Ex-marido Frio: Amor Inesperado romance Capítulo 333

Matheus estava ao lado de Rafael.

Era a primeira vez que via Rafael distraído.

No cotidiano, Rafael era sempre meticuloso e calmo, dividindo seu tempo meticulosamente, raramente sendo visto com o celular na mão.

"Está esperando ligação de quem?"

Matheus não resistiu e deu uma leve cotovelada em Rafael, perguntando com curiosidade.

Rafael guardou o celular e respondeu de forma sucinta: "Ninguém."

Ele olhou brevemente para a fila que se movia e depois para a tela da TV que transmitia notícias.

O refeitório tinha várias televisões grandes e um telão, que durante as refeições exibia notícias aleatórias como entretenimento.

A TV estava mostrando notícias locais.

Rafael deu uma olhada rápida e desviou o olhar, seguindo a fila em direção à área dos pratos.

Ele pegou um prato e também uma marmita.

Matheus também pegou um prato e, ao ver Rafael com a marmita, perguntou casualmente: "Vai levar para quem?"

Bruno e Clara ao lado também olharam curiosos para Rafael.

Rafael não respondeu, apenas calmamente passou o prato e a marmita para o atendente servir uma porção de cada e, em seguida, se dirigiu à área de comidas, onde disse calmamente:

"Quero uma porção de carne bovina cozida, costelinha ao molho de feijão preto, carne suína ao estilo peixe agridoce, moqueca de tofu com robalo, batata-doce ao molho picante, couve salteada, sopa de cogumelo com frango preto, para viagem."

Clara não resistiu e sussurrou para Héctor ao seu lado: "O diretor também me pediu para levar costelinha ao molho de feijão preto, moqueca de tofu com robalo e batata-doce ao molho picante, além de uma sopa de cogumelo com frango preto."

Embora ela tenha falado baixo, Matheus ouviu e não pôde deixar de olhar surpreso para Rafael.

Rafael manteve uma expressão calma e indiferente, encomendando a comida sem hesitação.

Matheus riu: "Ah, você vai levar para a Amélia, entendi."

"Algum problema?" Rafael perguntou calmamente, olhando para o atendente que estava preparando os pratos, "Embale separadamente."

Uma voz incerta soou atrás deles: "Sr. Gomes?"

Rafael virou-se para ver quem era, era o Sr. Silva, acompanhado pelo gerente geral do departamento de investimentos, se aproximando.

"Sr. Silva." Rafael cumprimentou educadamente.

Bruno, com um sorriso, foi ao encontro deles: "Ah, Sr. Silva, que vento o traz por aqui? Deveria ter avisado com antecedência, assim eu poderia recebê-lo."

Em seguida, olhou para o colega do departamento de investimentos: "Olha só vocês, o Sr. Silva veio especialmente aqui e vocês o levam para comer no refeitório?"

Depois, voltou-se para o Sr. Silva, com um ar de desculpas: "Sr. Silva, me desculpe pela falta de atenção da nossa parte, por não oferecermos um atendimento à altura. Que tal se..."

Sr. Silva interrompeu com um sorriso: "Não há problema, Sr. Silva. Eu que insisti em vir aqui. Já ouvi falar muito do refeitório do Grupo Amanhecer, que oferece refeições comparáveis a restaurantes cinco estrelas, mesmo focando em pratos caseiros, o sabor supera muitos restaurantes de luxo por aí. Eu sempre quis experimentar, mas toda vez que venho, vocês me levam para fora, nunca tive a chance. Hoje finalmente consegui uma oportunidade e não quero perdê-la, Sr. Bruno, não me faça voltar para casa de mãos abanando."

Bruno riu: "Foi uma falha minha, realmente. Hoje vou garantir que você se delicie."

Enquanto falava, levou todos para um canto do refeitório, organizando uma nova mesa e instruindo a cozinha a preparar pratos frescos.

Sr. Silva não esqueceu de Rafael e olhou para trás, convidando-o: "Sr. Gomes, venha se juntar a nós para a refeição."

Rafael olhou para ele, assentiu brevemente, e depois se voltou para os atendentes do refeitório, entregando a marmita preparada: "Por favor, leve isso até o décimo sétimo andar, Escritório de Arquitetura, para Amélia."

A Clara, muito atenta, logo se adiantou: "Sr. Gomes, eu levo para a diretora."

