Ex-marido Frio: Amor Inesperado romance Capítulo 530

Gustavo ficou surpreso por um momento, e então apressou-se em responder:

"Helena disse, ela veio nos visitar há alguns dias, falou sobre o projeto do resort, comentou que ouviu de um colega que um dos pilares do templo principal não conseguia ser concretado por algum motivo desconhecido. Duas equipes de exploração foram chamadas e nenhuma conseguiu encontrar a causa, acharam isso muito estranho, então todos começaram a pensar que talvez fosse algo relacionado a fenômenos sobrenaturais. Para resolver esse problema, foi formada uma equipe de construção experiente no local, e também chamaram um mestre de Feng Shui para escolher um bom dia para a concretagem, mas por alguma razão, a equipe de construção foi substituída de última hora e temo que a concretagem não possa ocorrer conforme planejado. Depois, fui falar com Benício para entender mais sobre a situação, soube que foi você quem impediu a construção, fiquei preocupado que isso pudesse afetar o sucesso da empresa, então pedi ao Benício para seguir o plano original, qualquer coisa, eu assumiria a responsabilidade, mas quem diria..."

A voz de Gustavo abaixou, ele não ousou continuar.

Rafael esboçou um sorriso frio nos lábios, sem dizer uma palavra, virou-se e saiu.

Seus passos pareciam ainda um pouco vacilantes, como se ainda não tivesse se recuperado completamente.

Gustavo, preocupado, chamou por ele: "Você ainda não está bem, para onde vai? Fique no hospital e descanse mais um pouco."

Mas foi ignorado.

A alta figura de Rafael desapareceu rapidamente no final do corredor.

Gustavo, buscando apoio, olhou para Bruno.

Bruno apenas balançou a cabeça em silêncio.

"Sr. Gomes, você está confuso." Bruno suspirou, sem dizer mais nada, apressou-se para seguir Rafael.

Gustavo ficou parado, sentindo-se perdido, uma sensação de arrependimento que nunca havia sentido antes começou a se espalhar em seu coração.

Ele não conseguia entender por que as coisas deram errado, especialmente com Amélia envolvida.

Em relação a Amélia, ele sempre foi indiferente, até mesmo hostil.

Mas agora que ela se foi, ele sentiu um vazio, lembrando-se de como ela inadvertidamente o ajudou a evitar uma queda na noite anterior, o rosto calmo dela e como ela puxou de volta aquele homem frágil que quase foi atropelado, e então tudo voltava para o refeitório, onde ela calmamente ajudou a estabilizar sua mão trêmula, sem sequer olhá-lo.

Essas pequenas e tranquilas memórias, como gotas de água penduradas, cada gota contendo momentos vivos de Amélia desde que ela entrou para a família, sempre serena e discreta, cada sorriso e olhar suaves, mas essas imagens de Amélia lentamente se fundiram na cena de horror da última noite, quando ela foi empurrada contra a balaustrada...

Gustavo sentiu um grande vazio, uma sensação de desorientação sobre para onde ir.

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Bruno alcançou Rafael na entrada do hospital.

Rafael abriu a porta do táxi e entrou.

Bruno, antes que a porta se fechasse, segurou-a, dizendo gentilmente a Rafael: "Sr. Gomes, para onde o senhor vai? Eu vou com você."

Rafael não olhou para ele, nem respondeu, apenas disse ao motorista do táxi: "Para o canteiro de obras do projeto do resort."

Seu rosto ainda parecia sem vida, tão vazio que só restava uma casca.

Bruno, inexplicavelmente, pensou em zumbis, lembrando-se dos filmes de terror onde eles vagam sem emoção humana, apenas andando entorpecidos.

"Sr. Gomes!"

Bruno também entrou no táxi, chamando-o baixinho.

Rafael ainda não reagiu ao seu chamado, mas deu uma ordem: "Reúna todas as pessoas que estavam no local ontem à noite na cena da construção."

"Certo."

Bruno respondeu suavemente.

"Ofereça uma recompensa a toda a imprensa por informações." Rafael continuou, ainda com aquela expressão morta, "Recompensa para toda a sociedade, quem tiver notícias sobre Amélia, receberá um bilhão."

Bruno: "..."

Até o motorista do táxi não resistiu e lançou um olhar para Rafael.

"Se fosse para começar esta manhã, de fato, estaríamos com uma nova equipe de construção. Mas o Sr. Gomes insistiu que começássemos ontem à noite, e a nova equipe não concordou em trabalhar à meia-noite, por isso tivemos que recorrer à equipe original para resolver a situação."

Ele respondeu nervosamente, com a voz trêmula.

Rafael lançou-lhe um olhar e depois voltou sua atenção para o grupo: "Quem estava ao lado da Diretora Mendes ontem à noite?"

As pessoas hesitaram mais uma vez, e muitos olhares se voltaram, quase que em uníssono, para uma figura alta e magra no final da fila, que mantinha a cabeça baixa e parecia extremamente inseguro.

Rafael seguiu o olhar deles.

O homem era alto, com cerca de cinquenta anos, magro, com um rosto simples e uma expressão quase inexpressiva, como se não estivesse acostumado a interações sociais.

"Esse é o Álex."

Bruno sussurrou para Rafael.

Pela primeira vez, uma leve emoção cruzou o rosto de Rafael.

Gustavo tinha dito que Amélia tinha sido empurrada para o rio enquanto tentava salvar Álex.

Amélia...

Só de pensar nesse nome, seu coração doía como se tivesse sido cortado, tornando até mesmo a respiração dolorosa.

Ele involuntariamente levou a mão ao peito, pressionando-o, antes de se aproximar de Álex e parar diante dele.

Álex parecia não estar acostumado a interagir com as pessoas e tremia, incapaz de levantar os olhos para Rafael.

Bruno também parou ao lado de Rafael, sussurrando em seu ouvido: "Além do timing curioso da repercussão na mídia esta manhã, há um detalhe estranho. As informações divulgadas sugerem implicitamente que Álex foi usado para um 'sacrifício'."