Ex-marido Frio: Amor Inesperado romance Capítulo 461

"Eu estava a trabalho na Cidade do Mar," disse Amélia. "Houve um imprevisto temporário na obra do Projeto de Resort e eu vim verificar."

Ela tinha planejado ligar para Cecília após o expediente e pedir que ela encontrasse um tempo para visitar Laura, mas Cecília a surpreendeu ligando primeiro.

"Como você encontrou tempo para ligar?" perguntou Amélia, enquanto recebia a chave do quarto da recepção e empurrava sua mala em direção ao elevador. "Não está superocupada com o trabalho ultimamente?"

"Ah, é que alguém veio reclamar comigo, preocupado que você e Rafael estivessem enfrentando problemas, veio me pedir conselhos sobre o que fazer. Então, eu tinha que te procurar logo," Cecília não escondeu dela. "Falando sério, você e Rafael estão enfrentando algum problema de novo?"

"Não exatamente, acho que o problema sou eu," disse Amélia, vendo as portas do elevador se abrirem. "Estou prestes a entrar no elevador, provavelmente vou ficar sem sinal. Assim que chegar no quarto e largar as malas, vou precisar correr para o canteiro de obras. Provavelmente não terei tempo, vamos conversar mais tarde quando eu estiver livre."

Cecília: "Tudo bem, então cuidado e qualquer coisa me liga."

"Claro. Se puder, dá uma passadinha para ver a Laura, tenho medo de ela estranhar minha ausência."

Cecília: "Pode deixar, eu cuido dela."

"Te incomodo então. Qualquer coisa nos falamos, vou desligar agora."

Após se despedirem, Amélia desligou o telefone e entrou no elevador.

Chegando ao quarto, ela imediatamente ligou para Clara, para saber como estavam as coisas.

"Estamos ainda no canteiro de obras, com algumas complicações com a equipe de construção," disse Clara, quase chorando do outro lado da linha. "Diretora, onde você está?"

"Acabei de chegar no hotel, já estou indo para aí."

Depois de desligar, Amélia nem arrumou a mala, apenas desceu e pegou um táxi para o canteiro de obras.

O local ficava em um vilarejo nos arredores, próximo a uma montanha e à beira de um lago, um tanto isolado e com poucos moradores.

Para facilitar o trabalho, Amélia escolheu ficar no hotel mais próximo do vilarejo.

A distância entre o hotel e o canteiro de obras era curta, uma rápida corrida de táxi.

Quando Amélia chegou, Clara e Héctor ainda tentavam negociar com o gerente de obras para convencê-los a prosseguir.

O progresso da construção estava praticamente parado.

Ao ver Amélia, Clara correu em sua direção como se visse um salvador: "Diretora."

O homem sentado em frente a Clara também se levantou, curioso para ver Amélia.

Ela também o observou.

Era um homem de meia-idade, na casa dos quarenta, não muito alto, mas de aparência robusta e sincera.

Amélia lembrava-se do seu nome, Benício, um nome fácil de lembrar.

Ela sabia que ele era o principal responsável por coordenar a resolução de problemas e disputas durante a construção.

"Sr. Benício, prazer em conhecê-lo," disse Amélia educadamente. "Sou a designer-chefe do projeto, Amélia."

"Prazer, Desenhista Amélia," Benício respondeu timidamente.

"Por favor, me chame de Amélia," ela disse gentilmente. "Vocês têm trabalhado duro nos últimos dias."

"Imagina, é nosso trabalho," ele respondeu rapidamente, parecendo uma pessoa acessível.

Acontece que o templo estava sendo construído sobre a água, e a instalação dos pilares e da fundação não apresentava problemas, exceto que, por algum motivo desconhecido, os pilares do canto noroeste simplesmente não se fixavam no lugar, apesar das diversas tentativas.

Mesmo após o concreto ter sido despejado nos moldes, algo sempre acontecia que fazia com que tudo desabasse.

A equipe de construção era composta por locais, que, supersticiosos, acreditavam que algo impuro estava causando o problema, temendo trazer desgraça para si e para suas famílias, razão pela qual não queriam continuar o trabalho.

Apesar de especialistas terem sido chamados para investigar, nenhum problema foi identificado, mas os pilares simplesmente não se mantinham de pé.

“Há rumores de que algo amaldiçoado possa estar escondido naquela área, talvez seja esse pilar perturbando a paz do que quer que esteja lá, causando essa situação bizarra.” Durante o jantar, Benício disse a Amélia, “A equipe de construção não quer continuar de jeito nenhum, então pensei em chamar vocês para ver se é possível alterar o projeto, talvez desistir dessa construção ou remover esse pilar.”

“Não podemos remover o pilar.” Amélia imediatamente descartou a sugestão de Benício, “A função do pilar não é apenas estética, mas crucial para suportar toda a estrutura. Removê-lo ou deslocá-lo pode causar o colapso. Não podemos correr esse risco.”

“E se simplesmente desistíssemos de toda a construção?” Benício perguntou.

Amélia respondeu: “Isso também não é possível. Este é o templo principal do projeto, sem ele, o projeto perderia seu propósito.”

Benício ficou sem saída.

Amélia olhou para Agnaldo, que bebia indiferente.

Na verdade, ela queria saber, já que havia preocupações da equipe de construção, por que não tentar substituí-la por outra.

Mas na frente de Agnaldo, ela hesitou em perguntar.

“Vou pensar em outra solução depois.”

Amélia disse, sem expressar suas dúvidas na frente de Agnaldo.