Ex-marido Frio: Amor Inesperado romance Capítulo 1153

"Eu também dormi o suficiente," disse Rafael, passando a mão pelo cabelo ainda um pouco bagunçado dela. "Ainda está com sono? Quer voltar a dormir mais um pouco?"

A cabeça enterrada em seu peito balançou em negação.

"Não se preocupe, vou te abraçar um pouco, até você se recuperar," murmurou ela, a voz abafada vindo de seu peito.

Amélia apertou mais o braço dele, afundando o rosto mais fundo em seu peito, como se ele fosse um travesseiro.

Desde que se casaram às pressas há quase cinco anos, ela nunca tinha se agarrado a ele dessa forma tão desinibida.

O coração de Rafael se derreteu, e sua voz suavizou:

"Tudo bem."

Depois de responder, ele a apertou um pouco mais, permitindo que ela ficasse agarrada a ele.

Amélia, no entanto, começou a despertar mais, esfregando o rosto em seu peito quente antes de levantar a cabeça e sorrir para ele:

"Acordar e descobrir que falta uma pessoa ao meu lado ainda é algo a que não me acostumei..."

A voz ainda era um murmúrio sonolento, suave e meiga, como um carinho.

Rafael também sorriu, acariciando seu cabelo: "Quer que eu fique mais um pouco com você?"

Sua voz era um murmúrio baixo e rouco, convidativo.

Enquanto falava, ele já havia encostado a testa na dela.

O calor do contato se espalhou pela pele, e Amélia se aconchegou mais, mas agora estava bem mais desperta.

"Não precisa, você ainda tem que trabalhar mais tarde," ela respondeu baixinho, sua voz igualmente suave e um pouco rouca. "Dormi o suficiente ontem à noite, se dormir mais vou acabar com dor de cabeça."

Enquanto falava, seus olhos encontraram os de Rafael.

"A Ana ainda não acordou, né? Vou fazer café da manhã para você," ela disse, seu olhar agora claro.

Amélia ficou um pouco atordoada, mas deixou-se ser abraçada.

A mão dele pousou na parte de trás de sua cabeça, como se segurasse um bebê recém-nascido, e ele inclinou a cabeça para o lado, encostando suavemente o rosto no topo da cabeça dela.

"Por que você está tão sentimental hoje?"

Amélia perguntou baixinho, permitindo-se ser abraçada.

"Talvez porque ontem à noite eu tenha revisitado o passado e percebido que fui um idiota."

Rafael respondeu com um sorriso, sua voz baixa e rouca carregando um toque de arrependimento auto-depreciativo.

Amélia levantou a cabeça de seu abraço e olhou para ele com seriedade: "Combinamos que o passado ficaria no passado, não podemos mais trazer isso à tona! Além disso, você nunca foi um idiota, você é maravilhoso, tão maravilhoso que me faz acreditar que em vidas passadas eu devo ter salvo a vida de São Longuinho, então ele te deu para mim nesta vida."

Rafael não pôde evitar sorrir, enquanto passava a mão pelo cabelo dela novamente, ele já estava prestes a beijar Amélia quando viu pelo canto do olho Ana abrindo a porta, prestes a sair. Ele acenou com o dedo para que ela não precisasse sair para fazer o café da manhã, e Ana, embaraçada, voltou para o quarto.

Quando o som da porta se fechou, Rafael já estava beijando Amélia.