Ex-marido Frio: Amor Inesperado romance Capítulo 626

Rafael levantou a cabeça e Dionísio, sem que ele soubesse como ou quando, já estava de pé no convés, ainda vestindo um terno preto sob medida, apoiando as mãos no corrimão enquanto olhava para baixo.

Rafael lançou-lhe um olhar gelado e subiu as escadas de três em três.

Dionísio também se virou para subir.

Os dois chegaram um após o outro ao topo do cruzeiro, ao lugar que Dionísio tinha levado Rafael na última vez que ele esteve ali.

Ao sair da escada e virar a esquina, o hospital que tinham visto da última vez inevitavelmente entrou em seu campo de visão.

Uma tempestade se formou nos olhos de Rafael, que se virou para abrir a porta do hospital.

"Não há ninguém no hospital."

A voz de Dionísio soou atrás dele no momento certo.

Rafael parou e se virou friamente para olhá-lo. "Onde ela está?"

Dionísio apenas o observava, sem dizer uma palavra.

"Onde ela está, afinal?"

Rafael de repente gritou, seus olhos escuros ficando vermelhos, completamente sem a calma habitual.

Dionísio calmamente lançou-lhe um olhar. "Sr. Gomes, agora não é o momento apropriado para negociações."

Após dizer isso, ele se virou e atravessou o opulento corredor, sentando-se diante da mesa onde tinha negociado com Rafael na última vez.

Rafael observou-o de longe, após várias tentativas de engolir em seco, forçou-se a se acalmar e caminhou em sua direção, sentando-se na extremidade oposta da mesa.

Um contrato sobre o Cais Porto foi empurrado para frente de Rafael.

"Sr. Gomes, interessa-lhe assinar o contrato agora?" Dionísio perguntou calmamente, olhando para ele.

Rafael olhou para ele, agarrou o contrato para dar uma olhada rápida e pegou a caneta, pronto para assinar, quando Bruno, que havia chegado apressadamente, interveio a tempo: "Sr. Gomes, por favor, seja prudente."

Não era que ele estivesse tentando impedir Rafael de assinar o contrato, mas sim porque a pessoa em questão ainda não havia sido vista, e assinar esse acordo agora pareceria precipitado.

"Você está mudando o foco." Rafael apontou diretamente.

"Isso não importa." Dionísio já tinha um sorriso nos lábios, mas o sorriso não alcançou seus olhos, "O que o Sr. Gomes pensa não importa, mas seja cauteloso. Melhor não dizer nem fazer nada que possa desapontar ou desanimar, este navio não é grande, cuidado com as paredes finas."

A calma agora carregava uma ameaça.

Se ele não assinasse, seria o mesmo que dizer aos outros que Amélia não valia um cais para ele.

O que os outros pensam não importa, mas ele não tem medo de que Amélia fique desapontada ou triste?

Rafael como não perceberia as ameaças veladas em suas palavras? Ele também esboçou um leve sorriso nos lábios. "O Sr. Rios está me ameaçando?"

"Apenas um aviso", disse Dionísio. "Afinal, as cartas estão comigo agora."

Rafael esboçou um leve sorriso novamente. "É mesmo?"

Ele de repente fez um gesto com o dedo longo para Bruno, que estava atrás dele.