Ex-marido Frio: Amor Inesperado romance Capítulo 696

"Isso foi bem cedo." Cecília nem pensou, "Amy estava indo estudar no exterior e encontrou o irmão no aeroporto. Ela já estava se sentindo mal antes de embarcar, e naquele momento foi o irmão que ficou ao lado dela."

Rafael: "......"

Mais um destino cruzado.

Ele sabia que Amélia havia ido para o exterior com Pedro.

Naquele momento, Sophia também estava no aeroporto. Ela encontrou Amélia com Pedro e tirou uma foto dos dois juntos para enviar a ele.

Rafael ainda se lembra do olhar de Pedro para Amélia naquela foto, era o olhar de um homem para uma mulher, cheio de admiração.

Naquele momento, ele não sabia o relacionamento entre Amélia e Pedro, mas para evitar que Sophia fizesse um drama, ele disse que foi ele quem tinha arranjado a companhia de Amélia, e assim o assunto foi encerrado.

Ele preferia acreditar que os dois eram apenas amigos que por coincidência tinham a mesma agenda e por isso viajaram juntos.

Mas esse pensamento não o tranquilizava.

Ele correu para o aeroporto, mas ao vê-la na fila para embarcar com Pedro, não conseguiu conter a raiva que subiu à sua mente, ainda assim, forçou-se a se acalmar, virou-se sem expressão e foi embora.

Naquele momento, muitas possibilidades surgiram em sua mente, a mais forte delas era de que aquele homem era a razão pela qual ela queria o divórcio.

Do segundo andar do terminal de embarque até o estacionamento do aeroporto, a imagem de Amélia e aquele homem partindo juntos não parava de assombrá-lo. Ele imaginava incessantemente o possível relacionamento entre eles, quase perdendo a razão com essas suposições, mas no limite da sanidade, forçou-se a se acalmar.

Ele não sabia que Amélia significava tanto para ele. Sabendo que não era do feitio dela trair durante o casamento, mas vê-la partindo com outro homem ainda o atingia profundamente. Ele só podia se forçar a se acalmar, repetindo para si mesmo que, já que essa era a escolha dela, ele deveria respeitar.

Eles já estavam divorciados, com quem ela escolhera estar era direito dela, e isso não deveria ser da sua conta.

Ele, quase que como um gesto de desafio, hipnotizou-se a se acalmar, deletando todos os contatos dela e a excluindo completamente do seu mundo.

Ele pensou que aquele dia marcava o fim, que a partir daí, ele e Amélia seguiriam caminhos separados.

Mas o que ele não sabia é que, em seu coração, ele ainda não havia superado, enquanto que a única pessoa que não conseguia deixar para trás era ele mesmo.

Ele acabou não resistindo à agonia de pensar nela com outro homem e, sob o pretexto de uma viagem de negócios, voou para Zurique para encontrar Amélia.

Foi só depois, através de um relatório de investigação enviado por Bruno, que ele soube da relação de irmãos entre Pedro e Amélia, que eles haviam estudado na mesma universidade e no mesmo curso, mas não tinham contato há anos. Surpreendentemente, também descobriu que, por coincidência, eles se inscreveram no mesmo curso de pós-graduação na mesma universidade e até escolheram o mesmo voo para Zurique.

Rafael não conseguia imaginar quanto destino havia entre Pedro e Amélia para que ocorresse tal coincidência.

Na mesma universidade, no mesmo curso, Pedro, como líder de turma, havia acompanhado Amélia por um ano e, após a graduação, não mantiveram contato por anos. No entanto, reencontraram-se no mesmo voo para o exterior e, por coincidência, tornaram-se colegas de classe no mesmo curso na mesma universidade.

Depois da graduação, ainda por um acaso, acabaram na mesma empresa, tornando-se colegas de trabalho.

Isso era claramente o destino tentando juntá-los de todas as formas possíveis.

