Ex-marido Frio: Amor Inesperado romance Capítulo 1207

Amélia ainda estava um pouco distraída, mas ao ouvir a voz de Ana, levantou a cabeça de forma confusa: "Hã?"

Ana, percebendo que Amélia não parecia bem, suavizou a voz instintivamente:

"Você não foi encontrar o Sr. Gomes? Por que ele não voltou com você?"

"Ele..." Amélia hesitou por um momento, "Ele teve um assunto urgente na empresa e precisou voltar."

Embora parecesse ter voltado a si um pouco, ainda havia algo diferente nela.

Ana não ficou tranquila com a resposta de Amélia, sentindo que a amiga estava diferente de quando saíra. Era como se seu corpo estivesse ali, mas sua alma não.

"O que aconteceu?"

Ana perguntou, com a voz cheia de preocupação e carinho, o que fez com que Amélia sentisse um aperto no peito.

Ela sorriu agradecida para Ana: "Não é nada."

Vendo que Ana ainda estava preocupada, Amélia acrescentou com seriedade: "Estou bem de verdade, Ana, obrigada."

Ana ficou um pouco sem jeito com a gratidão tão formal, corando um pouco ao responder: "Que isso, nós não precisamos de tanta formalidade."

Amélia apenas sorriu para ela e, de repente, se inclinou para abraçá-la.

"Ana." Amélia sussurrou suavemente em seu ouvido, "Embora tenhamos começado nossa relação como patroa e empregada, ao longo dos anos, passei a considerá-la como minha irmã. Tenho muita sorte de tê-la ao meu lado, e se não fossem você e Cecília, não sei o que teria feito naqueles dois anos."

Em todos os anos que conhecia Ana, Amélia nunca havia sido tão franca sobre seus sentimentos.

Mas vendo a preocupação e carinho genuínos de Ana, ela estava realmente comovida.

Foi o gesto de bondade que a tocou em meio ao caos e à incerteza dos últimos dias.

Ana, por sua vez, ficou um pouco desconcertada com a súbita demonstração de emoção.

Ela deu um tapinha no ombro de Amélia e disse: "Você me fez quase chorar. Eu é que devo agradecer a você. Se não fosse por você e Cecília, eu ainda estaria em um país estrangeiro lavando pratos."

Dizendo isso, ela abraçou Amélia novamente e depois se afastou, abrindo a porta.

"Não, ela está em Cidade do Sul."

Amélia respondeu, olhando para Ana, "Ah, Ana, meu documento de identidade..."

"Está guardado no quarto." Ana respondeu, entrando para pegar o documento de Amélia.

Amélia olhou para ela, surpresa, mas não pensou muito sobre isso.

Ela precisou do documento quando foi hospitalizada; era normal Rafael ter pego suas coisas no hotel após o ocorrido.

Amélia comprou passagens para ela e Ana para um voo ao meio-dia para Cidade do Sul.

Ana não esperava que fossem partir tão rapidamente, e como Rafael ainda não havia saído do trabalho, não pôde evitar perguntar: "O Sr. Gomes vai também?"

A mão de Amélia, que segurava o celular, hesitou ligeiramente, e ela levantou o olhar para Ana: "Ele não vai."

"..." Ana ficou um pouco preocupada. "Já comentou isso com o Sr. Gomes?"