Ex-marido Frio: Amor Inesperado romance Capítulo 664

Amélia sentiu seu corpo congelar por um instante quando sua mão foi segurada, seus dedos se moveram levemente, desconfortáveis, querendo se soltar, mas pararam ao ver o olhar surpreso e encantado de Laura.

Laura, aparentemente achando notável e emocionante que Rafael segurasse sua mão, ainda deitada no ombro de Rafael, apoiou-se em seus ombros com os cotovelos, curiosa, esticando seu corpo para frente e alongando o pescoço, seus olhos redondos e brilhantes fixos em Rafael segurando sua mão, um olhar de surpresa misturado com fofoca.

Amélia lembrou-se da manhã quando ouviu Rafael dizer "papai está beijando mamãe" e do brilho estelar que de repente apareceu nos olhos de Laura, assim como a pergunta cuidadosa, como se temesse que desaparecesse, "Então... meus pais também são como... os outros pais?"

Sua mão que antes girava lentamente parou.

A imagem de Laura a vendo com olhos cheios de lágrimas e respiração ofegante também repercutiu em sua mente, a culpa e a compaixão por Laura aprofundaram-se em seu coração, tornando impossível deixá-la desapontada.

Ela forçou um sorriso para Laura, controlando o impulso de retirar sua mão, deixando que Rafael a guiasse em direção ao elevador.

Rafael não deixou de perceber sua sutil mudança.

Ele sabia que tudo o que ela fazia agora, inclusive antes do incidente, era por Laura.

Muitas vezes, ela apenas suprimia seus verdadeiros desejos para satisfazer Laura.

Antes, ele pensava que isso não era uma má maneira de mantê-la por perto.

Desde que ela ficasse, não importava por quem.

Mas depois de quase perdê-la nesses meses, e após ler a longa carta que ela escreveu e depois apagou, Rafael percebeu que ele queria que ela fosse feliz e tivesse uma vida de acordo com seus verdadeiros desejos.

Segurando sua mão, houve um momento em que ele pensou em soltá-la, para não forçá-la, mas foi apenas um momento antes de apertar sua mão novamente.

Ele se lembrou de que a Amélia de agora, sem as memórias do passado, não podia representar completamente seus verdadeiros sentimentos.

Ela era como um recém-nascido, ainda reestruturando seu entendimento desse pequeno mundo de três pessoas; ele não podia agir completamente de acordo com seus desejos agora.

Se um dia, a Amélia do passado voltasse, e se naquele momento ela ainda quisesse uma vida sem ele, ele respeitaria seu desejo e a deixaria ir.

Segurando sua mão firmemente, ele inconscientemente apertou mais ao seguir seus pensamentos.

Rafael observou as portas do elevador se abrirem, levando Amélia e segurando Laura para dentro do elevador exclusivo, pressionando o botão para o andar mais alto.

Laura, incapaz de conter sua alegria, virou-se para Amélia e disse: "Mamãe, o escritório do papai é no andar mais alto, é tão lindo."

Amélia sorriu para ela: "É mesmo?"

Seu olhar, no entanto, já havia se desviado para Rafael.

Ela estava atrás de Rafael, podendo sentir claramente o momento em que a mão dele apertou a dela.

De seu ângulo, ela também podia ver claramente o leve tensionamento no perfil de Rafael, um tensionamento que acompanhava o aperto em sua mão.

Quanto mais apertada a mão, mais tensas eram as linhas de seu rosto marcante.

Involuntariamente, Amélia mordeu o lábio, tentando mover sua mão presa levemente.

Rafael voltou a si, olhando para Amélia, percebendo que ela o observava.

Quando ele olhou para ela, ela lhe ofereceu um sorriso educado e reservado.

Rafael também lhe devolveu um sorriso, suave e ligeiramente culpado, as linhas tensas de seu rosto suavizaram com seu sorriso.

Amélia lhe devolveu o sorriso educado, mas não fez perguntas.

"Desculpe, estava pensando em algumas coisas, me distraí um pouco."

Já que eles eram marido e mulher, o gesto dele não tinha nada de mal, até poderia ser benéfico para cultivar a relação entre eles.

Ela tendo uma natureza mais passiva e ele querendo tomar a iniciativa, ela tentar se adaptar não parecia ser algo ruim.

Portanto, nessa indecisão, Amélia só pôde sorrir timidamente e um pouco desconfortavelmente para ele, sem continuar a conversa, mas também sem retirar a mão.

Seu sorriso até escondia um vislumbre de aprovação tímida.

Rafael também sorriu para ela, sem dizer mais nada.

O que Cecília disse sobre a Amélia atual ser fácil de enganar foi completamente evidenciado neste momento.

O elevador rapidamente parou no último andar.

Quando as portas se abriram, Laura já estava ansiosamente espiando para dentro, excitada em contar para Amélia: “Mãe, chegamos ao escritório do papai.”

Ela se lembrou de que esta era a primeira vez que vinha ao escritório do pai com sua mãe.

Ela tinha a impressão de que sua mãe nunca tinha visitado a empresa do pai antes.

Anteriormente, sempre era o pai quem a trazia junto com a tia, mesmo que às vezes sua mãe também viesse à empresa, ela nunca subia ao escritório do pai, sempre era ela indo sozinha com o pai para o seu escritório.

Sua mãe sempre ia para o seu próprio escritório para trabalhar.

Laura sempre quis que sua mãe a acompanhasse ao escritório do pai, não sabia bem por quê, só queria que sua mãe também pudesse visitar e ver o escritório do pai, fazendo com que todos conhecessem sua mãe.

Infelizmente, isso nunca havia acontecido.

Agora que sua mãe finalmente podia acompanhá-la ao escritório do pai, Laura estava excepcionalmente animada.