Ex-marido Frio: Amor Inesperado romance Capítulo 445

Ao chegar em casa, Laura deslizou do sofá assim que ouviu o som da porta se abrir, e correu ao encontro deles após gritar "papai, mamãe".

Ela já estava acostumada com essa vida na companhia de seus pais, sua alegria era simples e direta, visível em seus olhos.

Rafael não disse nada, apenas virou o olhar para Amélia.

Seus olhos negros, excepcionalmente calmos, estavam claramente cheios de coação e questionamento, como se dissessem "você realmente tem coragem de deixar a criança triste?". Esse olhar era tão frio que quase podia ser considerado cruel.

Amélia mordeu o lábio e desviou ligeiramente o olhar.

Laura, confusa, perguntou: "Papai? Mamãe?"

Sua voz suavizou involuntariamente.

Rafael lhe deu um sorriso, inclinou-se para abraçá-la e perguntou baixinho: "Laura já jantou?"

Laura teve sua atenção desviada com sucesso.

Ela assentiu: "Sim, eu já jantei."

Mas após falar, não conseguiu evitar olhar preocupada para Amélia.

Amélia não deixou Laura perceber qualquer emoção negativa.

Ela sorriu para Laura: "O que você fez em casa hoje? Foi passear com a tia?"

"Sim, fomos passear." Laura disse, "A tia me levou ao parque pela manhã. A madrinha me levou para fazer compras à tarde."

"É mesmo?" Amélia sorriu para ela, estendeu os braços para abraçá-la, "Laura se divertiu bastante?"

Laura assentiu: "Sim, me diverti."

Mas depois olhou novamente para Rafael e depois para ela: "Mas eu queria passear com o papai e a mamãe. Nós nunca fomos juntos fazer compras."

O sorriso nos lábios de Amélia tornou-se um pouco tenso.

Rafael já olhava para Laura: "Amanhã, depois do trabalho, papai e mamãe vão te levar para passear."

O rosto de Laura imediatamente se iluminou: "Sério?"

Ela estava claramente feliz e ansiosa.

Amélia, em silêncio, acariciou sua cabeça: "Que tal irmos tomar um banho agora?"

Laura assentiu: "Ok."

Amélia levou Laura para tomar banho primeiro.

"Mamãe, você está triste?"

Durante o banho, enquanto Amélia a ajudava a lavar os cabelos com cuidado, Laura perguntou baixinho.

Amélia sorriu para ela: "Claro que não, por que você acha isso, Laura?"

Laura balançou a cabeça, confusa. Ela também não sabia.

Amélia acariciou sua cabeça com carinho, sentimentos misturados em seu coração.

À noite, na hora de dormir, Amélia não ficou no quarto. Ela foi para o estúdio ao lado.

Laura dormiu cedo e profundamente, raramente acordando à noite, então a ausência de Amélia não a afetou.

Como de costume, deitou-se ao lado dela, e ao virar-se para ela, sua mão habilmente envolveu sua cintura.

Amélia ergueu a mão tentando afastar a dele, mas mal seus dedos tocaram sua mão, ela foi prontamente capturada, com firmeza.

Amélia tentou retirar sua mão, mas assim que se mexeu, foi novamente agarrada firmemente, com uma força que parecia dizer que não aceitaria recusa.

Embora não tenha dito uma palavra, a força com que segurava sua mão no escuro já revelava sua rigidez.

Mesmo sem olhar para trás, Amélia podia sentir a raiva contida ao redor dele.

No fim, Amélia desistiu de resistir diante de sua imposição.

A mão de Rafael ainda segurava a dela, mas agora ele a abraçava por trás.

Do começo ao fim, ele não disse uma palavra.

Até que os sons suaves de sua respiração surgiram, ele não disse nada, apenas a abraçava com um gesto carinhoso.

Amélia sabia que ele havia adormecido.

Mas ela não conseguia dormir.

Ela pegou o celular na cabeceira para ver as horas e seu olhar parou por um momento.

Gustavo havia enviado uma mensagem algum tempo atrás: “Fui eu quem pediu para a Alice te chamar. Encontre um tempo para vir ao hospital, precisamos conversar.”

Provavelmente por não ter visto sua resposta, meia hora depois, ele enviou outra mensagem:

“Sua família veio me procurar, ainda com os mesmos velhos hábitos. Você não deve ficar se escondendo atrás do Rafael para tudo. Enquanto eu ainda estiver vivo, vamos ter uma conversa franca e resolver tudo de uma vez por todas, incluindo os problemas da sua família, seus problemas com Rafael e a questão da custódia das crianças. Não podemos deixar essas questões pendentes para sempre.”