Ex-marido Frio: Amor Inesperado romance Capítulo 349

Amélia ficou ligeiramente tensa.

Rafael não a soltou, apenas a abraçou mais forte, com a mão gentilmente apoiando a nuca dela, pressionando sua cabeça contra seu peito.

Laura, que comia seu arroz sem muita atenção, levantou a cabeça surpresa, com os olhos grandes e claramente divididos entre a curiosidade e a confusão.

"Papai, mamãe, o que vocês estão fazendo?"

Ela não conseguiu evitar perguntar.

A voz dela fez com que Amélia instintivamente empurrasse Rafael para longe, um pouco constrangida, não acostumada a demonstrações de afeto na frente da criança.

Rafael olhou para Laura: "Papai estava abraçando a mamãe."

"Por que você estava abraçando a mamãe?" Laura não entendia.

Papai era uma figura que só havia surgido em sua vida hoje, não alguém que a acompanhou desde pequena, ela ainda não compreendia o que significava ter um pai e uma mãe, e o que eles significavam para ela.

Em sua mente, ela só era abraçada quando chorava, estava assustada, ou queria um abraço da mãe.

Mas ela não viu a mãe chorar, nem assustada, muito menos ouviu a mãe pedindo um abraço.

"Porque o papai queria abraçar a mamãe." Rafael disse, sua voz era suave.

Laura deu um "Oh" em resposta, sentindo como se ele tivesse respondido, mas ao mesmo tempo não.

Mas ela era pequena e de pensamento simples, logo estendeu a mão para Rafael: "Então eu também quero um abraço do papai."

Rafael sorriu para ela e a pegou nos braços.

Laura, satisfeita, não pôde deixar de dizer para Amélia: "Mamãe, papai também me abraçou."

Amélia sorriu para ela, evitando olhar para Rafael.

A gentileza repentina de Rafael sempre a deixava sem defesas.

Rafael segurou Laura por um momento antes de colocá-la no chão novamente, para que ela continuasse comendo.

Ela era relativamente alta para sua idade, mas magra e leve, claramente herança da constituição de Amélia.

Sua personalidade também era uma cópia de Amélia, Elisa era tranquila, extremamente educada e compreensiva.

Talvez por terem tocado em alguns assuntos sensíveis, ou talvez pela presença de Laura, Amélia e Rafael compartilharam uma refeição de forma muito harmoniosa e agradável.

"Sim. Um professor me confiou um projeto há algum tempo e eu ainda não tive chance de fazer." Amélia disse baixinho, "Aproveito que hoje tenho um tempinho. Laura fica por sua conta."

Após dizer isso, Amélia saiu do quarto, pegou as chaves e foi para o escritório em frente.

Somente quando a porta se fechou, Amélia finalmente respirou fundo, olhando ao redor para o ambiente familiar, e finalmente encontrando espaço para organizar seus sentimentos.

Rafael viu Amélia sair, não tentou impedi-la, apenas observou sua silhueta em silêncio por um momento, antes de pegar o celular para ligar para Ana, esperando que ela pudesse vir cuidar um pouco da criança.

Ana estava a caminho de casa, e ao ouvir, apressou-se em concordar, provavelmente chegaria em cerca de dez minutos.

"Ok, obrigado, Ana."

Rafael desligou o telefone e lançou um olhar para Laura, que dormia serenamente na cama. Não conseguiu resistir a sentar-se à beira da cama, estendendo a mão para acariciar seu rosto, sentindo a emoção de "sua filha" fervilhar lentamente no fundo do seu coração. Ficou observando-a por um bom tempo antes de se levantar e ir tomar um banho.

Quando estava secando o cabelo, Ana chegou em casa.

"Ué? Onde está a Amy?" Ana, ao voltar para casa, olhou automaticamente para dentro e não viu Amélia. Não pôde deixar de perguntar confusa.

"Ela está no vizinho." Disse Rafael, "Por favor, cuide da Laura por enquanto."

Depois de dizer isso, Rafael lançou mais um olhar para Laura, ainda profundamente adormecida, pegou as chaves no hall de entrada, abriu a porta da frente e saiu.