Ex-marido Frio: Amor Inesperado romance Capítulo 751

Cecília Costa também acabara de levantar a cabeça, quando viu Bruno e ela parados à frente do carro, hesitou por um momento, mas logo desviou o olhar para Amélia Mendes, sorrindo e perguntando: “Pensei que vocês estivessem em casa, apertei a campainha por um bom tempo e ninguém abriu.”

“Acabamos de voltar da empresa.”

Disse Amélia, “Não era para você descansar um pouco mais? Como acordou tão cedo?”

Cecília deu um leve tosse: “Bem, tive que levantar para comer algo, né?”

Seus olhos permaneceram fixos em Amélia e Laura, sem desviar nem um pouco para Bruno.

Amélia involuntariamente olhou para Bruno.

Bruno, como se nada estivesse acontecendo, observava a paisagem do jardim do condomínio. Ao notar o olhar de Amélia, ele calmamente disse: “Senhorita Mendes, então eu os deixo aqui. Preciso voltar para a empresa.”

“Fica para almoçar conosco.” Amélia convidou.

“Não precisa, não posso me ausentar do trabalho.”

Disse Bruno, acenando com um gesto de “tchau” para Laura, virou-se em direção ao assento do motorista, preparando-se para partir.

Amélia, sem saber se havia algum conflito entre eles ou se era apenas a presença dela que os deixava desconfortáveis, deixou um “Ok, obrigada, senhor Bruno” antes de discretamente pegar Laura e ir embora.

Passando por Cecília, Amélia discretamente a cutucou com o cotovelo, sugerindo que ela deveria conversar com Bruno.

Cecília, contudo, agiu como se não tivesse percebido.

“Vou jogar o lixo fora.”

Disse ela, dirigindo-se em direção aos cestos de lixo.

Bruno, por sua vez, abriu a porta do carro e entrou.

Os cestos de lixo e o carro estavam em direções opostas.

Desde o início, nenhum dos dois trocou uma palavra ou mesmo um olhar.

No momento em que Cecília jogava o lixo fora, o carro de Bruno também partia rapidamente.

Amélia lançou um olhar para a silhueta de Cecília.

Cecília permaneceu parada, com a postura ereta, sem revelar seus pensamentos.

Amélia, um pouco preocupada, perguntou: “Tudo bem?”

Cecília se virou, oferecendo um sorriso para Amélia: “O que poderia estar errado?”

E perguntou: “Vamos comer fora, você vem?”

Amélia, pensando que Rafael Gomes logo estaria em casa, balançou a cabeça: “Tenho uns assuntos para resolver, não posso te acompanhar agora.”

“Sem problemas.” Cecília sorriu, acenando para ela, “Então, vou comer fora. Até mais.”

Ela então se dirigiu na direção oposta àquela pela qual Bruno havia partido.

O quarto estava tão tranquilo e discreto quanto na noite anterior, com um leve aroma de tinta no ar.

Amélia deixou seu olhar vagar do sofá-cama no canto do quarto para a estante arrumada e, por fim, lentamente, para a mesa de trabalho próxima à janela.

A mesa estava igualmente arrumada, impecável e sem uma única partícula de poeira.

Amélia fixou o olhar na mesa de trabalho por um momento, antes de caminhar em sua direção, parando em frente a ela. Com a ponta dos dedos, ela acariciou a superfície limpa e ordenada da mesa, e então, seus olhos se voltaram para a gaveta onde, inadvertidamente, encontrara o celular na noite anterior.

Amélia comprimiu os lábios, fitando aquela gaveta, mas sem se mover para abri-la.

Do lado de fora, ouviu-se o som da porta se abrindo, seguido por passos apressados.

Rafael entrou com um semblante ansioso e tenso, dando largos passos assim que abriu a porta. Seus olhos escuros rapidamente vasculharam o ambiente, mas ele não viu Amélia, nem Laura.

“Amélia.”

Ele chamou por ela em voz alta e apressada, fechando a porta com força e caminhando em direção ao quarto principal, enquanto chamava por Amélia e abria as portas sem perceber que o escritório estava com a porta aberta.

Mas o quarto principal estava vazio.

O quarto de hóspedes também estava vazio.

“Amélia!”

A voz de Rafael involuntariamente se elevou e se tensionou, enquanto a ação de abrir as portas se tornava cada vez mais frenética e desesperada.