Ex-marido Frio: Amor Inesperado romance Capítulo 1111

Os cabelos dele foram levantados pelo vento, deixando seu rosto tenso e bonito em uma mistura de ira, descontrole e pânico. A calma de outrora havia desaparecido, deixando-o com um ar um tanto desgrenhado.

No momento em que ele a viu, seus passos pararam, mas ele não avançou, apenas ficou olhando para ela através da multidão, com um olhar um tanto feroz, imóvel.

Amélia mordeu levemente os lábios, caminhando em sua direção.

"Eu estava apenas..."

Ela começou a explicar em voz baixa, mas antes que pudesse continuar, o braço dele se estendeu de repente, agarrando seu braço e puxando-a para perto, fazendo com que as rosas que segurava caíssem ao chão.

Seus braços a envolveram firmemente.

Os passantes olhavam surpresos para os dois.

Rafael parecia não ver, apenas a segurava apertado, sem dizer uma palavra.

Amélia podia ouvir o coração dele batendo rápido e desordenado, um som profundo e caótico.

Ele a apertava com tanta força, com os braços tão firmes que parecia querer fundi-la a seu corpo.

Amélia não resistiu, deixando-se ficar nos braços dele até que o ritmo acelerado e irregular do coração dele começasse a se acalmar. Então, ela falou suavemente: "Acho que vi a Cecília agora há pouco e quis chamá-la."

Rafael ainda não falou, mas as mãos que envolviam suas costas lentamente subiram, tocando a nuca dela, puxando-a ainda mais para perto com carinho.

Ele não queria se preocupar com o que havia acontecido com Cecília, se Amélia a havia encontrado ou não; tudo que desejava era encontrar algemas para prendê-la ao seu lado.

O pânico de não encontrá-la não havia desaparecido só porque ela estava em seus braços; a memória dela voltando aos poucos era como um pesadelo para ele, sentia-se como se estivesse sendo assado vivo, sem saber se, ao recuperar completamente a memória, ela voltaria a ser a Amélia decidida que não queria mais ele.

Ele não entendia por que ela tinha que recuperar a memória aos poucos, torturando-o, em vez de tudo de uma vez como outros.

Uma recuperação instantânea, viver ou morrer, ao menos lhe daria um fim rápido.

"Rafael?"

Notando que os braços de Rafael se apertavam cada vez mais, e seu corpo lentamente se tensionava com uma aura de desespero, Amélia deu leves tapinhas em seu ombro, falando com doçura, "Eu estou aqui."

Inesperadamente, sem que ela falasse, Rafael a afastou um pouco, olhando-a severamente nos olhos, com um olhar profundo e escuro, mas sob essa escuridão havia uma acusação velada que Amélia mal percebeu antes de ele a puxar de volta para um abraço apertado.

Rafael a consolou suavemente, soltando-a e se abaixando para pegar as rosas caídas.

As pétalas, antes belas, agora estavam manchadas e sujas.

Amélia sentiu uma ponta de tristeza: "Elas se sujaram."

"Não tem problema."

Rafael disse suavemente, levando-a de volta para a frente da floricultura.

"Por favor, embrulhe todas as rosas para mim."

Ele pediu, apontando para as rosas no local.

Amélia o olhou surpresa.

A dona da floricultura também olhou para Rafael surpresa, mas rapidamente se recuperou, embalando todas as rosas com eficiência e entregando-as para ele.