Ex-marido Frio: Amor Inesperado romance Capítulo 585

Observando casais jovens andando carinhosamente pelo shopping, Rafael parecia um pouco distraído.

Talvez Laura também não gostasse muito desse ambiente.

Por todo o shopping, havia crianças sendo guiadas pelas mãos ou carregadas no colo por suas mães enquanto passeavam.

Rafael notou claramente o rosto de Laura passar da calma para a inveja e a perda.

Essa era uma razão pela qual Rafael relutava em levá-la para fora.

Mas, como Cecília havia dito, esse era um processo pelo qual Laura inevitavelmente teria que passar.

Seja indo para fora ou indo para a escola, ela estará cercada por crianças acompanhadas por suas mães, e ele não poderia deixá-la viver em um mundo isolado só porque temia que Laura ficasse triste.

Cecília também notou a inveja e a perda no rostinho de Laura e fez um esforço para sorrir para ela: "Querida, vamos comprar algumas roupas bonitas."

Ela tentou manter um tom leve e brincalhão, tentando animá-la.

Laura olhou para Cecília, hesitou e sacudiu a cabeça, já virando-se para olhar para Rafael.

Rafael sorriu para ela: "Que tal irmos comprar decorações de Ano Novo primeiro? O Ano Novo está chegando e nossa casa precisa estar bonita. Papai não sabe como decorar, Laura pode ajudar o papai?"

Laura, que ainda estava meio triste, assentiu seriamente: "Sim."

Ela então se esforçou para sair dos braços de Rafael e segurou sua mão, caminhando em direção ao supermercado.

Cecília, vendo Laura recuperar um pouco de sua energia, sentiu-se aliviada. Não se pode negar que Rafael era realmente o pai de Laura, capturando os sentimentos delicados de Laura tão bem quanto Amélia.

Pensando em Amélia, um sentimento triste surgiu no coração de Cecília.

Este deveria ter sido o primeiro Ano Novo deles como uma família de três, mas quem diria...

Esse sentimento de tristeza a fez sentir mais pena de Laura, que antes não tinha um pai e agora havia perdido sua mãe...

Bruno, observando o olhar triste de Cecília sobre Laura, deu-lhe um leve toque com o cotovelo: "Vamos lá. Os adultos precisam de um tempo para se acostumar, que dirá as crianças."

"É só que eu sinto pena," Cecília murmurou baixinho, mas não discutiu com ele, apressando-se a seguir Laura.

Chegando à seção de decorações de Ano Novo, Laura começou a escolher gravuras com seriedade, pensando em ajudar Rafael a escolher as decorações. Ela estava totalmente envolvida, e um sorriso de ocupação e expectativa lentamente apareceu em seu rosto. Ela apontava para diferentes gravuras e decorações, perguntando a Rafael se podiam levar, completamente envolvida na tarefa.

Rafael na verdade não estava muito interessado em decorar para o Ano Novo. Quanto mais Laura descrevia os cenários de decoração, mais seu coração parecia apertado como se estivesse sendo espetado por agulhas.

Ele vagamente se lembrou do seu primeiro ano de casado com Amélia, quando ela também era como Laura, apontando seriamente para cada canto da casa e perguntando o que pendurar ali, o que pendurar aqui. Naquela época, ele não estava focado nessas coisas, e para o entusiasmo e expectativa dela, ele apenas assentia calmamente: "Pode ser, você decide."

Essa indiferença gradualmente apagou o brilho nos olhos dela.

Ele até se lembrou dos detalhes de quando levaram Laura para passear juntos depois de a reconhecerem, respondendo a todos os entusiasmos e expectativas de Laura com voz suave e paciência. E, ocasionalmente, quando olhava para cima, sempre a via olhando para ele e Laura com um olhar um pouco perdido, cheio de conforto de mãe, mas também escondendo uma leve tristeza.

A tristeza em seus olhos provavelmente era por lembrar-se da frieza dele no passado.

A mesma cena, mas com atitudes completamente diferentes, fazia com que ela parecesse menos importante, sendo importante apenas a criança.

Amélia, naquela época, certamente estava triste e desapontada.

"Sempre parece que estamos muito próximos, mas sempre há montanhas entre nós que não podemos atravessar."