Ex-marido Frio: Amor Inesperado romance Capítulo 1160

Rafael terminou a reunião e foi ao restaurante onde havia combinado encontrar-se com a babá.

Teresa já havia chegado, sentada de maneira um tanto tímida à mesa, vestida de forma simples, como sempre.

"Teresa."

Rafael cumprimentou-a educadamente.

Teresa virou-se ao ouvir sua voz e levantou-se imediatamente.

"Sr. Gomes." Ela ainda demonstrava um pouco daquela timidez de antes na presença dele.

"Sente-se, por favor."

Rafael puxou uma cadeira e sentou-se em frente a Teresa, entregando-lhe o cardápio, "Veja o que gostaria de comer."

"Não precisa, o senhor pode escolher." Teresa rapidamente devolveu o cardápio.

Rafael não perdeu tempo insistindo e pediu alguns pratos de uma vez. Então, voltou-se para Teresa e foi direto ao ponto: "Teresa, no dia em que Amélia perdeu o bebê, alguém esteve em nossa casa?"

"Ah?"

Teresa não esperava por aquela pergunta sobre um assunto tão antigo e ficou surpresa, olhando ansiosamente para Rafael, "Por que está mencionando isso de repente? Aconteceu algo com a Amy?"

"Ela está bem," Rafael respondeu, "eu só quero saber se alguém esteve lá naquele dia."

"Deixe-me pensar."

Teresa concordou, franzindo o cenho enquanto tentava se lembrar, mas, após um longo tempo pensando, ainda não tinha uma resposta clara, apenas mostrava um semblante cada vez mais preocupado.

Rafael a lembrou diretamente: "Algum membro da minha família esteve lá?"

Teresa franziu a testa, pensando por um momento, e então olhou hesitante para Rafael, como se estivesse indecisa sobre o que dizer.

"Pode falar abertamente," Rafael encorajou, "ela não é minha mãe."

Teresa olhou para ele surpresa, mas, ao receber seu consentimento, ponderou e decidiu expressar sua opinião: "Ela parecia tratar a Amy muito bem. Costumava levar comida, se preocupava se ela estava se alimentando bem, sempre me lembrava de preparar refeições equilibradas, cuidar da Amy, e frequentemente perguntava sobre o bem-estar dela. Mas, ao mesmo tempo, o que dizia era difícil de ouvir, deixava uma sensação desconfortável, embora parecesse estar se preocupando de verdade. Então, não sei se ela era boa ou ruim."

Rafael perguntou: "Por exemplo?"

Teresa explicou: "Às vezes, quando ela trazia comida e via a Amy ocupada com o trabalho, dizia coisas como: 'Veja você, nem parece uma mãe. Não se alimenta direito e fica o tempo todo no computador. Não sabe que tem radiação? Se isso prejudicar o bebê e ele não resistir, o que você vai fazer? Você está tão magra, só pele e osso. Se continuar assim, pode perder o bebê e nem terá lágrimas para chorar depois.'"

Teresa fez uma pausa e olhou para Rafael: "São coisas desse tipo que ela fala, parece que está preocupada com a Amy, mas continua dizendo que ela não sabe se cuidar, que o bebê pode não sobreviver, e se isso acontecer, será culpa dela. Ela repete essas coisas na frente da Amy, mas depois vai, a levanta com cuidado, ajuda a voltar para o quarto e até serve a comida para ela, parecendo que realmente se importa. A Amy não tem como rebater, mas a cada vez que ouve isso, é como se estivesse sendo condicionada a acreditar que, se algo der errado com o bebê, a culpa é dela, o que a deixa sob muita pressão."

Rafael franziu levemente a testa: "Por que nunca me mencionou isso antes?"

Teresa estava com uma expressão preocupada: "Como eu poderia mencionar isso? Ela não veio para brigar ou causar problemas, veio trazer comida para a nora, cuidar dela. Se eu falasse, pareceria que somos ingratos. Naquela época, a Amy também tinha medo que você achasse que ela estava sendo dramática ou sensível demais."