as vão registrar? - A enfermeira perguntou com a caneta pronta para marcar nas pulseiras de ambas.

- Para ser sincero, ainda não chegamos a uma conclusão, o restante da família está vindo, gostaria de discutir isto com eles.

- Sem problemas, vou deixar a caneta e as pulseiras. O que precisa é só chamar, daqui a pouco vira uma enfermeira para ajudar a mãe a amamentá-las.

- Obrigada. - Chris agradeceu e deixou que a enfermeira se fosse.

Com medo de acordá-las, o CEO apenas observava cada traço das filhas de longe.

Alyssa se aproximou por trás e sorriu ao ver as pequenas, lembrou do quanto foi assustador tê-las, mas por suas carinhas valeu cada contração.

- E então... - Alyssa pronunciou perto demais.

O CEO saltou para o lado, e teve medo de se aproximar de Alyssa. Não queria que ela o entendesse mal, ou que a relação que tiveram, a forçasse a qualquer tipo de situação.

Pensou em tudo, ele lhe daria espaço se fosse isso que Alyssa quisesse.

- Está tudo bem? Como se sente?

- Como se tivesse sido atropelada. - Ela disse comparando, sem a menor ideia de que realmente havia sido.

- Os doutores já estão vindo, por favor deite-se. - Chris pediu, apontando para a maca.

- Por que me beijou? - Ela o questionou novamente apontando para os lábios. - Por que estou diferente? - Alyssa mexia no comprimento do cabelo.

- Não se preocupe, explicaram tudo. Espero apenas que os médicos cheguem.

Christopher temia lhe dizer algo que a fizesse mal, não sabia como dizer a uma mente adolescente que ela teve um acidente, mas antes está casada e com outras duas crianças dependentes dela.

Haviam muitas coisas das quais ela precisava estar ciente, não eram tão fáceis de explicar e achava mais seguro perguntar a um psicólogo como o fazê-lo.

- Quando eles vêm?

- Logo, eu prometo. - Chris garantia.

Ela não gostava daquilo, não gostava de promessas. Se lembrou de que a alguns dias atrás, um cara a havia prometido encontrá-la para namorarem, nunca veio ao encontro e ela estava mal com isso.

Problemas de adolescente, que mal chegavam aos pés do problema que realmente estava a sua frente.

Três médicos e algumas enfermeiras adentraram o quarto, recolheram amostras de sangue e deram uma lista de cuidados a seguir para o CEO.

- Se todos os exames não mostrarem nada, ela pode ser liberada amanhã.

- Mas e a memória?

- Bem, a radiografia e a tomografia precisam ser refeitas para confirmar, mas as anteriores não mostraram nada que fizesse com quê a perda de memória fosse definitiva. - O doutor explicava.

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