Ex-marido Frio: Amor Inesperado romance Capítulo 314

Amélia parou bruscamente.

Gustavo continuou: "Ou será que é um filho que você teve com outra pessoa lá fora?"

Amélia se recompôs, levantou-se para fechar a porta do escritório e então caminhou até a janela panorâmica mais distante da entrada. Com uma voz serena, perguntou-lhe: "Isso importa para você?"

"Isso diz respeito à reputação da nossa família, os Gomes, e à próxima geração. Você me diz se isso me diz respeito ou não?" A voz de Gustavo também se tornou fria.

Amélia não conseguiu entender completamente o significado das palavras de Gustavo, apertando o celular em sua mão. Ela ficou em silêncio, esperando que Gustavo terminasse de falar.

"Independentemente de ser ou não filho do Rafael, nossa família não vai reconhecer. Os Gomes não aceitam a existência de filhos ilegítimos." Disse Gustavo. "Não alimente ilusões de ascender por meio de seu filho. Uma vez que vocês se divorciaram, deveriam ser estranhos um ao outro. Rafael vai se casar no futuro, ter sua própria família, seus próprios filhos, e os filhos dele só podem ser legítimos. Você é uma mulher, uma mãe. Se seu marido de repente tivesse uma filha ilegítima, o que você pensaria?"

Amélia riu de raiva: "E se ela for, o que você pretende fazer? E se eu quiser me aproveitar disso? Gustavo, agora é seu filho que não me deixa em paz."

A voz de Gustavo se elevou involuntariamente, mas ele tentou suprimi-la: "Enquanto eu viver, jamais permitirei que vocês entrem em nossa casa. Não importa se é você ou sua filha, a menos que eu morra, ninguém vai entrar."

Amélia sorriu e não discutiu com ele.

"Tio Gomes", Amélia o chamou de "tio" pela última vez, de forma muito calma, "eu posso perguntar por que você me odeia tanto?"

Gustavo ficou sem resposta.

Ele nunca havia pensado sobre isso; provavelmente, era o background humilde dela, a grande diferença entre suas condições de vida e a ganância dos pais dela, que o fizeram acreditar que ela estava atrás do dinheiro e do poder de sua família.

A gravidez antes do casamento e o comportamento dela, de não disputar nem lutar, mas ser calma e dócil, contribuíram para que ele a rotulasse como uma mulher que planejou por anos se casar com Rafael, usando de artimanhas.

Afinal, ela foi a única que fez Rafael desistir de Helena sem qualquer aviso prévio.

"Você e Rafael não são do mesmo mundo", Gustavo conseguiu apenas dizer isso, "ele não deveria ser um meio para sua família ascender socialmente."

Amélia apenas sorriu, sem dizer mais nada.

"Fique tranquila, meu filho não tem nada a ver com sua família", Amélia disse. "Você não precisa se preocupar comigo buscando ascender por meio dele, nem com o surgimento de filhas ilegítimas no futuro do seu filho. Isso não vai acontecer, nunca."

Dito isso, Amélia desligou o telefone, guardou-o no bolso, pegou os materiais da reunião preparados sobre a mesa, abriu a porta do escritório e saiu.

"Vamos começar a reunião!"

Com essa ordem, Amélia já tinha saído do escritório.

As outras pessoas também apressaram-se em pegar suas coisas e levantaram-se para segui-la.

Laura hesitou e acenou com a cabeça, estendendo a mão em direção ao celular do policial.

O policial, vendo que ela parecia querer digitar ela mesma, apressou-se em entregar-lhe o aparelho.

Laura quis digitar o número de telefone da sua mãe, mas após pressionar o número "1", parou e olhou hesitante para o policial.

"O que foi, pequena?" O policial perguntou imediatamente.

"Eu quero encontrar o tio bonito." Ela disse baixinho.

Os policiais trocaram olhares, pensando que fosse alguém conhecido dela, contanto que ajudasse a encontrar sua família, concordaram.

"Está bem."

Então, Laura olhou novamente para o celular, digitando o número de Rafael devagar e com atenção.

Ela tinha visto o tio bonito dando seu cartão de visita para a tia naquele dia.

A tia havia colocado aquele cartão sobre a mesa de centro, e ela o pegou para olhar por um longo tempo, memorizando a sequência de números.