Ex-marido Frio: Amor Inesperado romance Capítulo 392

Por um lado, havia o medo de que sua reputação fosse manchada, e por outro, o custo que a família Soares teria que pagar se o projeto não fosse concluído. Esses dois possíveis resultados estavam despedaçando Fabiana por dentro.

Ela não podia suportar nenhum deles.

Nunca imaginou que um dia teria que enfrentar tal medo e decisão, sentindo-se completamente perdida e desesperada.

Lucas virou-se e viu sua face alternando entre pálido e verde, não pôde deixar de franzir a testa: "O que aconteceu?"

Fabiana voltou a si e balançou a cabeça: "Nada. Talvez seja só o cansaço de tentar revisar o projeto, não tenho dormido bem à noite, meu corpo está chegando ao limite."

Manuel, ao ouvir isso, ficou preocupado: "Então você precisa voltar e descansar, não pode deixar que o esforço pelo seu avô prejudique sua saúde."

Fabiana assentiu: "Sim."

Depois se despediu de Manuel, Lucas e os outros, virando-se para voltar ao seu quarto.

-------------------------

Felipe chegou em casa, com Gustavo internado em seus pensamentos, uma excelente oportunidade para estreitar relações.

Não foi difícil descobrir em qual hospital Gustavo estava internado.

Graças ao casamento de Amélia com Rafael há anos atrás, Felipe utilizou-se da posição de seu grande cunhado, e graças ao seu dom de se conectar com pessoas, conseguiu fazer contatos em diversas áreas.

Após algumas ligações para os hospitais, rapidamente descobriu o hospital e até o número do quarto de Gustavo, sabendo que ele estava internado por causa de um AVC. Gustavo havia recuperado a consciência, mas, pelo que ouviu, seu estado não era dos melhores.

Felipe viu uma oportunidade ali.

Ele conhecia especialistas em neurocirurgia e, se pudesse conectar Gustavo a um bom tratamento e recuperá-lo, Gustavo com certeza seria grato.

Essa ideia o excitou tremendamente, fazendo-o preparar cuidadosamente os presentes para visitá-lo, escolhendo um dia auspicioso para tal.

Nos últimos anos, com as adversidades em seus negócios, Felipe tornou-se bastante supersticioso.

O que ele não esperava era que, antes mesmo de chegar à porta do quarto, fosse barrado por dois homens enormes, parecendo guarda-costas.

Felipe ficou confuso, mas sempre manteve a compostura com as pessoas ao redor de Gustavo, explicando educadamente:

"Sou o cunhado do Sr. Gomes, Felipe. Soube que o Sr. Gomes está doente, vim especialmente para vê-lo."

Enquanto falava, ele até tirou um cartão de visita, passando-o aos seguranças como prova de que não era um impostor, mas sim um parente genuíno.

No entanto, os seguranças nem olharam para o cartão e o devolveram.

"Desculpe, Sr. Mendes, mas o Sr. Gomes não está bem o suficiente para receber visitas."

"Mas ele não recebeu o Sr. Soares alguns dias atrás?" Felipe lembrou-se da visita de Lucas a Gustavo.

"Há alguns dias, o Sr. Gomes estava um pouco melhor, mas nos últimos dias, piorou um pouco." O segurança mais alto falou enquanto empurrava Felipe gentilmente para fora, "Por favor, volte outro dia. Passaremos sua mensagem."

Felipe não achou que fosse uma exclusão proposital, supondo que a condição de Gustavo realmente oscilasse. Assim, sem insistir, entregou aos seguranças a caixa de presentes e a cesta de frutas: "Então, incomodo vocês a entregarem isso e dizerem ao Sr. Gomes para descansar bastante e cuidar da saúde. Qualquer coisa que ele precisar, pode contar comigo. Conheço um especialista em neurocirurgia que talvez possa ajudar."

"Certo, tenha um bom dia." Os seguranças aceitaram os presentes e o acompanharam até o elevador.

No entanto, Felipe de repente gritou em direção à porta do quarto: "Sogro, descanse bem, voltarei outro dia para visitá-lo."

Isso quase fez com que os seguranças o silenciassem à força.

Gustavo já estava acordado, deitado na cama do hospital, sentindo-se miserável.

Difícil de agradar, só aceitando o que ele mesmo tinha decidido, e se encontrasse qualquer resistência, desmoronava.

Agora, Felipe entrou na mistura, uma pessoa cuja natureza não era necessariamente má, mas irritante e extremamente astuta, cheia de ideias mas incapaz de ler o ambiente. Se esses dois realmente se encontrassem, com um deles incapaz de ler o ambiente e o outro frágil como uma boneca de porcelana, Gustavo provavelmente acabaria sendo levado de volta ao hospital devido ao estresse.

Ambos são pessoas vivas, e não seria realista mantê-los separados para sempre.

Neste momento, tudo o que podia fazer era tentar manter Gustavo calmo e focado na sua recuperação.

Com outro longo suspiro, Rafael olhou para o relógio, eram exatamente 6 horas, hora de sair do trabalho.

Empurrou o teclado para frente, levantou-se e, pegando as chaves do carro sobre a mesa, saiu.

Os colegas de trabalho no escritório já estavam acostumados com sua pontualidade.

Desde que anunciou de forma surpreendente a chegada de sua nova filha, Rafael não fez horas extras, sempre saindo no horário.

Rafael foi diretamente para o décimo sétimo andar.

Ao ver Rafael entrar pelas portas de vidro automáticas, os funcionários do Escritório de Arquitetura nem se surpreenderam.

Ele foi diretamente para o escritório de Amélia, parando brevemente antes de chegar à porta.

Amélia estava discutindo trabalho com Pedro Silva.

Ela estava sentada na cadeira de escritório, enquanto Pedro estava ao seu lado, com uma mão no encosto da cadeira e a outra apontando para o projeto no computador, inclinando-se para ouvir o que Amélia dizia.

Amélia também inclinou a cabeça ligeiramente para ouvi-lo.

Eles pareciam uma cena agradável, ele era bonito e ela era gentil... de certa forma, até demais para conforto.