Ex-marido Frio: Amor Inesperado romance Capítulo 821

Rafael desligou o telefone após falar.

Dionísio, ouvindo o som ocupado do "tu-tu" do outro lado da linha, tinha o rosto escurecido e tenso.

"Eliseu."

Ele chamou por Eliseu.

"Senhor Rios."

Eliseu rapidamente se aproximou.

Dionísio: "Leve a senhora de volta para casa agora."

Eliseu: "…"

"Mas a senhora acabou de chegar..." Eliseu não pode deixar de lembrá-lo, "Antes do ano novo você também cumpriu o acordo e a levou de volta, mas quando chegou a hora de assinar o contrato, Rafael quebrou a promessa. Se você mandá-la embora agora, quem pode garantir que Rafael vai manter sua palavra? Não tem como verificar isso."

As condições de troca de Rafael, na verdade, tinham um grande espaço para manobra.

Embora Rafael dissesse que, desde que Dionísio fizesse com que Ângela parasse de perseguir Amélia, ele não impediria Dionísio de encontrar Rosa, o problema era que eles não tinham como saber se Rafael iria realmente parar, ou não.

Se Dionísio mandasse Ângela embora conforme dito, e Rafael continuasse a interferir às escondidas, eles nunca saberiam, e isso seria como se estivessem sendo esmagados por Rafael sem qualquer chance de reagir. Rafael poderia fazer o que bem entendesse.

Dionísio sabia das preocupações de Eliseu, mas a realidade era que ele estava preso no território de Rafael e não poderia deixá-lo enquanto Rosa não deixasse a Cidade Oeste. Ele só podia apostar na consciência de Rafael.

"Peça ao departamento jurídico para redigir um novo acordo de cooperação." Dionísio disse, "Vamos desistir do controle principal do porto e fazer uma cooperação com injeção de recursos."

Eliseu mudou ligeiramente de expressão: "Senhor Rios, por favor, pense bem."

Para o Grupo Rios penetrar no mercado interno, era necessário ter o controle absoluto das decisões por meio de aquisições, e não apenas fazer uma parceria para ganhar algum dinheiro como agora.

"Eu tenho meus planos." Disse Dionísio, "Você só precisa arranjar tudo."

"Mas..."

Eliseu abriu a boca, querendo falar mais alguma coisa, mas Dionísio já o interrompeu: "Não vai rápido?"

"Sim."

As muitas palavras de Eliseu acabaram se resumindo a um simples "sim". Embora ele não tivesse escolha a não ser concordar, Eliseu estava relutante, e sua expressão permaneceu tensa até ele voltar para o hotel.

"O que foi? Por que essa cara feia?"

Assim que ele chegou à porta do quarto, a voz casual de Virgílio Rocha soou repentinamente por trás dele.

Eliseu olhou inconscientemente na direção do elevador, mas não esperava ver o assistente de Rafael, Bruno.

Quase no momento em que viu Bruno, Eliseu sutilmente se posicionou de forma a bloquear a visão de Virgílio.

Bruno não perdeu o movimento dele de dar um passo à frente, seu olhar desviou-se casualmente em direção a Virgílio, mas ele estava tão bem oculto por Eliseu que Bruno só pôde ver uma silhueta, sentindo-a vagamente familiar. Enquanto pensava, Eliseu já o estava cumprimentando: "Sr. Bruno?"

Bruno sorriu em resposta e cumprimentou-o também: "Assistente Lima."

E, bastante surpreso, olhou por cima do ombro dele: "Desde quando o Assistente Lima veio para Cidade Oeste?"

"Há alguns dias." Eliseu respondeu educadamente, igualmente surpreso, "E o Sr. Bruno, o que o traz por aqui?"

"Uns assuntos."

Bruno respondeu com um sorriso e, após se despedirem, virou-se para entrar no quarto ao lado, sua expressão tornando-se séria e um tanto sombria enquanto levantava o braço para bater na porta, "toc toc toc", de maneira insistente, mais parecendo que estava batendo à porta do que propriamente pedindo entrada.

Não demorou muito para que a porta fosse aberta por dentro.

Eliseu viu uma mulher visivelmente embriagada abrir a porta e sair do quarto.

Bruno estendeu a mão para sustentá-la, ou melhor, para carregá-la para fora do quarto, e sem olhar para trás, dirigiu-se ao elevador.