Ex-marido Frio: Amor Inesperado romance Capítulo 498

Observando o colar da Estátua de Jade Branco tranquilo dentro da caixa de joias, Amélia ficou distraída por um momento antes de estender lentamente a mão para pegá-lo.

A cor branca de jade da Guanyin brilhava sob a luz, com uma escultura muito delicada e um design único. O material era algo que pessoas comuns não poderiam se dar ao luxo de comprar.

Amélia, quando tentou encontrar sua família anteriormente, tentou levar para avaliação no mercado de jade, mas embora o avaliador pudesse determinar o material, não conseguiu identificar sua origem ou quem o havia feito, tornando impossível rastrear sua procedência.

Por isso, ela perdeu a esperança de encontrar sua família. Aconteceu de reencontrar Rafael naquela época, depois ficou grávida e casou-se com Rafael, concentrando todos os seus pensamentos nele e no filho. Naquela época, ela só queria viver bem com Rafael, então não se preocupou mais em procurar sua família. Após o nascimento de Laura, esse desejo de procurar diminuiu ainda mais, e ela não teve tempo, então seu interesse pelo colar lentamente desapareceu. Muitas vezes, ela quase esquecia que ele existia.

Só em contextos e situações específicas ela se lembrava dele, como naquela noite na loja de artesanato DIY.

Amélia queria incorporar essa Guanyin no colar DIY que estava fazendo para Rafael. Ela sobreviveu sozinha por tanto tempo em terras gélidas e cobertas de neve quando era criança, talvez porque o colar que sempre usava a protegesse de alguma forma.

Ao longo dos anos, ela cresceu sem maiores problemas, então queria passar essa proteção para Rafael.

Embora o colar fosse bonito, tanto o design quanto o comprimento não eram adequados para um homem adulto, parecendo mais algo que um menino usaria. Assim, Amélia decidiu replicar uma miniatura da Guanyin com o mesmo material e design, para incorporá-la ao colar, encontrando uma solução que atendesse a ambos os aspectos.

Amélia observou o colar da Estátua de Jade Branco pendurado na ponta dos dedos, aproximou-o levemente da porta do armário e tirou uma foto com o celular antes de guardá-lo e colocar a Estátua de Jade Branco de volta na caixa de joias.

Foi quando Rafael entrou, segurando Laura recém-banhada.

Ele acabara de lavar o cabelo dela e a envolveu com uma toalha seca. Ao passar por Amélia, Rafael viu-a guardando uma caixa de joias no cofre, mas não fez perguntas.

Ele nunca abriu o cofre, pois era de uso exclusivo de Amélia. Ele não precisava, já que seus documentos pessoais eram a única coisa que precisava trazer consigo, então ele não usava o cofre.

Assim como Amélia nunca mexia nas suas coisas, ele também não mexia nas dela.

O mesmo valia para os celulares.

Amélia nunca checava o dele, e ele nunca checava o dela.

Amélia não mencionou, e ao vê-lo entrar com Laura, virou-se para olhá-los e perguntou: “Já terminou?”

“Sim.” Rafael respondeu secamente, “Lavei o cabelo dela.”

“Deixe-me secar para ela.” Amélia disse, fechando a porta do cofre e levantando-se.

“Não precisa, eu faço isso. Continue com o seu.” Rafael disse, observando-a fechar a porta do cofre e perguntou, “Precisava abrir o cofre? Aconteceu alguma coisa?”

“Não.” Amélia sacudiu a cabeça, “Estava apenas procurando alguns documentos.”

Rafael assentiu, sem mais perguntas.

Ele sentou Laura na cama e começou a secar seu cabelo com a toalha antes de pegar o secador de cabelo e começar a secá-lo habilidosamente.

Laura parecia gostar do cuidado do pai, sentando-se quieta enquanto Rafael secava seu cabelo.

Amélia não tinha como ajudar.

Amélia entendeu e ajoelhou-se diante de Laura: “Laura, você não prometeu à mamãe e ao papai que não brincaria com o celular?”

Laura hesitou, mas assentiu.

“E você não prometeu também que, sem a permissão da mamãe ou de qualquer outra pessoa, não pegaria o celular de outra pessoa?” Amélia continuou, com voz suave.

Laura hesitou novamente, mas concordou obedientemente, e sem necessidade de mais palavras, ela já estava pedindo desculpas e aconchegando-se nos braços de Amélia, com voz suave, dizendo, “Desculpa, mamãe”, e então se virou para Rafael, pedindo, “Desculpa, papai”, com um tom de voz doce e triste.

Rafael, com o coração amolecido, quase tirou o celular para entregar a ela, mas manteve sua razão, consciente dos danos que os dispositivos eletrônicos podem causar aos olhos das crianças, e não deixou sua compaixão tomar conta. Ele apenas afagou seus cabelos secos, e sua expressão séria suavizou, falando agora com um tom mais gentil.

“Tudo bem.”

“Que tal Laura dormir com a mamãe agora, e o papai vai resolver algumas coisas, está bem?” Ele perguntou, com voz suave.

Laura assentiu, e sem precisar que Amélia a embalasse, logo adormeceu.

Amélia aconchegou-a nas cobertas e pegou o celular, procurando as fotos que havia tirado. Ela enviou pelo WhatsApp para um escultor no Instagram, pedindo que fizesse uma Estátua de Jade Branco de Buda, dando também as medidas.

Quando Rafael saiu do banho e entrou, notou Amélia concentrada no celular.

“Já não vai dormir?” Ele perguntou, aproximando-se de Amélia.