Ex-marido Frio: Amor Inesperado romance Capítulo 150

Matheus comunicou a Clara que Rafael desejava vê-la em seu escritório, o que com que ela ficasse bastante apreensiva.

"Por que o Sr. Gomes deseja falar comigo?"

Ela pensava insistentemente para tentar entender o que poderia ter chamado a atenção de Rafael.

Matheus também não havia entendido a princípio, mas ainda assim tentou acalmá-la dizendo: "Possivelmente deve ser algo relacionado ao trabalho. Fica tranquila, o Sr. Gomes pode parecer bem sério, mas é um bom homem, não costuma trazer problemas para os subordinados."

Contudo, as palavras de Matheus não puderam acalmá-la.

Ela nunca havia tido uma interação de perto com Rafael, mas após observá-lo de longe algumas vezes, notou que a presença dele era intimidadora.

Ansiosamente, ela bateu na porta do escritório de Rafael.

"Entre." Uma voz grave foi ouvida.

Clara, abrindo a porta imediatamente, pode notar Rafael sentado atrás de sua mesa, o que a fez agir cautelosamente: "Sr. Gomes, o senhor gostaria de conversar comigo?”

"Hm."

Rafael respondeu cautelosamente e notou que ela estava a ponto de fechar a porta, então falou: "Não precisa nem fechar a porta."

"..." Sem-jeito, Clara retirou a mão da maçaneta.

Rafael, olhando para Clara: "Como você conheceu sua diretora?"

Clara ficou sem saber o que dizer: "Ah?"

Ela ficou preocupada quanto às intenções de Rafael, e lembrando-se do pedido de Amélia para guardar segredo, sentiu-se ainda mais tensa, sem conseguir entender se Amélia estava com algum problema.

"Há algum problema com a diretora?" Ela não queria trair Amélia e perguntou vacilante para Rafael.

"Não." Disse Rafael.

"Então..." Clara estava em dúvida, será que era uma checagem de antecedentes?

"Apenas seja honesta, não precisa se preocupar com mais nada." Rafael a interrompeu.

Clara não se arriscou, pois ainda não tinha conseguido entender as intenções de Rafael e não sabia se ele estava usando Amélia para testá-la ou se procurava algo contra a própria Amélia. Afinal de contas, ela havia acabado de prometer à Amélia que não contaria nada , e não seria confiável revelar algo sobre Amélia logo em seguida.

Se fosse o segundo caso e se Amélia não tivesse problemas, mas Rafael simplesmente quisesse criar um pretexto para demiti-la, Clara iria se sentir muito culpada de causar a perda do emprego de Amélia.

Dessa forma, seguindo a história de Amélia, ela disse: "Tudo começou durante uma refeição, quando a diretora ficou sem bateria no celular e não conseguia pagar a conta, então eu a ajudei."

Após falar, ela viu Rafael ficar pensativo.

Ela também não conseguia entender o que significava aquela expressão de Rafael, sentindo-se confusa, admirada por uma simples saudação ter causado tantos problemas.

Quando ela imaginou que Rafael poderia parar com os questionamentos, ele perguntou: "Onde foi essa refeição?"

"..." Clara estava a ponto de chorar.

Não podia imaginar que uma mentira teria que ser sustentada por tantas outras.

"Eu não me lembro." Ela disse, usando uma resposta genérica, enquanto sentia um suor frio correr pela sua espinha.

Rafael: "Quando foi?”

"Eu realmente não me lembro." Clara já estava quase chorando, "Foi um evento tão pequeno, que eu não fiz questão de guardar, só me lembrei hoje ao ver a diretora."

Mas Rafael não tinha a intenção de deixá-la sair fácil: "Seu celular tem o registro do pagamento?"

Clara: "..."

Rafael: "A diretora retornou para Cidade Oeste entre os dias 28 do mês passado e o 10 deste mês. Você pode checar os registros desses dias."

Clara: "Eu... eu paguei em dinheiro."

Os olhos escuros de Rafael ainda estavam fixos nela: "Que coincidência, não?"

"..." Clara não aguentando mais a pressão do interrogatório, começou a encher seus olhos de lágrimas e começou a chorar.

Rafael: "..."

Os outros assistentes que estavam no escritório externo não conseguiram deixar de olhar com curiosidade para aquela direção, cada um deles espiando por cima de suas divisórias.

Rafael lançou um olhar sério para fora da porta.

Instantaneamente, todos voltaram suas cabeças, mas mesmo assim continuaram a ouvir com atenção.

Clara já estava soluçando quando disse: "Sr. Gomes, por favor, fale diretamente o que deseja saber, não estou aguentando mais esse interrogatório."

Rafael olhou para ela, com o rosto já manchado de lágrimas, e pensativo com a cabeça doendo, disse: "Você já pode ir.”

O esgotamento de Clara fez com que o comportamento dele parecesse ainda mais incoerente.

Ele nem mesmo conseguia compreender ao certo o que estava duvidando, era apenas por causa de olhar de pânico que ele tinha percebido nos olhos de Amélia quando ela se virou para Clara, uma fração de segundo de pânico que o tinha deixado perturbado, mas logo Amélia explicou como tinha conhecido Clara e nada parecia estar fora do comum, e a explicação de Clara também não apresentava problemas.