Cecília olhou para Rafael com uma expressão cada vez mais séria no rosto.

"Você se importa com isso?" Cecília perguntou, um pouco preocupada se tinha dito algo errado que pudesse causar problemas para Amélia, e não pôde evitar dar uma risada nervosa, "Não há nada com que se preocupar, certo? Eles só se encontraram por acaso no aeroporto. Naquela época, Amy estava sofrendo de enjoos matinais severos, não tinha ninguém em quem confiar, e por sorte o irmão estava lá e a ajudou."

"Não é isso que me preocupa."

Rafael olhou para ela e explicou calmamente.

Ele não se importava que Pedro tivesse ajudado Amélia, pelo contrário, ele tinha que agradecer por ele ter estado ao lado dela naquele momento.

O que o incomodava era o tipo de conexão inegável entre Pedro e Amélia.

Se a Amélia que retornou fosse aquela que lembrava de tudo, ele não estaria preocupado, mas a Amélia de agora tinha perdido a memória.

A confiança e a dependência que ela demonstrava por ele agora não passavam de construções baseadas no esquecimento do passado.

Rafael não ousava pensar profundamente, temendo que, uma vez que ela se lembrasse de tudo, ela não permanecesse mais.

Ela e Pedro tinham uma conexão tão profunda, talvez ele fosse apenas um transeunte na vida dela, enquanto Pedro era o verdadeiro destino.

"Melhor não se importar." Cecília suspirou aliviada, "Você ia me matar de susto, pensei que tinha dito algo errado de novo. Fica tranquilo, a Amy, quando estava sozinha em Zurique passando por dificuldades, não aceitou a ajuda de Pedro, então agora menos ainda."

Rafael a olhou, sem responder.

Amélia, confusa, olhou para ele: "Por quê?"

"Será que eu e o irmão realmente tivemos algo?" Amélia disse, já não conseguindo evitar olhar para Cecília, com dúvida nos olhos.

Cecília rapidamente fez um gesto de negação: "Não me olhe assim, eu nunca disse que vocês tiveram algo, sempre enfatizei que tudo entre vocês era limpo, mal conseguiam trocar algumas palavras."

"Então... Eu não deveria ter sentimentos por ele, certo?" Amélia perguntou, ainda insegura.

"Com certeza não." Cecília quase jurou, "Se você tivesse qualquer coisa, a pessoa que a Laura chamaria de pai agora seria o Pedro irmão. Um sentimento cultivado desde o ventre é muito mais profundo do que qualquer outra coisa que apareça no caminho."

Cecília disse isso, não resistindo a olhar para Rafael.

"O Pedro irmão não se importa com o fato de a Amy ter um filho." Cecília acrescentou.

Rafael lançou-lhe um olhar desinteressado: "No escritório, há várias moças de olho no Bruno, e elas realmente não se importam que ele já tenha trinta anos."

Cecília mudou sua expressão ligeiramente: "Isso é ótimo, quando vocês enviarem os convites de casamento, lembre-se de me enviar um também."

"Que convite de casamento?"

A voz de Bruno ecoou da porta nesse momento, enquanto ele entrava, pensando que Rafael estava falando sobre ele e Amélia, e com um sorriso, cumprimentou os dois: "Vocês vão se casar..."

"Cof, cof..." Rafael tossiu fortemente, interrompendo Bruno, "Estava falando sobre você."

Bruno ficou confuso: "O que tem eu?"

Cecília olhou para Bruno com um sorriso: "Sr. Gomes disse que várias moças do escritório estão de olho em você, e eu disse que isso é ótimo, estou esperando pelo seu convite de casamento."

Bruno devolveu o olhar, também sorrindo: "Ah, isso é bom, estou em dúvida sobre qual escolher, que tal você me ajudar a decidir?"

Cecília respondeu com um sorriso: "Claro."

"..." Amélia estava um pouco confusa, olhando instintivamente para Rafael.