Depois de pegar a marmita das mãos do Rafael, virou-se para levar rapidamente para a Amélia.

"Obrigado."

Rafael agradeceu com voz tranquila.

"De nada."

Clara sorriu, apressando-se para entregar a comida ainda quente para a Amélia no andar de cima.

Quando voltou ao andar superior, não encontrou Amélia, apenas o Pedro estava ocupado.

"Ué, onde está a diretora?"

Clara olhou ao redor, não viu Amélia e perguntou, confusa.

"Ela foi ao banheiro." Pedro respondeu, vendo a marmita que ela segurava, "É o almoço da Amélia?"

Clara acenou com a cabeça: "Sim, é o almoço da diretora."

"Foi o Sr. Gomes que preparou." ela rapidamente adicionou.

Pedro olhou para ela e então acenou com a cabeça: "Deixa na mesa por enquanto."

"Certo." Clara rapidamente colocou o almoço na mesa e, ao sair, viu que Pedro não tinha intenção de descer, então não pôde deixar de perguntar: "Vice-diretor, você não vai almoçar?"

Rafael, que bebia chá distraidamente, virou-se ao ouvir e olhou para Amélia na televisão.

Amélia, segurando um microfone com uma mão, apresentava o projeto do resort com calma aos convidados, com uma expressão suave e gentil como sempre, mas incrivelmente radiante e bonita.

Rafael ficou encarando a Amélia na tela, perdido em pensamentos.

Até que o celular na sua mão começou a vibrar.

Rafael baixou os olhos e viu que era um amigo do hospital ligando.

Rafael atendeu: "Alô."

"O resultado do teste de paternidade saiu, enviei para você no WhatsApp, confere lá." disse o amigo do outro lado da linha.

"Certo."

Rafael desligou o telefone, abriu o WhatsApp no celular, e o primeiro chat era justamente do amigo que acabara de ligar.

Ele clicou para abrir o resultado do teste de paternidade enviado, deslizou diretamente para a parte final do relatório, onde a opinião conclusiva dizia "Não sustenta a existência de uma relação de parentesco". Quando essas palavras entraram em seu campo de visão, Rafael congelou por um momento, seus olhos escuros fixos na tela do celular, as pálpebras semi-fechadas, perdido em pensamentos.

Mas Matheus e Bruno sentiram imediatamente a atmosfera ao redor dele mudar, pararam de comer e olharam preocupados para ele.

"O que foi?" Matheus perguntou em voz baixa.

"Nada."

A resposta veio fria, Rafael deu um tapa no celular virando-o para baixo na mesa, seus olhos escuros ficaram frios e profundos, e seu rosto belo quase não expressava emoção.

Sr. Silva, sentado à sua frente, também percebeu algo errado e olhou preocupado para ele: "Sr. Gomes?"

Rafael olhou para ele, lançou um olhar rápido para o celular sobre a mesa e depois voltou a olhá-lo: "Desculpe-me, Sr. Silva, surgiu um imprevisto e preciso sair mais cedo. Fica como um convite para o chá, e quando eu tiver um tempo livre, te convido para uma refeição."

Dito isso, Rafael pegou o chá na mesa, brindou ao Sr. Silva, bebeu de uma vez, colocou a xícara de volta na mesa, pegou o celular e levantou-se para sair.

Sentada atrás dele, Clara ainda estava fascinada pela deslumbrante Amélia na televisão, e não pôde deixar de expressar sua admiração ao colega ao lado:

"Como invejo a vida de uma diretora assim, uma verdadeira vencedora na vida, bonita, com um corpo incrível, um temperamento tão puro e gentil, inteligente, talentosa em design, ainda por cima excelente nos estudos, formada em uma universidade de renome mundial, tão bem-sucedida profissionalmente tão jovem, e ainda por cima realista sobre o amor, independente, sem depender de homem algum, querendo ter filhos foi direto a um banco de esperma, e a filha de apenas 2 anos já é super inteligente e adorável..."

Rafael parou abruptamente, virou-se para olhar para ela: "Banco de esperma? 2 anos?"

Clara então percebeu o que tinha dito, cobriu a boca apressadamente, mas já era tarde, Rafael fixava nela com um olhar intenso: "Ela te disse que teve sua filha através de um banco de esperma?"

【Próximo capítulo à meia-noite】