Usar dinheiro vivo também não demonstrava ser uma possibilidade tão remota.

Sua reação tensa ao ter que enfrentá-lo era totalmente compreensível.

Na empresa, quase todos os funcionários agiam com extrema cautela diante dele.

Quase ninguém tinha a ousadia que Bruno tinha.

Clara, sentindo-se perdoada, não ousou em perder mais tempo ali, soluçou um "obrigada, Sr. Gomes" e virou-se para correr, mas Rafael a chamou repentinamente: "Espere."

As pernas de Clara enfraqueceram e, ao se virar para Rafael ainda com os olhos cheios de lágrimas, perguntou: "Sr. Gomes, há mais alguma coisa?"

Rafael olhando para ela: "Seria possível ver seu WhatsApp?"

Clara instantaneamente vacilou; o WhatsApp era uma questão muito particular, e ela não queria mostrar para o chefe.

Rafael notou seu olhar hesitante: "Eu só quero olhar as mensagens com a diretora."

"..." Clara sem entender, girou a tela do WhatsApp para mostrar a conversa com Amélia.

Ela já havia apagado o histórico de mensagens com Amélia como tinham combinado, então a tela estava totalmente limpa, sem uma única mensagem.

Rafael a observou e disse: "A diretora não entrou em contato com você?"

Clara sentiu vontade de chorar novamente; ela não poderia imaginar que uma pequena mentira bem-intencionada pudesse levar a um interrogatório infindável de Rafael.

Se ela respondesse imediatamente que "sim", iria ter que explicar sobre o que conversaram e por que havia apagado as mensagens, e isso a levaria de volta à primeira mentira.

Ela teve que responder um "não “com bastante firmeza, e ao terminar, Rafael a observou.

Esse olhar fez com que a pressão que ela mal tinha começado a minimizar, disparar , deixando seus olhos novamente vermelhos.

Matheus, que tinha acabado de chegar, percebeu instantaneamente o estado deplorável de Clara e olhando para Rafael com um olhar questionador: "O que está acontecendo aqui?"

Rafael o olhou e disse: "Nada."

Então olhando para Clara: "Você pode ir agora."

Clara saiu tão apressada como se estivesse fugindo, esquecendo-se até de agradecer.

Matheus notou Clara saindo desesperada e não pôde deixar de suspeitar de Rafael: "O que você fez com ela?"

"O que eu poderia ter feito?" Rafael respondeu apático, o olhando de relance, "Aliás, você, quando for contratar alguém, também deveria considerar a capacidade de resistência ao estresse das pessoas. Ela já começou a chorar sem nem mesmo eu dirigir a ela duas palavras, e quando o cliente colocar pressão, ela vai resolver chorando?"

"Os clientes não são tão assustadores quanto você." Matheus disse, já entrando no escritório, "Você estava falando sobre a Amy com Clara, não é?”

Era o único motivo que ele poderia pensar.

Rafael, sem responder: "Todos os convidados já foram embora?"

Matheus confirmou: "Sim, já foram."

Rafael acenou com a cabeça, e não disse mais nada.

Matheus entregou a Rafael o projeto do resort: "Então vamos seguir em frente com este projeto, está bem? Você vai cuidar disso ou vai querer passar para os seus pais? Eles já me cobraram várias vezes, sempre perguntando sobre o progresso."

Rafael olhou para ele: "O que a Sophia acha?”

Matheus: "Ela está, com certeza, superfeliz e ansiosa para começar com a parceria."

Rafael: "Ela sabe quem é o designer?"

Ao tocar nesse assunto, Matheus se lembrou repentinamente, batendo na testa: "Você havia mencionado e eu acabei esquecendo, ainda não tive a oportunidade de contar a ela sobre o designer. Ultimamente, como Gustavo e Sophia estavam ocupados com a nova empresa, eles não estavam trabalhando no escritório local.

Hoje, na abertura da filial, eles não haviam sido convidados a participar.

"Não precisa contar a ela." Rafael interrompeu Matheus, "O que você disse a ela quando estava te pressionando anteriormente?"

Matheus: "O que eu poderia ter dito? Apenas falei que você não tinha aprovado o projeto ainda, que ele estava parado contigo.”

Rafael confirmou com a cabeça: "Então deixa isso comigo, certamente ela virá falar comigo."

Matheus, que estava sentindo-se frustrado com Sophia, ficou mais do que aliviado: "Então te deixo cuidar dessa questão.”

Sentindo como se um peso tivesse sido tirado de suas costas, ele retornou apressadamente ao escritório para continuar seu trabalho.

Após levar Amélia de volta ao hotel, Bruno também retornou rapidamente para a empresa.

"Você levou Amélia para o hotel?" Rafael perguntou tranquilamente ao vê-lo.

"Sim, já a levei de volta para o hotel." Bruno confirmou rapidamente.

Rafael: "Em qual hotel ela está hospedada?"

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