Ex-marido Frio: Amor Inesperado romance Capítulo 53

Amélia levantou a mão para limpar os olhos com uma mão inquieta e, depois de se estabilizar, olhou para a porta e respondeu: "Já vou."

Levantou-se para abrir a porta.

"está na hora do jantar," disse Rafael, que ao levantar os olhos e ver a vermelhidão úmida nas pálpebras dela, hesitou por um momento antes de olhar para ela.

"O que aconteceu?" Ele perguntou, sua voz suavizando e seu braço seguindo o exemplo, as costas de seus longos dedos caindo gentilmente nos cantos dos olhos levemente úmidos de Amélia.

Quando suas peles se tocaram, Amélia encolheu instintivamente, dando um pequeno passo para trás.

"Não é nada," Ela disse baixinho, sua voz macia ainda carregava um tom nasal, "foi a novela que me pegou."

Rafael olhou para ela, lembrou-se de que ela nunca teve o hábito de seguir novelas, ela só assistia a filmes, de todos os gêneros e de todas as partes do mundo, desde dramas a suspenses e filmes artísticos. Ela raramente assistia a filmes românticos.

Ela também gosta de assistir a documentários, especialmente documentários de ciências humanas e história, e ocasionalmente assiste a dramas na TV, mas na maioria das vezes são dramas de trabalho ou dramas de suspense com uma forte lógica de enredo, que raramente tocavam seu coração.

Ele olhou para o celular dela sobre a mesa, não a desmentiu e passou a mão para enxugar o canto dos olhos dela.

"Vamos jantar," Ele disse suavemente.

Amélia assentiu levemente: "Sim."

Durante o jantar, Rafael notou claramente que Amélia estava de baixo astral.

Ela ainda tinha pouco apetite nos primeiros estágios da gravidez e, com as coisas em sua mente, embora mal conseguisse colocar algo na boca, não conseguia comer muito depois de apenas algumas mordidas.

Incapaz de forçar-se, quanto mais tentava comer, mais forte era a sensação de reviravolta no estômago.

Finalmente, Amélia teve que colocar os talheres de lado e olhou para Rafael: "Estou satisfeita, você pode continuar."

Rafael olhou para a tigela ainda cheia dela, sem insistir para que ela comesse, apenas acenou com a cabeça: "Está bem."

Rapidamente terminou sua comida e também colocou sua tigela e talheres de lado, levantou-se para arrumar.

Amélia se lembrou de que ele também tinha comido muito pouco e o olhou surpresa: "Você não vai comer mais?"

"Não, está tudo bem, eu já comi com um cliente à tarde," disse Rafael, enquanto organizava os pratos na cozinha e colocava na máquina de lavar louças. Lavou as mãos e olhou pela janela, que já estava escurecendo, depois olhou para Amélia na sala de estar.

"Que tal darmos uma volta?"

Amélia o olhou surpresa: "Você não está ocupado?"

Essa frase "darmos uma volta" parecia estranha vindo de Rafael. Quando ela ainda estava casada, no passado, todas as vezes após o jantar, ela e Rafael iam para seus próprios quartos, eles tinham seus próprios estudos e seus próprios trabalhos, portanto, o tempo de descanso após o jantar era gasto principalmente com seus próprios negócios, sem se incomodar um ao outro, e raramente saíam para caminhar, quase não havia oportunidades para isso.

Rafael era o tipo de pessoa que desejava dividir o tempo ao meio para aproveitá-lo melhor, já tinha seu tempo de exercício físico programado, e para ele, caminhar era uma perda de tempo.

Ele também nunca perdia tempo em caminhadas, por isso Amélia ficou mais confusa do que qualquer outra coisa quando, de repente, o ouviu dizer que queria dar uma volta.

Rafael já estava caminhando em direção a ela: "Não precisa."

Sua resposta foi simples e direta, e enquanto falava, ele já estava perto dela, olhou para fora na escuridão da noite e depois para ela, repetindo: "Vamos dar uma volta?"

Amélia hesitou por um momento, e então assentiu: "Vamos Sim."

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Os dois caminharam pelo térreo do hotel.

Não muito longe dali havia uma praça, que se estendia até o Parque do Lago, um local muito movimentado naquele horário.

Ele viu inveja e um alívio auto-reconciliador nos olhos dela.

Rafael, sempre ocupado com o trabalho, nunca tinha tempo para observar o que os transeuntes faziam, especialmente os casais apaixonados. Para ele, aquelas demonstrações de afeto e as brincadeiras entre os casais eram coisas típicas da imaturidade da juventude.

Ele não havia vivenciado essa fase.

Desde criança, a vida de Rafael foi sobre como tornar-se maior e mais forte, fosse nos estudos ou no trabalho, sempre se dedicou com um foco inabalável, raramente se distraía com outras coisas. mesmo no último ano do ensino médio, quando conheceu Amélia, o pouco de atenção que ele podia oferecer estava voltado para o seu desempenho acadêmico e bem-estar, preocupando-se se ela se adaptaria ao novo ambiente, se acompanharia os estudos, sendo tão inocente e inofensiva, se não seria alvo de bullying, etc.

Ele se preocupava porque ela se atrasava, se distraía porque ela saía, fingia passar em frente à casa dela sem pensar para ver se ela ainda estava lá, mas nunca pensou profundamente sobre que tipo de pensamento estava por trás desse tipo de cuidado.

Depois de perderem o contato após a formatura, Rafael mergulhou na pressão de conciliar estudos e trabalho. ele frequentemente se lembrava de Amélia, mas essas lembranças eram logo ofuscadas pela sua partida sem despedidas, e o que era saudade transformava-se em uma raiva contida que se acumulava até se tornar um rancor, até o ponto de não querer mais vê-la, se não fosse pelo reencontro em uma reunião de ex-alunos.

Aquela reunião foi, na verdade, uma coincidência.

Depois do ensino médio, a turma realmente organizava uma reunião todos os anos.

Rafael sabia que Amélia nunca compareceu, e ele nunca foi.

O encontro de dois anos atrás foi uma exceção.

Ele estava coincidentemente naquele restaurante negociando com um cliente quando saiu e se deparou com antigos colegas que estavam ali para a reunião. Ele foi arrastado para dar um alô e, entre os rostos familiares que haviam perdido a juventude, ele viu Amélia, da mesma forma serena e discreta de sempre, sentada no canto, observando calmamente a agitação ao redor, sem se envolver nas conversas.

Naquele dia, ele decidiu ficar e sentou-se ao lado dela.

Ele podia sentir o constrangimento dela.

Embora estivessem sentados lado a lado, eles não conversavam muito um com o outro.

Ela não era uma pessoa falante, e ele também não.