Ex-marido Frio: Amor Inesperado romance Capítulo 779

António percebeu que havia revelado seu sentimento de impotência em relação à sua família.

Rafael não esperava que António conseguisse controlar seus parentes.

O motivo de seu encontro era puramente para evitar que Amélia, algum dia, se sentisse culpada por contrariar seu pai.

Ele não disse mais nada e foi abrir a porta para sair.

Lívia e Felipe estavam esperando do outro lado do corredor. Ao ver António e Rafael saindo juntos, apressaram-se em recebê-los.

"Meu querido, como foi?" Lívia não pôde deixar de perguntar.

António não lhe respondeu, apenas se despediu de Rafael e disse a Lívia e Felipe: "Vamos embora."

Mas Felipe, sem uma resposta definitiva, não estava pronto para deixar o assunto de lado.

"Cunhado, me diga a verdade, a Amy ainda está viva?"

Ele chamou Rafael, com a voz alta o suficiente para que Cecília, que descia as escadas naquele momento, pausasse seus passos e, instintivamente, olhasse em direção ao grupo formado por Felipe, António, Lívia e Rafael.

"O que vocês estão fazendo aqui?"

Cecília perguntou com um tom de voz que claramente mostrava sua insatisfação.

Felipe, vendo Cecília como uma possível fonte de informação, apressou-se em perguntar: "Cecília, você também está aqui procurando pela Amy? Me diga a verdade, ela voltou?"

"Não."

Cecília negou sem hesitar. Ela havia ouvido Rafael ligando para Ana e pedindo que ela descesse para atender os visitantes. Cecília se perguntava quem poderia estar visitando a casa tão tarde e decidiu descer para verificar, apenas para encontrar a família de António.

Ver todos eles a irritou profundamente, pois ela conhecia muito bem o caráter de Felipe e Lívia. Sem pensar duas vezes, ela negou a pergunta de Felipe e zombou: "Como vocês têm coragem de aparecer aqui? Depois de tanto tempo sem dar notícias da Amy, agora vocês aparecem porque ouviram que ela voltou? Estão aqui para se aproveitar dela novamente?"

Felipe e Lívia ficaram visivelmente constrangidos, enquanto António permaneceu em silêncio. Depois de um breve "Vamos", ele caminhou em direção ao elevador.

Rafael já estava ao telefone, ligando para a segurança do condomínio: "Alô, portaria?"

Ao ouvir que Rafael estava chamando a segurança, Felipe não insistiu mais. Ele forçou um sorriso e se despediu: "Cunhado, já está tarde, vamos voltar para casa. Visitaremos você outro dia."

Então ele e uma abatida Lívia se dirigiram ao elevador.

Cecília, observando-os entrar no elevador, não pôde deixar de murmurar: "No meio da noite, e eu pensava que era alguém importante. Que azar."

Depois de xingar, ela se virou para Rafael, preocupada que a presença daquela família pudesse afetar o relacionamento dele com Amélia, e explicou com um sorriso: "Sabe, o irmão e a mãe da Amy fizeram muitas coisas sem ela saber, buscando você e sua mãe. Amy não sabia de nada, então não se preocupe..."

"Eu sei," Rafael a interrompeu suavemente, "Não me importo com isso. Não precisa se preocupar."

Cecília se sentiu aliviada e disse: "Que bom."

Ela olhou ao redor e perguntou: "E a Amy? Ela não voltou?"

Amélia já havia informado Cecília pelo WhatsApp que estava se mudando temporariamente e até enviou seu novo endereço, que não ficava longe dali.

"Ela já foi dormir," Rafael respondeu, olhando para o relógio. "Eu vou indo, até mais."

"Até mais."

Cecília se despediu com um sorriso, surpresa por Rafael ter vindo especialmente para lidar com os "vampiros" da família de Amélia.

Rafael dirigiu diretamente para casa.

Havia várias chamadas perdidas no seu celular, todas de Alice e algumas de Sophia. Alice também havia deixado mensagens no WhatsApp, perguntando em qual casa ele estava.

Rafael arranjou um momento para retornar a ligação de Alice.

"Mano, mamãe está perguntando, em qual casa você está agora, ela quer ir atrás de você."

Alice: "Ele pediu para eu lembrá-la de evitar a Fabiana, para não acabar se machucando sem querer."

O rosto de Sophia mudou de expressão num instante.

Como Alice não estava fazendo uma chamada de vídeo, não viu a mudança na expressão dela, mas não pôde evitar a curiosidade, "Mãe, Fabiana é aquela que se fez passar pela irmã Helena, não é? Como a senhora ainda tem contato com ela?"

Sophia se recompôs: "Não acredite nas bobagens do seu irmão, quando que eu tive contato com ela?"

Alice se tranquilizou: "É isso aí, melhor evitar esse tipo de trambiqueira para não ser enganada. Aliás, ouvi dizer que tem a ver com o problema da cunhada, depois do problema com ela, mano ficou tão irritado com Fabiana, quase a matou, ele certamente não agiria assim sem motivo..."

"Chega, não acredite em tudo que ouve." Sophia interrompeu impaciente, "Não acredite em qualquer boato."

"Eu só estava comentando, por que a senhora está tão irritada?" Alice se sentiu injustiçada, um pouco confusa com a irritação de Sophia, mas ainda assim a aconselhou, "Mãe, melhor evitar pessoas de má índole para não ser influenciada."

"Desde quando você me dá lições?" Sophia respondeu impaciente, "Chega, vá dormir cedo, vou desligar."

Dito isso, sem esperar a resposta de Alice, Sophia desligou a ligação, seu semblante se tornando mais sombrio.

A advertência vaga de Rafael a deixou inexplicavelmente ansiosa, sem saber se Rafael tinha descoberto algo.

------------------------

Quando Rafael chegou em casa, Amélia e Laura ainda não haviam acordado.

Ele trocou para o pijama, movendo-se silenciosamente de volta ao quarto, e assim que se aproximou da cama, a até então adormecida Amélia abriu os olhos.

"Você ainda não dormiu?"

Ela perguntou, sua voz ainda carregada de sonolência e rouquidão preguiçosa.

"Sim, estou me preparando para dormir." Rafael disse baixinho, suas mãos por trás das costas silenciosamente retirando o bilhete que havia deixado para ela na mesa de cabeceira, amassando-o e jogando-o no lixo.