Ex-marido Frio: Amor Inesperado romance Capítulo 220

Amélia sentou-se bem em frente a Rafael e, assim que levantou os olhos, viu o rosto frio e bonito de Rafael e não pôde deixar de franzir os lábios, tornando-se mais reservada.

Pedro, percebendo a mudança em Amélia, preocupado, virou-se para perguntar-lhe: "O que se passa? Está se sentindo mal?"

Sua voz estava tão baixa que os outros não o ouviram, mas apenas viram a preocupação que ele não conseguia esconder em seus olhos quando olhou para Amélia.

Matheus lançou um olhar para Pedro, começando a duvidar de suas próprias suspeitas.

não resistiu e olhou para Rafael.

Rafael parecia não ter visto nada, com seus olhos já voltados para o palco que estava quase pronto, mantendo uma expressão serena.

Mas seus dedos pressionando a xícara de chá...

Matheus olhou para seus nós dos dedos esbranquiçados e não pôde deixar de olhar para Amélia.

Amélia, com os olhos baixos, não ousava olhar na direção de Rafael e apenas acenou para Pedro com um gesto educado: "Não é nada."

E com isso, ela levantou sua xícara de chá, tomando pequenos goles.

A mesa inteira entrou em uma atmosfera estranha.

Era bom que a cerimônia de inauguração estivesse prestes a começar.

Carlos, após cumprimentar os presentes com um sorriso, voltou sua atenção para Rafael, convidando-o a subir ao palco juntos.

Rafael assentiu levemente e subiu ao palco com Carlos.

Pedro também foi convidado a subir.

Quando Rafael se levantou para partir, Matheus notou claramente o alívio de Amélia, e seus dedos sobre a xícara relaxaram um pouco.

Matheus sorriu para Amélia: "Você ainda tem medo de Rafael, hein?"

Amélia sorriu timidamente: "Claro que Não."

"Isso é normal, não precisa se envergonhar." Matheus com um sorriso. "Conhecendo-o há tantos anos, há poucos que não se intimidam diante dele. Ele sempre foi assim, por isso não tinha muitos amigos na infância."

O sorriso de Amélia vacila um pouco e ela não pode deixar de olhar para Rafael no palco.

Ele já estava à frente, cumprimentando e saudando as outras pessoas com humildade e cortesia, mas não conseguia esconder sua poderosa aura.

Matheus também olhou para Rafael no palco e continuou: "Então você sabe por que a Helena da infância é tão especial para ele? Ela foi a única que não tinha medo dele e sempre esteve ao seu lado, protegendo-o."

Amélia lhe lançou um olhar e não respondeu.

Matheus olhou para ela e, talvez lembrando-se da Helena de sua infância, seu olhar tornou-se nostálgico:

"A mãe de Rafael faleceu por doença quando ele tinha sete anos de idade por motivo de doença, a mãe dele o amava e ele amava a mãe dele, então a morte dela foi um grande golpe para ele, tornando-o recluso e antisocial, sem amigos, passando os dias sozinho em seu quarto. Apenas Helena o acompanhava todos os dias, conversando e tentando alegrá-lo. Quando Ele não queria falar, ela ficava ao seu lado em silêncio; se recusava a comer, ela ficava com fome junto com ele. Se alguém zombasse dele por não ter mãe, ela prontamente se irritava e ia discutir com a pessoa..."

"Pode-se dizer que Helena foi quem tirou Rafael daqueles anos mais obscuros."

"Ele nunca te levou para prestar homenagem no dia de finados?" Matheus perguntou cautelosamente.

Amélia balançou a cabeça e, inexplicavelmente, ficou um pouco triste de novo, e não conseguia dizer o que sentia por dentro, mas de repente foi um pouco difícil.

Ele nunca a tinha levado para visitar o túmulo de sua mãe biológica, e ela se perguntava se isso não seria uma forma de ele não ter reconhecido a ela como sua esposa.

Ou será que ele sabia que ele e ela não durariam muito tempo?

Matheus também percebeu, pelo olhar de Amélia, que ele poderia ter dito a coisa errada e, com um sorriso seco, procurou uma maneira de compensar isso: "Quando a mãe de Rafael faleceu, ele se recusou a prestar homenagens, insistindo que ela não havia morrido. no dia do enterro, ele não quis ir, chorava dizendo que sua mãe não estava morta. Talvez ele não conseguisse superar isso, e nem mesmo foi prestar homenagens."

Amélia forçou um sorriso e não respondeu.

Ela não sabia se Rafael tinha estado lá ou não.

Mas no Dia de Finados, Rafael não ia.

Seus olhos não puderam deixar de se mover para Rafael no palco.

Rafael retomou sua expressão calma habitual, observando tranquilamente Carlos, que estava discursando. O rosto frio exibia a prudência e racionalidade que ela conhecia tão bem.

Ela nunca tinha visto Rafael desolado ou abatido, mas tendo experimentado a solidão e o desamparo da juventude, e podia imaginar como o Rafael de sete anos de idade devia se sentir desamparado.

Assim, a presença e a dedicação de Helena naquela época eram extremamente preciosas para ele.

Ela era o único calor e a única luz em seu mundo sombrio, mesmo em uma idade tão jovem, mas esse calor estava gravado em seus ossos, assim como Rafael foi para ela quando se conheceram aos dezessete anos. Por isso, ela compreendia profundamente o significado de Helena para ele.