Ex-marido Frio: Amor Inesperado romance Capítulo 168

Amélia concordava com Clara.

Ela também achava que Rafael possivelmente não gostava de ver mulheres com lágrimas nos olhos, e por isso, nos anos que passaram juntos, tanto no terceiro ano do ensino médio quanto nos dois anos em que foram casados, ela sempre se conteve na frente dele.

Mas o fato de Rafael interromper sua investigação em razão do choro de Clara foi algo que Amélia nunca esperaria.

"Ele te procurou depois?" Amélia perguntou.

"Não." Clara balançou a cabeça, "Só me chamou de volta quando eu estava saindo e pediu para ver meu celular, para olhar as mensagens que tínhamos trocado.”

"Mas pode ficar sossegada, eu apaguei as mensagens, ele não encontrou nada lá.” Clara repentinamente acrescentou, e depois de terminar , não pôde deixar de perguntar olhando para Amélia, "Você e o Sr. Gomes têm algum tipo de relação?"

"Eu e ele..." Amélia vacilou por um instante, "Fomos colegas de escola."

Ela não quis mencionar que já haviam sido casados.

Clara se surpreendeu.

"Não me diga que... vocês tiveram um romance na escola, se separaram por algum motivo e agora se reencontraram depois de tanto tempo?"

Ela tinha percebido um cheiro de reencontro longamente esperado em Rafael, e ainda por cima, um reencontro marcado por sentimentos de mágoa e desejo não correspondido.

Amélia sorriu: "Não é isso."

"O Sr. Gomes não é o tipo de pessoa que se envolve em romances." Ela disse.

Clara concordou rapidamente, acenando com a cabeça: "É verdade."

E não perguntou mais nada.

Amélia também não falou mais nada a esse respeito, somente aconselhou Clara, de maneira gentil, a não contar a ninguém sobre o encontro na delegacia, principalmente sobre a questão da criança, já que nem todos aceitam a ideia de ter filhos através de um banco de esperma e ela não queria ser alvo de boatos

Clara compreendeu Amélia e lhe prometeu guardar segredo.

O corretor já havia terminado a ligação e voltou para conversar com Amélia a respeito de seu interesse em alugar o apartamento.

Amélia não tinha mais interesse em olhar outros apartamentos, o que ela tinha visto era um simples dois quartos e sala, suficiente para montar seu estúdio.

O condomínio era bem localizado, com parques, escolas e comércio ao redor, nem longe nem perto do trabalho e em uma direção oposta à casa de Rafael, por um caminho que ele não teria que passar para ir ou retornar do trabalho.

Além do mais, o condomínio havia sido entregue recentemente, tinha uma boa administração de propriedades e ambiente limpo, com áreas verdes bem cuidadas e instalações para crianças, o qual oferecia um bom custo-benefício.

"Vou ficar com este." Amélia disse.

"Ótimo." Disse o corretor muito contente, "E o apartamento lá em cima..."

Ele queria perguntar se Amélia ainda tinha interesse em ver o apartamento de cima, que era bem maior, com mais de 130 metros quadrados e três quartos, e com um estilo de decoração e iluminação melhores que o menor.

Amélia tinha agendado para ver primeiro o apartamento de cima, mas quando se encontrou com o corretor, mudou de ideia e achou melhor pedir para ver o de dois quartos primeiro.

Amélia sabia o que ele iria perguntar e o interrompeu dizendo: "Vamos ficar com este aqui."

"Certo." O corretor concordou imediatamente.

Amélia e Clara o seguiram até o escritório para assinar o contrato.

Após assinar o contrato, Amélia convidou Clara para comer alguma coisa e depois, chamou um carro para levá-la para casa.

Só quando o táxi foi se afastando é que Amélia voltou à imobiliária onde haviam assinado o contrato.

"Gostaria de dar uma olhada naquele apartamento grande de três quartos lá em cima." ela disse.

O corretor ficou atrapalhado, pois não era comum alguém assinar um contrato de locação e ainda continuar a procurar outros apartamentos.

"É para um amigo que também está procurando um apartamento para alugar.” Amélia explicou.

O corretor, ficando feliz, é claro, rapidamente levou Amélia de volta para ver o apartamento.

O apartamento ficava bem acima do que Amélia tinha alugado, no 8º andar, só era preciso subir as escadas.

A disposição, iluminação e estilo de decoração verdadeiramente eram melhores que os do apartamento pequeno que ela tinha alugado, com um estilo agradável e suave em tons de creme e até um quarto infantil já pronto.

Amélia ficou bem satisfeita e assinou o contrato de locação rapidamente com o corretor.

Ela assinou o contrato em nome de outra pessoa, o alugando em nome de Cecília Costa.

Após alugar o apartamento e voltar para o hotel, já era mais de onze da noite.

O quarto do hotel estava vazio, mas ainda havia alguns vestígios da presença de Rafael, bem como da intimidade da noite anterior.

Naquela noite, ela, que estava embriagada, e Rafael, muito enfurecido, se enredaram sem controle naquela cama de casal de um metro e oitenta.

A cama ainda escondia as pistas da loucura calma da noite anterior.

Amélia olhou para outra direção e ligou para a recepção, solicitando que a ajudassem a trocar de quarto.

Aquela noite, Amélia não conseguiu dormir.

Toda vez que ela tentava dormir, a confusão de imagens a invadia: ora eram as mãos de Rafael, levantadas e o olhar difícil que ele lançava sobre ela; ora era o olhar arrogante e desprezível de Sophia; ora era o questionamento de Gustavo, do alto de sua autoridade, questionando por que ela tinha voltado; e então, de novo, a solidão da suíte nupcial onde ela se encontrava, aborrecida e sozinha, na cadeira de balanço da sala, observando a silhueta apressada de Rafael se afastando.

Rafael também não tinha sossego.

Rafael estava sentado sozinho no sofá da extensa sala de estar, ele admirava olhando através da janela, o rio serpenteante sendo iluminado pelas luzes da cidade e, repentinamente, as lembranças do último ano do ensino médio, quando encontrou Amélia pela primeira vez, apareceram em sua mente.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Ex-marido Frio: Amor Inesperado