Ex-marido Frio: Amor Inesperado romance Capítulo 549

Rafael dirigiu-se à loja de artesanato DIY na esquina da rua.

Ele tinha algumas lembranças dessa loja de artesanato.

Quando Amélia tinha acabado de voltar de uma viagem de trabalho, ele a acompanhou com Laura ao parque. Enquanto ele levava Laura para brincar nos equipamentos de diversão do parque, Amélia ficou ao telefone. Após terminar a ligação, ela foi até essa loja de artesanato.

Posteriormente, quando ela viu Fabiana interceptando-o no estacionamento subterrâneo e saiu sem dizer uma palavra, o destino dela também foi esta loja.

Porém, quando ele chegou lá naquela ocasião, não a encontrou.

Agora, voltando a essa pequena loja tranquila na movimentada esquina, observando a luz amarela do poste em frente à entrada, mas ao levantar a cabeça naquele instante, a figura serena que costumava estar ali não apareceria mais. A familiar sensação de aperto surgiu novamente em sua garganta, misturada com um leve sabor amargo e doce.

Rafael engoliu esses sentimentos, permaneceu sentado no carro, observando a loja artística sob a luz do poste sem se mover.

Foi um dos funcionários da loja quem o viu primeiro.

Mas não estava certo de que ele fosse a pessoa com quem tinha falado ao telefone um pouco antes, hesitou por um longo tempo antes de finalmente pegar o celular e ligar novamente para Rafael.

Rafael, como de costume, pegou o celular num reflexo condicionado, e só então a luz de reconhecimento nos seus olhos escuros se apagou.

Ele não atendeu, mas abriu a porta do carro e caminhou em direção à loja.

A funcionária, vendo o celular dele vibrando, olhou para ele incerta: “Olá, o senhor é o Sr. Rafael Gomes?”

“Sou eu.” Rafael respondeu com voz contida, já parado em frente ao balcão.

A funcionária se tranquilizou, e com um pedido de desculpas explicou: “Desculpe incomodá-lo. O que acontece é que a Srta. Mendes fez um presente DIY em nossa loja na semana passada. Ela tinha combinado de vir buscá-lo no último fim de semana, mas não apareceu, e não conseguimos contato por telefone nem pelo WhatsApp. Então, não tivemos outra escolha a não ser ligar para o número de emergência que ela deixou conosco para que você pudesse vir buscá-lo.”

Rafael a olhou brevemente, concordando com um leve aceno: “Tudo bem, pode me dar o item.”

“Claro.” disse a funcionária, pegando a chave e entregando-a a Rafael, enquanto apontava para um armário no canto, “É na terceira prateleira da direita.”

Rafael olhou para o armário e acenou com a cabeça.

“Obrigado.”

Com voz rouca, agradeceu e caminhou em direção ao armário.

A proprietária da loja estava rearranjando o armário vazio; ela se lembrava de Amélia, que tinha vindo fazer pulseiras nos dois dias e foi ela quem a ajudou. Amélia era bonita, elegante e de bom temperamento, então ela deixou uma impressão forte. Especialmente porque, desde aquele dia, Amélia não havia retornado nem enviado alguém para pegar o item, o que fez com que ela se preocupasse ainda mais.

Ao ver alguém finalmente vindo buscar o item em seu nome, ela não pôde evitar sorrir e cumprimentá-lo, depois perguntou a Rafael: “O senhor é o companheiro da Srta. Mendes, certo?”

Rafael a olhou, mas não respondeu.

A proprietária sentiu-se um pouco constrangida, tentando mudar de assunto: “Temos tentado entrar em contato com a Srta. Mendes nos últimos dias sem sucesso. Ela deve estar muito ocupada, não é?”

Ao ouvir isso, Rafael fez uma pausa, engolindo em seco, sem completar a frase. A proprietária percebeu algo de tristeza nos olhos dele, embora não estivesse certa. Quando ela tentou olhar mais atentamente, Rafael já havia baixado as pálpebras, movendo a chave para a fechadura, claramente não querendo continuar a conversa.

A proprietária não ousou insistir, mas não pôde evitar olhar preocupada para a funcionária, pensando na ausência de Amélia e na impossibilidade de contactá-la, o que trouxe à mente algumas suposições desagradáveis, mas ambas não se atreveram a perguntar mais.