Ex-marido Frio: Amor Inesperado romance Capítulo 366

"O que o médico disse?" Rafael interrompeu-a, lançando um olhar para a sala de cirurgia ainda iluminada.

"Estão tentando salvá-lo." Fabiana disse em voz baixa. "A situação não está boa."

Matheus olhou preocupado para Rafael.

Rafael olhou lentamente em direção à sala de cirurgia, sem dizer mais nada, seu rosto bonito impassível.

Sophia não aguentou mais, de repente perdeu o controle e agarrou a roupa de Rafael, batendo nele: "O que seu pai fez de errado para você desde que éramos pequenos, que você tem que pressioná-lo assim por causa de uma mulher?"

Todos também não puderam deixar de olhar para Rafael, seus olhares carregados de censura.

Rafael permaneceu imóvel, deixando-a empurrá-lo, com a garganta pulsando intensamente.

Matheus e os outros rapidamente intervieram para afastar Sophia.

Rafael finalmente olhou para ela: "Sophia, estou muito preocupado com meu pai, mas não é uma questão de quem está certo ou quem está errado baseado na fraqueza. É como, uma garota estava apenas vivendo sua vida, sem incomodar ninguém, e vocês não gostaram dela, decidiram oprimir e intimidar para se divertirem, mas acabaram se machucando no processo. Agora você quer culpar a garota por não ter aceitado ser intimidada, resultando em sua própria lesão. O mundo não funciona assim, por favor, não confunda as coisas."

Sophia ficou sem palavras, só conseguiu chorar, e quanto mais chorava, mais triste ficava, murmurando coisas como "se algo acontecer com meu pai, eu também não quero viver".

Todos rapidamente se adiantaram para consolá-la.

Um dos mais velhos não pôde deixar de aconselhar Rafael em voz baixa: "Rafael, sua mãe também está preocupada com seu pai, ela só falou sem pensar. Deixe passar."

Rafael olhou para ela, sem dizer uma palavra.

O choro de Sophia foi acalmando com o consolo dos outros.

O corredor estava tão silencioso quanto a morte.

Ninguém falava mais nada, todos aguardavam ansiosamente.

Gustavo geralmente não se destacava muito, mas sempre foi generoso e gentil com aqueles do seu mundo, por isso era bem quisto.

Sua severidade era reservada para aqueles que desprezava.

Rafael também olhava silenciosamente para a porta fechada da sala de cirurgia, encostando-se levemente na parede, imóvel.

Matheus colocou a mão no ombro de Rafael em um gesto de consolo: "Vai ficar tudo bem."

Rafael acenou levemente com a cabeça, sem dizer uma palavra, e começou a caminhar em direção ao final do corredor.

Havia uma janela lá.

Rafael parou em frente à janela, de costas para todos, contra a luz que entrava pela janela, sua alta e reta silhueta parecia solitária e melancólica.

Todos olharam para ele, ninguém ousou se aproximar.

Matheus, preocupado, foi até lá, ficando ao lado de Rafael, virando a cabeça para olhá-lo: "Está tudo bem?"

Rafael acenou levemente, sem falar.

Matheus não sabia o que Rafael estava pensando.

Seu belo rosto estava imerso em um silêncio mortífero, uma expressão que ele nunca tinha visto antes.

Matheus não sabia se Rafael estava se culpando, preocupado, ou algo mais.

Ele também não sabia exatamente como Rafael tinha pressionado Gustavo, mas pelas palavras de Fabiana e Sophia, obviamente envolvia Amélia.

Matheus sentia dor de cabeça, era realmente frustrante e complicado.

Ele até entendia por que o avô de Rafael não queria lidar com isso antes.

Era como lidar com uma porcelana delicada, não podia ser repreendida ou tocada, não querendo ser tratada como ancestral, só podia ser deixada para se virar por conta própria.

Naquela época, Gustavo era filho, e ainda tinha algumas considerações pelo seu pai, não ousando agir imprudentemente.

Agora, como pai, mesmo sem habilidades, ainda queria manter a postura de autoridade.

"Isso não tem nada a ver com você." Matheus bateu em seu ombro, tentando confortá-lo. "Você não precisa se culpar."

A resposta foi um quase imperceptível aceno de cabeça.