Ex-marido Frio: Amor Inesperado romance Capítulo 248

Amélia não estava muito disposta a pegar carona no carro de Rafael.

As duas noites de benevolência haviam sido demais e agora, com a razão retornando, a ideia de dividir um espaço confinado parecia um pouco embaraçoso.

"Senhor Ferreira, talvez eu possa ir com o senhor." Amélia se adiantou, bloqueando Matheus que estava a ponto de entrar no carro, "Assim, podemos conversar a respeito do projeto do empreendimento imobiliário, que precisa ser finalizado amanhã."

"..." A primeira reação de Matheus foi desviar o olhar em direção a Rafael.

Rafael, que tinha acabado de abrir a porta do motorista e estava a ponto de entrar, pareceu não se surpreender com o pedido de Amélia. Ele estava tranquilo e não fez nenhuma objeção.

Sem dizer nada, ele se abaixou para entrar no carro, prendeu o cinto de segurança e, com a outra mão, acionou os controles para destravar a porta do passageiro.

A porta do passageiro se abriu automaticamente.

Bruno não estava certo se o gesto era para ele ou para Amélia, e não sabia com certeza qual era a situação entre Rafael e Amélia naquele instante. Não havia mais nervosismo, apenas uma calma estranha.

Ele e Matheus se entreolharam, confusos. Como ainda poderiam estar mais longe um do outro após terem ficado confinados em um quarto juntos por um dia e duas noites?

Matheus respondeu com um olhar que também não conseguia compreender.

Bruno, embora não conseguisse ver através da situação, sabia distinguir as emoções de Rafael.

O Rafael de antes, embora longe de Amélia, sempre tinha um ar irritante.

O Rafael de hoje estava calmo, sem traços de raiva.

Pensando que Rafael não estava irritado, Bruno entendeu que ceder o assento do passageiro para Amélia era o correto a fazer.

Então, Bruno sorrindo para Amélia, disse: "Senhorita Mendes, o trabalho pode esperar um pouco, o Senhor Ferreira dirige rápido, não é bom distraí-lo."

Matheus também virou na direção de Amélia e disse: "Sim, dirigir requer muita atenção. Podemos discutir o projeto mais tarde, sem pressa."

Embora não tenham falado claramente, a recusa era óbvia.

Amélia sorriu e concordou com a cabeça: "Tudo bem."

Ela começou a caminhar em direção ao carro de Rafael, sentando-se no assento do passageiro.

O carro fez o retorno e saiu bem devagar.

"Você não descansou bem nesses últimos dias, vou te levar para casa e você poderá descansar lá hoje."

Enquanto o carro ia saindo, Rafael falou calmamente.

"Certo."

Amélia respondeu delicadamente, lembrando-se das noites desregradas ao mencionar a falta de descanso.

Ela tentou se segurar para não relembrar mais, mantendo suas mãos polidamente cruzadas sobre os joelhos, virando a cabeça para apreciar a paisagem que passava pela janela.

Observando a fachada familiar do prédio, Amélia virou-se para Rafael e disse: "Pode me deixar aqui na entrada mesmo, vou aproveitar para pegar uma encomenda na portaria."

Rafael concordou com a cabeça e estacionou o carro na entrada do condomínio.

Amélia se despediu dele e saiu do carro.

"Vá para casa e descanse bem." Rafael disse a ela através da janela do carro.

Amélia concordou: "Ok, você também, cuide-se."

Após terem se despedido, ela entrou no condomínio.

Rafael observou sua silhueta figura desaparecendo na entrada do prédio antes de ligar novamente o motor e ir embora.

No caminho de volta, ele iria passar pelo shopping onde havia levado Laura para brincar nas máquinas de pegar pelúcias.

Quando o carro estava passando por ali, Rafael virou a cabeça espontaneamente para olhar o shopping center.

Laura estava brincando no parquinho infantil montado na entrada do shopping, prestes a descer pelo escorregador, quando levantou a cabeça e, com seus olhos atentos, notou Rafael dentro do carro e começou a acenar, animadamente: "Tio bonitão."

Rafael olhou para ela surpreso e já foi lentamente pressionando o pedal do freio.

Laura escorregou rapidamente pelo escorregador e, se esforçando para se levantar, correu meio desajeitada na direção do carro de Rafael.