Ex-marido Frio: Amor Inesperado romance Capítulo 938

Rafael não conseguia definir o que sentia por dentro.

Sempre desejou que Amélia recuperasse a memória logo, esperando que ela se lembrasse de tudo o que havia entre eles.

Mas quando ela realmente mostrou sinais de estar recuperando a memória, ele começou a sentir medo, temendo enfrentar o distanciamento e a determinação dela após a recuperação.

Ele não esqueceu a determinação de Amélia, antes da amnésia, de ir embora.

Mesmo na última carta, em que ela decidira fazer as pazes, ficar não era o que ela realmente queria, mas apenas um compromisso após perceber que a resistência era inútil.

Era um compromisso com o destino, não um desejo sincero de ficar.

Mas Rafael não sabia se Amélia, após passar pelo vale das sombras, ainda escolheria esse tipo de compromisso.

Lá fora, o céu estava muito azul, o sol brilhante, e a luz do sol espalhava-se preguiçosamente sobre ele, embora fosse um lindo dia ensolarado. No entanto, pensando no olhar que Amélia lhe deu quando acordou, Rafael só podia sentir um frio no fundo do coração.

Queria voltar, mas também temia voltar.

Rafael nem sabia quanto tempo havia ficado sob o sol, até ouvir um familiar "Sr. Gomes" vindo de trás dele.

Virando-se, viu Bruno, segurando uma caixa de presente, com uma expressão mais contida.

"Como você veio parar aqui?" ele perguntou calmamente, escondendo suas emoções.

"Eu ouvi que a Srta. Mendes desmaiou, vim ver como ela estava." Bruno disse, "A Srta. Mendes está bem?"

"Ela está bem." Rafael respondeu, dando-lhe um olhar, "Quem te contou?"

"Ana disse."

Bruno não escondeu, "Eu pedi que Ana me ligasse se houvesse notícias da Cecília. Como não tive notícias dela nos últimos dias, liguei para perguntar, e ela mencionou o desmaio da Srta. Mendes."

Ana contou a ele todo o processo de Amélia desmaiando, ele ouviu que Amélia desmaiou ao ver Laura dizendo que sabia onde Cecília estava e mostrando-lhe um mapa.

Bruno intuiu que Amélia deve ter se lembrado de algo, então veio o mais rápido que pôde.

"Você veio procurar notícias sobre Cecília com ela, não é?"

Rafael cortou direto ao ponto.

Bruno assentiu levemente, sem negar: "Só ela sabe onde Cecília está."

Então, ele olhou para Rafael: "Ela acordou?"

Rafael: "Acordou."

"Sim."

Rafael assentiu levemente, suspirou profundamente e subiu as escadas com o presente que Bruno trouxera.

Amélia estava cobrindo Laura com um cobertor.

A garotinha não conseguiu resistir ao sono da tarde e acabou adormecendo na cama do hospital.

Ana estava na varanda, lavando pratos no tanque.

Ao ouvir o som da porta abrindo, Amélia virou a cabeça instintivamente em direção à entrada e, ao ver Rafael entrando, a postura um tanto relaxada que tinha adotado imediatamente se tornou mais ereta.

Rafael, como se não a tivesse visto, olhou para Laura, que dormia profundamente, e se aproximou: "Laura adormeceu?"

Amélia acenou com a cabeça: "Sim, acaba de pegar no sono."

Pelo canto do olho, Amélia notou o presente que ele carregava e, sem conseguir conter a curiosidade, olhou novamente em direção à porta, mas antes que pudesse dizer algo, Rafael já estava explicando calmamente: "Encontrei com o Bruno lá embaixo, ele que mandou isso pra você."

"Ah, ele não quis subir para fazer uma visita?" Perguntou Amélia.

"Ele tinha mais compromissos." Disse Rafael, colocando o presente sobre a mesa e lançando um olhar em sua direção, sem mencionar Cecília.