Ex-marido Frio: Amor Inesperado romance Capítulo 572

Bruno lançou um olhar quando viu que era Lucas ligando.

Rafael também viu o nome "Lucas" na tela do celular e supôs que ele tinha acabado de desligar a chamada para ligar para o celular de Bruno.

Se não fosse algo importante, Lucas não faria um segundo telefonema dessa forma.

Rafael supunha que tinha a ver com Fabiana; afinal, Lucas só o procurava por assuntos relacionados a ela.

Fabiana estava praticamente sob controle, por isso Rafael não se preocupou muito com a ligação de Lucas. Mas, considerando que Lucas estava fazendo várias tentativas de contato, inclusive recorrendo a Bruno quando suas chamadas não eram atendidas, Rafael supôs que o assunto era sério e acenou levemente para Bruno: "Atenda."

Bruno olhou desculpando-se para Dionísio e Eliseu: "Sr. Rios, assistente Lindo, desculpem-me, preciso atender uma ligação."

Dionísio sorriu e acenou com a cabeça: "Vá, não tem problema."

"Obrigado, Sr. Rios."

Depois de agradecer, Bruno já estava pegando o celular e se levantando, atendendo a chamada enquanto se afastava.

"Alô, Sr. Soares?"

"Assistente Colombo, aqui é Lucas." Do outro lado da linha, Lucas foi direto ao ponto, "Onde está o Sr. Gomes?"

Bruno olhou na direção de Rafael: "O Sr. Gomes está tratando de negócios com um cliente."

"Então, por favor, peça ao Sr. Gomes para me retornar assim que terminar. Acabo de interceptar um vídeo de uma conversa entre Héctor e Fabiana, temos notícias da Amélia."

Bruno ficou sério: "Vou avisar o Sr. Gomes imediatamente."

Assim que terminou de falar, virou-se rapidamente e correu em direção a Rafael.

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Do lado de Rafael, Dionísio observou Bruno se afastar e voltou a fixar seu olhar em Rafael, repetindo a questão de antes: "Sr. Gomes, que condições o fariam desistir?"

"Não há condições." Rafael o encarou firmemente, já tendo abandonado as cortesias superficiais de antes, "De qualquer forma, o Grupo Amanhecer não vai desistir do Cais Porto."

"É mesmo?" Dionísio também deixou de lado a leveza anterior, "O Sr. Gomes gostaria de dar uma volta no navio comigo?"

Rafael olhou para ele.

Dionísio continuou olhando para ele.

Nos olhares calmos e confrontantes, ambos escondiam suas avaliações sobre o outro.

Rafael viu uma determinação inabalável nos olhos de Dionísio.

"Claro." Rafael acenou levemente com a cabeça e se levantou.

"Por favor."

Dionísio também se levantou, fazendo um gesto de "por favor" com a mão enquanto conduzia Rafael para fora do restaurante.

Bruno, após desligar, correu até Rafael.

Quando Rafael chegou à porta do restaurante, não se surpreendeu ao ver o hospital com as portas fechadas ao final do corredor, sua visão pausou brevemente.

Dionísio lançou um olhar para Rafael, estendendo a palma da mão em direção ao elevador, na mesma direção do hospital: "Sr. Gomes, por aqui."

Não ficou claro se ele se referia ao elevador ou ao hospital.

Rafael olhou para ele e respondeu: "Agradeço, Sr. Rios," e seguiu com Dionísio em direção ao elevador e ao hospital.

Antes de chegarem ao elevador, Bruno já havia alcançado Rafael.

Ele tinha as cartas na mão e confiança para não se apressar.

Pela breve conversa que teve com Rafael, percebeu que a determinação dele era muito maior do que esperava, assim como o poder local e a influência pessoal.

Agora, ele estava no território de Rafael, e se este decidisse agir com força, talvez não pudesse competir.

Além disso, a segurança e a experiência de todos os turistas a bordo estavam ligadas à reputação do "Royal Mariner" e, por extensão, à reputação do Grupo Rios por trás dele. Ele não poderia arriscar o cruzeiro nesta aposta.

Eliseu entendeu imediatamente o pensamento de Dionísio e assentiu: "Entendido."

Não muito longe, a porta do hospital que estava fechada se abriu de repente, e uma enfermeira vestindo seu uniforme saiu apressada, visivelmente animada. Ao ver Dionísio, ela parou surpresa e depois se aproximou, falando baixo: "Sr. Rios, o paciente acordou."

Uma faísca de surpresa brilhou nos olhos escuros de Dionísio: "Já? Não disseram que poderia levar um mês ou até um ano para ele acordar, com o tempo de consciência incerto?"

Apesar das palavras, ele já estava se virando, caminhando em direção à entrada do hospital.

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Bruno finalmente alcançou Rafael quando este estava descendo do barco, falando enquanto corria: "No dia do incidente com Amélia, ela sentiu que havia algo errado com Héctor e não o deixou acompanhá-la até a Cidade do Mar. Mas depois eu verifiquei as câmeras de segurança da empresa, os registros de ponto, e os colegas, e confirmei que Héctor não estava na empresa nem no dia do incidente com Amélia nem no dia seguinte. Em vez disso, ele foi visto perto do hotel próximo ao projeto do Resort naquele dia..."

Rafael lançou-lhe um olhar frio: "Por que você não me contou isso na hora?"

"Eu não encontrei mais nenhuma irregularidade depois disso, e você estava muito abalado naqueles dias. Tive medo que essa informação lhe desse esperança para depois lhe causar mais decepção, seu estado não parecia aguentar outro golpe, então preferi esperar até termos algo concreto para reportar," Bruno disse baixinho.

"Da próxima vez, não filtre isso por mim; eu mesmo posso julgar."

Rafael falou enquanto caminhava rapidamente em direção ao carro de Bruno estacionado ali perto, abrindo a porta e entrando.

Bruno apressou-se em tomar seu lugar ao volante.

O carro partiu rapidamente do cais, e ao entrar na estrada, Rafael olhou através da janela para o luxuoso cruzeiro que começava a retirar sua passarela lentamente. O imenso navio começava a se afastar do porto, navegando em direção ao vasto mar.