Ex-marido Frio: Amor Inesperado romance Capítulo 666

Carolina não sabia que tipo de mulher poderia fazer Rafael lançar aquele olhar, ou talvez fosse apenas um mal-entendido de sua parte?

Ela conhecia Rafael há tantos anos e nunca o viu interessado em mulher alguma, mesmo nos tempos de estudante, quando ele e Amélia se aproximaram um pouco, mas não era nada além de uma proximidade maior do que a que ele tinha com os outros colegas, e com o tempo, até esse relacionamento se distanciou.

Carolina não acreditava que um homem que quase nunca se interessou por mulheres de repente mudasse tanto. Ela não pôde evitar inclinar-se um pouco, seguindo o olhar de Rafael para o horizonte, mas não viu nada.

Carolina franziu o cenho, confusa, e olhou para os outros executivos no elevador.

Para sua surpresa, assim como ela, todos estavam curiosos e chocados, inclinando-se para seguir o olhar de Rafael, mas, igual a ela, não viram nada.

Carolina: “......”

À frente estava o diretor de desenvolvimento, Sebastião, seu antigo chefe.

Sebastião sabia que Carolina e Rafael eram colegas de classe, pois foi ele quem a contratou.

Na época, além de reconhecer a capacidade de trabalho de Carolina, ele também valorizou a relação dela com Rafael. Essa relação não se limitava ao fato de terem sido colegas de escola, mas também porque Sophia Lima havia intercedido, e ele havia dado esse favor a Sophia.

Naquela época, ele ainda não sabia que Rafael era casado.

Quando soube do casamento de Rafael, ele já estava divorciado. Depois, de repente, surgiu uma filha, e Rafael distribuiu doces de comemoração para toda a empresa, anunciando o nascimento com grande alegria. Rafael parecia estar caminhando nas nuvens, cheio de energia, mas ninguém esperava que, pouco tempo depois, surgisse a notícia de que Rafael gastou uma fortuna procurando por notícias de Amélia.

Como a maioria das pessoas na empresa, ele não sabia quem era Amélia ou qual era sua relação com Rafael, mas desde então, era visível a mudança em Rafael.

Antes, ele era apaixonado pelo trabalho, decisivo, e sempre em sua melhor forma. Mas depois, sua energia diminuiu drasticamente, e ele parecia distraído com o trabalho, perdendo o foco em várias reuniões importantes, muitas vezes se perdendo em pensamentos e terminando as reuniões às pressas.

Os executivos que lidavam com Rafael há anos perceberam sua mudança, de um workaholic para alguém completamente desanimado.

Seu rosto também não mostrava mais sorrisos.

Embora ele não sorrisse antes, pelo menos sua expressão e olhar eram serenos, não como nos últimos meses, opacos e sem vida.

Mas agora, esse homem, que parecia ter perdido a vontade de viver, estava inesperadamente fixo em um ponto, com um leve sorriso e um olhar que não conseguia esconder sua ternura.

"Sr. Gomes está apaixonado?"

Sebastião, sabendo da relação entre Carolina e Rafael, não pôde evitar sussurrar, "Ele parece uma pessoa completamente diferente, não é?"

Carolina não esperava que Sebastião tivesse o mesmo pensamento, olhou para ele, mas rapidamente negou: "Impossível. O Sr. Gomes parece alguém que se apaixonaria?"

"É, como o Sr. Gomes poderia estar apaixonado? Além disso, sua ex-esposa acabou de ter problemas há alguns meses..."

"Já que é ex-esposa, quanto sentimento pode haver? Se apaixonar de novo é mais do que normal, o Sr. Gomes ainda é tão jovem..."

"Como não poderia ter sentimentos pela ex-esposa? Todos nós vimos como o Sr. Gomes mudou nesses meses..."

"Talvez ele já tenha superado. O Sr. Gomes agora tem toda a aparência de estar apaixonado. Mesmo quando estava casado, nunca o vimos assim..."

......

As outras pessoas já não podiam evitar discutir em murmúrios.

A mudança de Rafael era evidente para todos, e todos estavam reprimindo isso por muito tempo, agora dificilmente podiam se conter.

Carolina ouvia a discussão do grupo com as sobrancelhas cada vez mais franzidas, ponderando sobre a possibilidade de Rafael estar apaixonado, quando o próprio Rafael, já o foco das conversas, virou-se repentinamente em sua direção.

Os murmúrios cessaram de imediato.

Na verdade, todos sabiam que, com o volume da conversa, Rafael não poderia ouvi-los àquela distância, mas seu olhar repentino fez com que todos não pudessem evitar um arrepio, endireitando as costas e tentando olhar naturalmente em seus olhos.

O olhar de Rafael já havia perdido a ternura de antes, varrendo calmamente o grupo com seu olhar.

O coração de Carolina acelerou no instante em que Rafael olhou em sua direção, fazendo-a prender a respiração involuntariamente.

Bruno pegou os documentos, "Normalmente, apenas registrar no departamento de recursos humanos é suficiente, se houver alguma dúvida, meu assistente entrará em contato com você."

Dito isso, ele voltou sua atenção para os outros executivos, pedindo que se preparassem para a reunião, e saiu sem dar mais atenção a Carolina.

Quando ele chegou à sala de reuniões, Gustavo Gomes também havia chegado.

Ao vê-lo, Bruno não se surpreendeu.

Nos últimos meses, com Rafael desinteressado nos negócios, Gustavo, que havia sido forçado a se afastar anteriormente, ignorou os avisos de Rafael e voltou à empresa.

Talvez Rafael, sofrendo demais com a perda de Amélia, desinteressou-se pelos assuntos da empresa, pouco importando o que Gustavo fazia.

Inicialmente, era por Amélia que ele havia limitado Gustavo; sem Amélia, essas restrições perderam o sentido.

Assim, nos últimos meses, preocupado que Rafael pudesse arruinar a empresa, Gustavo frequentou a empresa com mais assiduidade.

"O Sr. Gomes não veio à reunião de novo?"

Vendo Bruno se aproximar do palco, Gustavo já havia perguntado, acostumado com tal situação.

Bruno, como sempre, assentiu levemente, mas, ao contrário da pesada atmosfera de antes, agora ele estava calmo.

Gustavo não percebeu a mudança nele, já imerso novamente na preocupação com a continuidade da desmotivação de Rafael, suspirando profundamente: "Continuar assim não é solução."

Ele se arrependia muito de ter impedido Rafael e Amélia de ficarem juntos, e ainda mais de ter alterado os tempos de construção por conta própria.

Se não fosse pela sua decisão unilateral, Amélia não teria sofrido um acidente, e Rafael não estaria assim.

Bruno, respeitosamente de pé ao lado, não entrou na conversa nem disse que Amélia havia voltado, pois essa não era sua responsabilidade.